terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quer ser uma pessoa mais ou menos?

"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

 TUDO BEM!

 O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...

é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

 Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."

Chico Xavier

domingo, 22 de agosto de 2010

Parlendas e nossas lembranças

"Hoje é domingo

Pé de cachimbo

Cachimbo é de barro

Bate no jarro

O jarro é de ouro

Bate no touro

O touro é valente

Bate na gente

A gente é fraco

Cai no buraco

O buraco é fundo

Acabou-se o mundo."
 
Nessa data, 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore.
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. “Folk”, em inglês, significa “povo”. E “lore”, conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ”conhecimento popular”. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado “Folk-lore”.
 No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se “folclore”.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.
Dentre tantas manifestações folclóricas e culturais que poderiam se citadas e lembradas, há dois tipos especialmente, utilizadas como manifestação oral e que marcaram nossas infâncias.
A parlenda, também chamada parlanda ou parlenga, tem origem em "parolar", "parlar", que significa falar muito, tagarelar, conversar sem compromisso. É um conjunto de palavras com pouco ou nenhum nexo e importância, de caráter lúdico, muito utilizado em rimas infantis, versos curtos, ritmo fácil, com a função de divertir, ajudar na memorização, compor uma brincadeira. Pode ser destinada à fixação de números, dias da semana, cores, assuntos.



E quem não se lembra dessas?:




"Um, dois, feijão com arroz.


Três, quatro, feijão no prato.

Cinco, seis, bolo inglês.

Sete, oito, comer biscoito.

Nove, dez, comer pastéis" .



"Batatinha quando nasce

se esparrama pelo chão.

Menininha quando dorme

põe a mão no coração".



"O cravo brigou com a rosa

debaixo de uma sacada

O cravo saiu ferido

e a rosa despetalada".



"Chuva e sol,

casamento de espanhol.

Sol e chuva,

casamento de viúva".


Cadê o toicinho daqui?

O gato comeu.

Cadê o gato?

Foi pro mato.

Cadê o mato?

O fogo queimou.

Cadê o fogo?

A água apagou.

Cadê a água?

O boi bebeu.

Cadê o boi?

Foi amassar trigo.

Cadê o trigo?

A galinha espalhou.

Cadê a galinha?

Foi botar ovo.

Cadê o ovo?

O padre bebeu.

Cadê o padre?

Foi rezar a missa.

Cadê a missa?

Já se acabou!

 E para travar a língua um pouquinho:


O rato roeu a roupa do rei de Roma. O rei roxo de raiva rallhou pra rainha remendar.



Quem a paca cara compra, cara a paca pagará.


Debaixo da pia tem um pinto, quando a bica pinga, o pinto pia.


O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.


A babá boa bebeu o leite do bebê.



Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.


E quem nunca gostou?


 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cuida do Mais Importante

Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante.

Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.

- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir.

Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada a cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal.

Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.

- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.

- Não me importo - respondeu ele - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!

Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "Cuida do mais importante!"

Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada,onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.

- Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.

O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.

Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:

"Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio e candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".

Essa história fala sobre a grande jornada de todos nós. Quem vive mais preocupado com seu exterior, isto é, com seus bens, que tudo guarda como ouro, esquece de alimentar também sua alma.

Será que já prestou atenção ao que mais importa?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

E porque isso José?

José sempre teve um desejo. Queria ter filhos.

Trabalhava muito e quase não descansava.

Agora José não é mais o mesmo de outrora.

Vive com medos e pensamentos ruins.

A insegurança o maltrata.

Os pensamentos lhe afligem.

Tanto queria carregar um filho nos braços.

E agora José não tem coragem.

Seus pensamentos o condenam.

Tem medo de si.

Culpado! Culpado! Gritam-lhe os pensamentos.

-Mas José, porque tem medo?Porque a culpa?

-Não sei! Acho que posso fazer mal.

-E porque isso José?

-Não sei quem sou, tenho medo de mim.

E agora José terá uma batalha.

Talvez a mais difícil de todas.

José tem que vencer a si próprio.

Superar suas inseguranças e medos.

Vencer seus bloqueios e traumas.

Melhorar sua auto-confiança

E seus pensamentos?

-Ora bolas!! São apenas frutos de sua mente.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aos filhos esquecidos

Todos os anos os pais são lembrados no segundo domingo de agosto.


Assim como as mães no segundo domingo do mês de maio.

Toda vez que temos uma data comemorativa referente a pais e mães, faço a mesma pergunta:

-E nos outros 364 dias do ano? Eles não precisam ser lembrados?

