Mostrando postagens com marcador auto-conhecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador auto-conhecimento. Mostrar todas as postagens

domingo, 24 de janeiro de 2021





 Não basta fazer escolhas baseado, unicamente, em desejos. É preciso estudá-las, ou melhor: estudar a si mesmo. Por isso, antes de entrar em ação ou ser paralisado pela impossibilidade de avançar, busque o auto conhecimento para lidar com as consequências de sua escolha.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Espelhos


"Já fui o que nunca imaginei...
Estive aonde nunca iria...
Fechei os olhos,
Tapei os ouvidos.
De nada adiantou
Medo...
E depois de tanta loucura
Ainda luto contra os fantasmas
Que assombram minha existência
Anjo e demônio
Disputando minh’alma
Ordem após ordem...
Devastando minha mente,
Imputando-me incertezas
De quem realmente sou.
Mas após tantos delírios
Ainda alucino a existência
De um mundo real"


E você? Tem plena convicção de seus desejos?
Sabe bem quem realmente você é?
Já se permitiu o impensável?
Há quanto tempo não olha para dentro de si mesmo e descobre algo novo?
Ou foge de voltar os olhos para o espelho de sua alma?


"A nossa própria alma apanha-nos em flagrante nos espelhos que olhamos sem querer".
 Mário Quintana




sábado, 5 de novembro de 2011

Identidades engessadas

"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."
Clarice Lispector
Quantas vezes por dia é capaz de permitir o auto questionamento?
Consegue estabelecer um diálogo interno?
Ou se sente completamente dono de toda razão ou princípio?
Conhecer ou reconhecer a própria identidade é um exercício que exige honestidade e mente flexível.
Mas entenda-se que um diálogo interior não pode submeter-se à enxurrada de pensamentos que, invariavelmente, invadem a mente.
Reserve poucos minutos de cada dia para que possa silenciar sua mente. Isso é importantíssimo, afinal uma mente conturbada e inundada em pensamentos pode irromper emoções angustiantes.
À medida que você consegue coordenar esse processo mental, será capaz de quebrar paradigmas e ganha a oportunidade de novos aprendizados e idéias.
Obviamente, nem sempre é fácil esse desengessamento mental e emocional. Mas tudo que nos propusermos a realizar, insistindo como prática cotidiana, torna-se facilmente realizável.

domingo, 26 de junho de 2011

Sopram ventos


"Às vezes ouço o vento passar;
E só de ouvir o vento passar,
Vale a pena ter nascido"
                                      Fernando Pessoa

Um fazendeiro possuía terras em uma região muito fértil, porém sujeita a tempestades terríveis. Ele constantemente anunciava estar precisando de empregados, mas a maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar em fazendas daquela região, pois temiam as horrorosas tempestades que faziam estragos nas construções e nas plantações.
Procurando por novos empregados, ele recebeu muitas recusas. Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se aproximou do fazendeiro.
- Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.
- Bem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram. -respondeu o pequenino homem.
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou. O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer até o anoitecer e o fazendeiro estava satisfeito com o trabalho do empregado.
Então, uma noite, o vento uivou ruidosamente. O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados. Sacudiu o pequeno homem e gritou:
- Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre as coisas antes que sejam arrastadas!
O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente:
- Não senhor. Eu lhe falei, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.
Enfurecido pela resposta, o fazendeiro estava tentado a despedi-lo imediatamente. Em vez disso, ele se apressou a sair e preparar o terreno para a tempestade. Do empregado, trataria depois.
Mas, para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo. As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos nos viveiros, e todas as portas muito bem travadas. As janelas bem fechadas e seguras. Tudo foi amarrado. Nada poderia ser arrastado.
O fazendeiro então entendeu o que seu empregado quis dizer, então retornou para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava.

Quando se está preparado, fisica, mental e espiritualmente, você não tem nada a temer.


Eu lhe pergunto: você pode dormir enquanto os ventos sopram em sua vida?




sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mundo Interior


Ouço que.... 










a natureza é uma lauda eterna

De pompa, de fulgor, de movimento e lida,

Uma escala de luz, uma escala de vida

De sol à infima luzerna.


Ouço que a natureza, - a natureza externa, -

Tem o olhar que namora, e o gesto que intimida

Feiticeira que ceva uma hidra de Lerna

Entre as flores da bela Armida.



E contudo, se fecho os olhos, e mergulho

Dentro em mim, vejo à luz de outro sol, outro abismo

Em que um mundo mais vasto, armado de outro orgulho,



Rola a vida imortal e o eterno cataclismo,

E, como o outro, guarda em seu âmbito enorme,

Um segredo que atrai, que desafia - e dorme.



