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terça-feira, 19 de maio de 2015

Verdadeiramente humano

"Não importa que você não consiga memorizar todos os ensinamentos adquiridos ao longo de sua vida. No processo de se conectar diversas vezes à sabedoria a sua mente e o seu coração vão se depurando."


Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou:
Porque devemos ler, estudar, considerar e refletir sobre a sabedoria se nós não conseguimos memorizar tudo e, com o tempo, acabamos esquecendo?
Somos obrigados, constantemente, a retomar o que já não está mais em nossas memórias.
O mestre não respondeu imediatamente ao discípulo.
Ele fitou o horizonte por alguns instantes e depois ordenou ao discípulo:
Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e o traga até aqui.
O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas mesmo assim obedeceu.
Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta.
Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava mais nada.
O mestre perguntou-lhe:
Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo olhou para o cesto vazio e disse jocosamente:
Aprendi que cesto de junco não segura água.
O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo.
Quando o discípulo retornou com o cesto vazio outra vez, o mestre perguntou-lhe:
Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo respondeu, mas com um certo sarcasmo:
Que cesto furado não segura água!
O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa.
Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias.
Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:
Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?
O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:
O cesto está limpo!
Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.
O mestre, por fim, concluiu:
Não importa que você não consiga memorizar todos os ensinamentos adquiridos ao longo de sua vida. No processo de se conectar diversas vezes à sabedoria a sua mente e o seu coração vão se depurando.
Inúmeros preconceitos se abrandam; a intolerância cede lugar à lucidez; a destrutividade, à criatividade; a oposição e competição gratuitas e infundadas, à cooperação...
Neste processo, o homem, trabalhando no tempo e sendo continuadamente tocado pela sabedoria, vai “limpando-se” dos seus aspectos grotescos e sombrios e torna-se verdadeiramente humano!

domingo, 29 de dezembro de 2013

O tempo e a vida


365...
chegando na reta final. 

Mais um ano que passou tão rápido. Engraçado como a sensação é coletiva.
Outro dia falávamos sobre o assunto e como vivemos um tempo diferente.
Sim, "tempos diferentes", não somente quanto aos hábitos do ser humano e às novas tecnologias e evoluções existentes, mas também no sentido mais estrito da palavra.
O mundo evolui, embora o ser humano não consiga acompanhar em sua evolução pessoal, aprendendo amar, respeitar e seguir os melhores caminhos.
Corremos de um lado ao outro. O dia que começou há poucas horas parece chegar ao fim, mal tendo iniciado.
E nos momentos em que nos permitimos parar alguns segundos ou minutos no decorrer do dia, pensamos: o que faço com meu tempo? qual é o meu tempo?
Você sabe em que tempo vive?
Encaixa-se totalmente nas vivências destes tempos?
Final de ano sempre foi tempo de fazer planos e tentar estabelecer metas.
....vou fazer isso ou aquilo...
Mais 365 dias...
Talvez e, muito provavelmente, possamos ver o calendário apenas como um marcador de nossos dias e vidas, afinal é assim que nos organizamos e vivemos na sociedade.
Mas também é um limitador de nosso tempo.
O que muda realmente entre 31 de dezembro e 01 de janeiro? 
Ahhhh...começa um Novo Ano!!!
Sim, exatamente!!...assim como convencionado em nossa contagem através dos calendários.
Mas de fato, o que muda para você quando entra um Novo Ano??
Pense a respeito.
Pense em que você pode ser diferente ou fazer de outra forma. Pense naquilo que você pode melhorar ou evoluir.
Refaça seu tempo!!
Não reclame ou se queixe do que foi o ano que esta acabando. Afinal pode ter sido mais ou menos agradável. Mas isso faz parte de nossas vidas e aprendizagens. Faz parte de nossa habilidade em lidar com as circunstâncias vivenciadas. Faz parte de nossas fragilidades.
Apenas agradeça a oportunidade de estar aqui, agora, nesse tempo....
No próximo ano, pense que você tem 31.536.000 momentos para aproveitar o tempo.
O seu tempo..