Sabemos de pais e mães abandonados em asilos porque os filhos não querem ter o trabalho de cuidar de sua velhice.

Esquecem seus filhos, simplesmente, destes pais que cuidaram de seu crescimento.

Sabemos de pais e mães que são maltratados diariamente, humilhados, destruídos moralmente.

Esquecem seus filhos, simplesmente, das palavras de estímulo e apoio que tiveram na infância e adolescência.

Depois de um tempo os pais são velhos. Simplesmente muito velhos para se tolerar sua presença.

Esquecem seus filhos, simplesmente, que seus velhos pais doaram muitos destes anos de vida às vidas destes esquecidos filhos.

E então é necessário que se crie uma data comemorativa.

Assim, filhos esquecidos podem ser capazes de lembrar-se de seus velhos pais.

Que vergonha!

E as lojas não conseguem vender aos esquecidos filhos o presente mais precioso para os velhos pais e mães.

Nas lojas não se vende amor, carinho, e, muito menos, a capacidade de dizer:

Obrigado por tudo que sempre fizestes por mim!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Passagens mitológicas

A mitologia grega é fascinante. E uma das divindades mais ecléticas foi Apolo.
Filho de Zeus, era considerado a divindade mais importante e imponente, depois de seu pai.
Dentre tantas narrativas e passagens relacionadas a esse deus de Luz, encontramos amores e desamores. E há uma bela história, que se segue: 


The death of Hyacinthos - Jean Broc


"Na mitologia grega, Jacinto era um jovem mortal muito amado pelas divindades, principalmente por Apolo que o seguia aonde quer que ele fosse. Certa vez em que ambos se divertiam com um jogo, Apolo lançou o disco com tal habilidade para o céu que Jacinto, olhando admirado, correu para o apanhar, ansioso por fazer a sua jogada. Zéfiro (o vento oeste) também amava o jovem e, enciumado pela preferência por Apolo, mudou a direção do disco para que este o atingisse. Ao bater na testa de Jacinto, o disco fez com o jovem caísse morto naquele instante. Apolo correu em desespero até ele e com toda sua habilidade médica tentou reavivar o corpo de Jacinto, mas a sua cura estava além de qualquer habilidade.

Apolo se sentiu tão culpado por sua morte que promete que Jacinto viveria para sempre com ele na memória do seu canto. Sua lira celebraria-o, seu canto entoaria a canção de seu destino e ele se transformaria numa flor. Assim, o sangue de Jacinto que manchara a erva, se transforma numa flor de um colorido mais belo que a púrpura tíria. Uma flor muito semelhante ao lírio, porém, roxa. Nela foi gravada a saudade e o pesar de Apolo com o lamento "Ai! Ai!" que ele escreveu na flor, como até hoje se vê. A flor carrega seu nome e renasce todas as Primaveras relembrando o seu destino."




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Escritas e perspectivas

Tudo depende de suas atitudes.
E as atitudes controla m nossas vidas.
A disposição interior, mais que qualquer outra coisa, pode dar a perspectiva adequada e a faculdade para resolver qualquer situação no roteiro de sua vida.


Então, olhando para essas folhas em branco, o que você pensa?
Que roteiro seria sua escolha ideal?



"Os desejos da vida formam uma corrente cujos elos são as esperanças."
Séneca

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Durante não será


Durante sempre teve uma vida maravilhosa!!

Um ótimo emprego. Valorizado na empresa.

Muito querido pelos amigos. E quantos amigos!

No casamento, felicidade plena.

Esposa maravilhosa, filhos lindos. Família perfeita.

Sua casa um sonho, como aquelas de revista.

Sempre foi o filho que toda mãe e pai desejam.

Amoroso, cuidadoso, responsável.

Para todos os ouvidos sempre teve a palavra certa,

No momento oportuno.

Ouvir reclamações dele? Jamais!

Sempre feliz e sorridente.

Um filho inigualável;

Um marido perfeito;

Um pai maravilhoso;

Um amigo companheiro;

Um profissional único.

Sempre assim para todos que usufruem de sua presença.

Pois é!!

A imagem exteriorizada nem sempre é representativa daquilo que se passa na alma.


Sem avisos ou lamúrias.

Apenas o ato.

Único, certeiro, sem volta.

E a corda no pescoço

Durante fez a escolha

Encerrou seu ciclo.