Soneto de Machado de Assis


"......E nessa vastidão, entranhada em nuances complexas de sentimentos, transforma-se, cada ser, em um universo particular e infinito de incontáveis vivências."

Stuka Angyali






sábado, 30 de outubro de 2010

Entra para o interior

Certa vez um lenhador recebeu um sábio em sua humilde casa.
Este lhe diz:
-"lenhador, entra para o interior"
O homem simples, olhando a mata próxima de sua casa, resolve penetrá-la. Descobre, então, uma floresta. Aproveita a madeira e fica rico.Tinha o que queria, mas não era feliz. Lembra-se, novamente, de seu amigo sábio e resolve aprofundar-me mais ainda na floresta. Descobre rochas de grande valor. Começa a trabalhar com a pedra e fica mais rico ainda. Sentado à beira da porta de sua casa, ele se sentia triste e infeliz. Era rico financeiramente e pobre de felicidade. Os pensamentos, voltam, então, ao seu amigo sábio, recorda a sua recomendação:
-"lenhador, entra para o interior"
Uma luz acende-se em sua alma e ele, enfim, entende a mensagem deixada pelo seu amigo sábio. Era preciso voltar-se para dentro de si mesmo no processo de meditação e introspecção, analisar as suas ações e reconquistar seu verdadeiro caminho.
"Justo é que se gastem alguns minutos para se conquistar uma felicidade eterna"

Santo Agostinho

E você? Já achou seu caminho? Permite-se a introspecção? Permite-se o auto-conhecimento?
Consegue sobreviver às mesquinharias do cotidiano?
Alce vôo para dentro de si próprio e deixe a serenidade de sua mente guiar-te aos seus caminhos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A sua lâmpada



Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua atenção.
Aproximando-se, viu que era uma lâmpada.
Olhava, curiosamente, por vários ângulos quando viu sob a poeira que a cobria algo que parecia ser algum escrito.
Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca começou a surgir do bico da lâmpada.
Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma grande forma humana ia se formando no espaço antes vazio.
Ao invés de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada.
A forma algo fantasmagórica flutuava envolta por uma aura oscilante.
Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme :
-- Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo.
Recobrando-se, Aladim compreendeu logo a situação e, sem questionar porque era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio continuou :
-- Mas há três condições.
Três condições ? Como pode haver condições para atender aos desejos ?
Aladim continuou ouvindo.
-- Primeira condição : o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente.
Aladim já ia perguntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou :
-- Segunda condição : o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos interiores.
Desta vez Aladim esperou.
-- Terceira condição : o que quer você deseje, deve sempre ser capaz de permanecer desejando para continuar a ter.
Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar :
-- Eu quero um milhão de dólares !
E o gênio:
-- Já se imaginou tendo um milhão de dólares ?
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição.
No mesmo instante vieram à sua mente imagens de si  próprio nadando em dinheiro, comprando muitas coisas. Mas ao imaginar, questionou-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas.
Aí entendeu a segunda condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido.
Aladim buscou, então, algum desejo que poderia ter sem conflitos.
Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio :
-- Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa.
Aladim tinha se imaginado com uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.
O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de Aladim.
Este teve uma visão, como um sonho, de estar vivendo com uma mulher bela, sábia e carinhosa por vários anos.
E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo.
Voltando à realidade, Aladim lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia ser atendido.
Entristeceu-se, pensando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem conflitos.
Algo aparentemente aconteceu.
O rosto de Aladim iluminou-se, e ele disse ao gênio que já sabia o que queria.
-- Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego :
-- Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos de minha mente, sem conflitos !
Algo inesperado aconteceu : o gênio foi soltando-se da lâmpada e formaram-se duas pernas completas no seu corpo. Então, ele desceu, vagarosamente, até apoiar-se no chão, em frente a Aladim, que o fitava com expressão de espanto e interrogação.
-- Obrigado, disse o Gênio, sorridente.
-- Não compreendo, disse Aladim.
Estava escrito que eu seria libertado quando alguém desejasse algo, compreendendo que a realização destes desejos depende de si próprio.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Obscuro da Alma



"Obscuro
No escuro íntimo
Seu maior inimigo
Você

 
Aquele que sabe tudo
Aquele que te denuncia
Aquele que te acusa
Aquele que te satisfaz os desejos

 
Você
Alma encarcerada nesta carcaça
Alma aprendiz
Aprendes?

 
Luta em confusões
De sentimentos
De emoções
E vive a tormenta

 
Quem sabe
Um dia te reconhecerás
E soltarás as amarras
Dessa veste chamada corpo
"