sábado, 24 de dezembro de 2011

Noite feliz


Sempre adorei essa época do ano. A proximidade do Natal parece criar uma atmosfera mágica.
Quando éramos crianças aguardávamos ansiosamente essa data. Obviamente a figura do papai Noel povoava nossas imaginações, assim como de todas as crianças. As meias todas penduradas nas janelas e até mesmo na árvore cheia de luzinhas piscantes. Passávamos o dia todo, da véspera de Natal, aguardando a meia-noite chegar. Sabíamos que nesse momento os corações pulsariam mais fortes, já que era quando o bom velhinho deixaria sorrateiramente os presentes para a criançada. Que felicidade!!! E depois de aproveitarmos a ceia de Natal maravilhosa, corríamos para aproveitar os brinquedos. Tempos tão bons!!

Ainda mantenho a chama acesa do Natal dentro do lar.
E nessa atmosfera mágica, peço ao papai Noel que deixe em todos os lares a alegria da vida.
Que todos os lares sejam abençoados com paz, saúde, harmonia e toda a luz de Cristo.
Desejo a todos os amigos um Natal maravilhoso e com muito amor nos corações.
Um grande e fraterno abraço!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Céu e Inferno íntimos


Mais uma bela lição sobre as escolhas individuais.

Conta-se que, certo dia, um samurai, grande e forte, conhecido por sua intolerância, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
- Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, disse-lhe:
- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiroé insuportável. Além do que, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.
O samurai ficou transtornado. O sangue subiu-lhe à cabeça e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Com os olhos crispados, empunho sua espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
- "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel, estupefato.
A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscara a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.
O feroz guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silêncio. Passado algum tempo o samurai, já com o ânimo pacificado, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge, então, falou: "Aí começa o céu".
Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir em nosso próprio íntimo. Tanto o céu quanto o inferno, são estados de ânimo, que nós mesmos escolhemos em nosso dia-a-dia.
A cada instante somos mobilizados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno. É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros. Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer dos objetos disponíveis em seu interior. Assim, quando alguém nos ofende, podemos empunhar o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância. Atacados pela calúnia, podemos usar a foice do revide ou a pomada da autoconfiança. Quando a injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão. Diante de enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido corrosivo da revolta ou empunhar o escudo da confiança.
Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir fossos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.

A decisão depende sempre de nós mesmos. 

Somente de nossa própria vontade decorrerá o nosso estado de ânimo.
Portanto, criar portais para o céu ou cavar abismos para o inferno em nosso íntimo, é algo que não depende de ninguém, pois somos os únicos responsáveis.