Stuka angyali

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Revelando fragmentos

Quando te encontras na base de um importante maciço montanhoso, estás longe de conhecer toda a sua diversidade, não tens nenhuma ideia das alturas que se ergueram por trás do seu cimo ou por trás daquele que te parece ser o cimo, não suspeitas nem o perigo dos abismos nem os confortáveis assentos ocultos entre os rochedos. É apenas se sobes e se persegues o teu caminho que se revelam pouco a pouco a teus olhos os segredos da montanha, alguns que esperavas, outros que te surpreendem, uns essenciais, outros insignificantes, tudo isso sempre e unicamente em função da direção que tomares; e nunca te revelarão todas.

O mesmo acontece quando te encontras diante de uma alma humana.


Aquilo que se te oferece ao primeiro olhar, por mais perto que estejas, está longe de ser a verdade e certamente nunca é toda a verdade. É apenas no decurso do caminho, quando os teus olhos se tornam mais penetrantes e nenhuma bruma perturba o teu olhar, que a natureza íntima dessa alma se revela a pouco a pouco e sempre por fragmentos. Aqui é a mesma coisa: à medida que te afastas da zona explorada, toda a diversidade que encontraste no caminho se esbate como um sonho, e quando te voltas uma última vez antes de te afastares, vês apenas de novo esse maciço que te surgia falsamente como muito simples, e esse cimo que não era o único que existia.

Apenas a direção é realidade; o objetivo é sempre ficção, mesmo quando alcançado - sobretudo neste caso.



Arthur Schnitzler - "Observação do Homem"

terça-feira, 20 de julho de 2010

Consciência prisioneira

Nunca se assistiu a tanta violência na televisão como nos dias atuais. Não obstante a enormidade de tempo que crianças e adolescentes das várias classes sociais passam diante da TV, é lógico o interesse pelas conseqüências dessa exposição. Até que ponto a banalização de atos violentos, exibidos dentro dos lares, diariamente, dos desenhos animados aos programas de "mundo-cão", contribui para a escalada da violência urbana?
Inúmeros estudos demonstraram a existência de relações claras entre a exposição de crianças à violência exibida pela mídia e o desenvolvimento de comportamento agressivo.
Quanto acrescenta às nossas vidas e de nossos filhos a enxurrada de notícias sobre violência?
O que fazemos a respeito?
Somos prisioneiros? ....Onde está sua consciência?




"A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência."

[Ghandi]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O mundo é meu

Acostumei-me, desde criança, a receber tudo que desejava.

Ninguém me falava “Não”. Ninguém me contrariava.

Era a filhinha do papai, a netinha do vovô, a sobrinha da titia.

Ahhh, como era bom!

Agora, vivo insatisfeita, frustrada, deprimida.

Tudo porque meu marido não faz minhas vontades.

Eu acho que ele está errado. Por isso brigo muito com ele.

Estou muito insatisfeita. Não entendo o que há de errado.

Será que não posso ser o centro das atenções sempre?

Porque o mundo é assim?

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Quando nasci, já tinha um “berço de ouro”.

Cresci cercado de brinquedos inúmeros. Alguns nem tirei da embalagem.

Na adolescência já estava tão enjoado dos paparicos, que resolvi inovar.

Comecei usar drogas para ver qual era o barato. Queria ver se conseguia sentir uma emoção diferente.

Ainda não era a viagem que faltava fazer.

Fiz, então, meu primeiro assalto. Nem era pelo dinheiro.

Não nego. Consegui um pouco da adrenalina que buscava.

Enfim, cheguei ao apogeu. Estuprei, seqüestrei, matei.

E agora?

 O mundo é meu.



O que há de coincidências nestas duas histórias?

Selo "BLOG de OURO"


Esse selo recebi de Meu Amigo Jorge


Muito obrigado Pelo carinho Meu grande amigo .


Regras :
1 - Colocar Uma imagem do selo blog softwares antigos .

2 - Escrever o link dos blogs indicados.

3 - Indicar 10 blogs Mais receber o selo n UO .

4 - Comentar Uma Indicação blog softwares antigos .

Como semper e Uma Tarefa Difícil Fazer Esse tipo de Indicação , escolhi Os Amigos Que Estão os Freqüentemente Presentes e OS Que Amigos, Mesmo COMENTÁRIOS Não deixando , acompanham como postagens. Ainda assim , talvez tenha esquecido Alguém . Portanto, o selo É oferecido carinhosamente Todos um .
Como Indicações DEVE Haver , então, vamos EAo indicados :