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Aproveite o momento


Ahh!! Enfim chegou o Natal !
Nada como os encantos dessa época do ano.
Tão bom sentir o clima desse momento.
Fica tudo mais tranquilo, mais em paz.
O ser humano fica mais humano e parece lembrar disso.
Lembra-se que existe fraternidade
Que existe o bem-querer e o amor.


Ahh..... o Natal!!!
Momento de paz e luz
Aproveite o momento e faça uma reflexão
Pense como foi seu ano e suas ações
Reflita se fez tudo que podia ter realizado pelo semelhante.
Reflita se pode melhorar e evoluir como ser humano
E o mais importante, pense sobre o verdadeiro significado do Natal.
Vale a pena!



Um Natal cheio de paz, luz, amor e harmonia
E um Novo Ano com realizações maravilhosas



domingo, 7 de outubro de 2012

Fazendo a diferença



Conta a história que, em meados do ano 1905, Elezéard Bouffierd, um homem com pouco mais de cinquenta anos, passou a morar sozinho em uma região montanhosa da França, no vale da Provença.
Nessa época, as terras estavam devastadas e nada crescia além das lavandas silvestres. Uma desolação total.
Havia secura por toda parte e, para que ele pudesse sobreviver ali, extraía água de uma fenda natural e profunda.
Diariamente esse camponês dedicava-se ao trabalho de examinar, com muita atenção e cuidado, várias sementes de carvalho. Escolhia as melhores e as separava em grupos de dez.
Depois saía a caminhar pelas montanhas, levando consigo um comprido bastão de ferro e os grãos anteriormente selecionados.
No alto das colinas, fazia buracos com o bastão, depositava as sementes e as cobria com terra.
Plantava carvalhos numa terra que não era sua.
A cada dia, com extremo cuidado e em completa solidão, aquele homem plantava cem grãos.
Calculava que já havia semeado cem mil árvores desde que iniciara essa tarefa. Supunha que vinte mil brotariam. Dessas, perderia metade devido aos imprevistos da natureza.
Em seu cálculo, restariam então dez mil carvalhos que iriam crescer em um lugar onde antes não havia nada.
Rogava sempre a Deus que lhe permitisse viver ainda por muitos anos, para que pudesse continuar a plantar.
Mantinha também um canteiro cheio de mudas de faias, árvore tipicamente europeia.
Passados cinco anos do plantio das primeiras sementes e mudas, surgiu nas colinas uma espécie de bruma cinzenta que as cobria como um tapete.
Na sequência do tempo, passados mais dez anos, num espetáculo impressionante, os carvalhos haviam crescido e se transformado numa floresta.
As faias tinham vencido as intempéries e as bétulas formavam um admirável bosque.
Tudo saído das mãos e da alma de um único homem que, sem utilizar nenhum meio técnico, perseverou até a velhice, na sua inabalável tarefa de plantar árvores, confiando apenas em seus simples recursos.
Como símbolo máximo do renascimento, a água corria em riachos que antes estavam secos, num impressionante efeito natural de reação.
Ao se observar aquela beleza indescritível era possível a conclusão de que podemos ser tão eficazes quanto Deus em algumas instâncias.
Toda a semeadura parecia ter acontecido de uma forma natural, ninguém suspeitaria que fosse obra de uma única pessoa.
O trabalho calmo e regular, a frugalidade e, sobretudo, a serenidade da alma, transformaram aquele homem em um colaborador de Deus.
*   *   *
Com um exemplo de simplicidade e amor à natureza, esse homem demonstrou a nossa capacidade de sermos co-criadores da obra Divina.

As sementes por ele plantadas representam a esperança de que somos capazes de modificar, para melhor, o local onde vivemos, legando para as futuras gerações um mundo mais belo e promissor.


Redação do Momento Espírita, com base no curta "O homem
que plantava árvores", ganhador do Oscar de 1988, de melhor curta de
animação.
Em 20.09.2012.

Aos amigos que tiveram problemas para acessar SENTIMENTOS e EMOÇÕES, peço desculpas. Estava ocorrendo um redirecionamento incorreto (provavelmente por um malware). Eu não conseguia acessar também. Mas agora está resolvido. Abraçoss!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mundo Interior


Ouço que.... 










a natureza é uma lauda eterna

De pompa, de fulgor, de movimento e lida,

Uma escala de luz, uma escala de vida

De sol à infima luzerna.


Ouço que a natureza, - a natureza externa, -

Tem o olhar que namora, e o gesto que intimida

Feiticeira que ceva uma hidra de Lerna

Entre as flores da bela Armida.



E contudo, se fecho os olhos, e mergulho

Dentro em mim, vejo à luz de outro sol, outro abismo

Em que um mundo mais vasto, armado de outro orgulho,



Rola a vida imortal e o eterno cataclismo,

E, como o outro, guarda em seu âmbito enorme,

Um segredo que atrai, que desafia - e dorme.



Soneto de Machado de Assis


"......E nessa vastidão, entranhada em nuances complexas de sentimentos, transforma-se, cada ser, em um universo particular e infinito de incontáveis vivências."

Stuka Angyali






domingo, 16 de maio de 2010

Como vai sua Alma?

"Desordem Depressiva; Síndrome de Pânico; Transtorno Obssessivo-Compulsivo - Estranhos nomes assume essa coisa que alguns chamam de alma”—L.B.A—Montenegro-RS)

Como falarmos do Ser Humano sem falarmos de sua alma. É impossível separar. Quando buscamos o entendimento da alma notamos vários significados para o termo, desde o religioso, passando pelo filosófico, até chegarmos à mitologia grega no mito de Psiquê. Do grego Psychein (“soprar”) é uma palavra ambígua que significava originalmente "alento" e posteriormente, "sopro". Dado que o alento é uma das características da vida, a expressão "psique" era utilizada como um sinônimo de vida e, por fim, como sinônimo de alma, considerada o princípio da vida. A psique abrange conceitos que nos levam ao Si Mesmo, conceituado da seguinte forma: “O Si mesmo representa o objetivo do homem inteiro, a saber, a realização de sua totalidade e de sua individualidade, com ou contra sua vontade. A dinâmica desse processo é o instinto, que vigia para que tudo o que pertence a uma vida individual figure ali, exatamente, com ou sem a concordância do sujeito, quer tenha consciência do que acontece, quer não”. Continuando, devemos entender que consciência é uma qualidade da mente e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente, ou seja, uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, do pensamento humano ou da mente. Por sua vez, mente é o termo mais comumente utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano, particularmente aquelas das quais os seres humanos são conscientes tais como o pensamento, razão, memória, inteligência e emoção. E o que seria emoção? Em uma definição mais geral pode-se dizer que é o impulso pessoal movido pelos sentimentos, que são disposições mentais, em sua mente, a respeito próprio, de outrem ou de algo. Sendo assim, o amor, o ódio, a alegria e a tristeza são sentimentos natos ao Ser Humano, e o que, acima de tudo, caracteriza a Alma humana é o sentimento. É por ele que o homem se prende ao que é bom, belo e grande; ao que será o seu amparo na dúvida, a sua força na luta, a sua consolação aos obstáculos da vida, reagindo, assim, com as mais variadas emoções. Dessa forma, é impossível desconsiderar que nossas emoções sejam uma representatividade do que se passa em nossa alma.


"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros." (Clarice Lispector)


Dica: “Médico de Homens e de Almas”—A história de São Lucas (Livro de Taylor Caldwell)
 Trecho-“Não me perguntes o que há de mau comigo, pois não sei. Quando procuro em minha mente, nada acho a não ser pó, e mesmo nesse pó encontro sempre o movimento da dor. Tenho medo de me aventurar mais profundamente”.