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sábado, 2 de maio de 2009

Sentimentos e Curas


O Vento que Sopra pelas Flores

Há vários anos atrás, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade. "Tenzin", é como vou chamá-lo, foi diagnosticado como portador de uma forma de linfoma das mais fáceis de curar. Ele foi internado em um hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia. Mas durante o tratamento, este homem normalmente gentil tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa de seu braço e negou-se a cooperar.
Ele então gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor. Os médicos e enfermeiros ficaram desconcertados. Depois, a esposa de Tenzin falou com o pessoal do hospital. Ela contou que Tenzin foi um prisioneiro político dos chineses por 17 anos, eles mataram sua primeira esposa e ele foi repetidamente torturado brutalizado durante todo o tempo em que esteve preso.
As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fez Tenzin recordar todo o sofrimento que passou nas mãos dos chineses.
"Eu sei que vocês querem ajudá-lo," ela disse, "mas ele se sente torturado pelo tratamento, eles fazem com que ele sinta ódio internamente - da mesma maneira que os chineses fizeram ele se sentir. Ele prefere morrer do que viver com o ódio que ele está sentindo agora. e, segundo nossas crenças, é muito ruim ter tamanho ódio no coração na hora da morte. Ele precisa estar apto para rezar e limpar seu coração."
Assim, o médico dispensou Tenzin e recomendou uma equipe da clínica de repouso para visitá-lo em casa. Eu era a enfermeira encarregada de cuidar dele. Eu entrei em contato com um representante da "Anistia Internacional" para pedir-lhe conselhos. Ele me disse que a única forma de sanar o trauma da tortura era "falar a respeito". "Essa pessoa perdeu sua confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível." Mas quando eu encoragei Tenzin a falar sobre suas experiências, ele ergueu suas mãos e me fez parar.
Ele disse, "Eu preciso aprender a amar de novo se eu quiser curar minha alma. Sua tarefa não é fazer perguntas. Sua tarefa é me ensinar a amar novamente."
Respirei profundamente e perguntei, "E como eu posso fazê-lo amar de novo?" Tenzin respondeu prontamente, "Sente-se, tome meu chá e coma meus biscoitos." O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil de bebê-lo! Mas, foi o que eu fiz.
Por várias semanas, Tenzin, sua mulher e eu nos sentamos juntos e tomamos chá. Nós também conversamos com os médicos para achar formas de tratar suas dores físicas. Mas era sua dor espiritual que deveria ser diminuída. Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado de pernas cruzadas em sua cama, recitando preces de seus livros. Com o passar do tempo, sua mulher foi pendurando mais e mais 'thankas', bandeirolas budistas coloridas, nas paredes.
Em pouco tempo, o quarto parecia um colorido templo religioso. Na chegada da primavera, eu perguntei o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na primavera. Ele abriu um grande sorriso e disse, "Nós nos sentamos e aspiramos o vento que sopra pelas flores." Eu pensei que ele estava falando poeticamente, mas suas suas palavras eram literais.
Ele explicou que os tibetanos fazem isso para serem pulverizados com o pólen das novas floradas, carregadas pela brisa. Eles acreditam que esse pólen é um potente medicamento. No primeiro momento, achar muitas floradas parecia um pouco difícil.
Mas, um amigo sugeriu que Tenzin visitasse algumas floriculturas locais. Eu liguei para o gerente de uma floricultura e expliquei-lhe a situação.
Sua reação inicial foi "Você quer o quê???" Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou. Então, no final-de-semana seguinte, eu busquei Tenzin, sua esposa e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, xícaras, biscoitos,almofadas e livros de preces. Eu os deixei na floricultura e combinei de pegá-los às 17 horas. No outro final-de-semana, visitamos uma outra floricultura. E mais outra no terceiro fim-de- semana.
Na quarta semana, eu comecei a receber convites das floriculturas para Tenzin e sua mulher para voltarem novamente. Um dos gerentes disse, "Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias.ah, sim! E temos belas dafnias. Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnias! E eu quase me esqueci! Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e sua esposa vão adorar!" No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido birutas coloridas para Tenzin saber de que direção o vento estava soprando.
Logo, as floriculturas estavam competindo pelas visitas de Tenzin. As pessoas começaram a se importar com o casal tibetano.
Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento. Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal. E no final do verão, Tenzin voltou ao seu médico para novos exames e determinar o desenvolvimento da doença. Mas o doutor não achou nenhuma evidência de câncer. Ele estava abobalhado; disse à Tenzin que ele simplesmente não sabia explicar aquilo.
Tenzin levantou seu dedo e disse, "Eu sei porque o câncer se foi. Ele não podia mais viver num corpo tão cheio de amor. Quando eu comecei a sentir a o amor das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e todas essas pessoas que queriam saber de mim, eu comecei a mudar por dentro. Quando parei de sentir o ódio e remoer minhas amarguras tive a oportunidade de ser curado dessa forma."

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Solidariedade, Amizade e Amor ao próximo



POIS É.....QUANDO PRESENCIAMOS OU OUVIMOS FALAR DE FATOS ASSIM, COMO ESSE QUE ACONTECEU NAS OLIMPIADAS, VALE SEMPRE QUESTIONAR:

QUEM É DEFICIENTE? ELES OU NÓS?

A SOCIEDADE DISCRIMINA E EXCLUE!!!!!

A Evolução do tratamento

GUSTAVE COURBET -- "O Homem desesperado"

Tratamentos usados para curar a “loucura” revelam algumas das convicções ao longo da história:

Furos no crânio (século 5 a.C.)


O que era: Fazer buracos no couro cabeludo do paciente


Justificativa: “Os buracos permitem que os demônios, que provocam a loucura, ao ocupar o corpo do paciente, possam abandoná-lo”


Disciplina total (século 17)


O que era: Thomas Willis, um dos primeiros médicos a escrever sobre loucura, dizia que "disciplina, ameaças, algemas e bofetadas são tão necessárias quanto tratamento médico"


Justificativa: “É a razão que separa os homens dos animais. Loucos são, portanto, como bichos e, para se recuperarem, precisam aprender a ter medo e respeito”


Dor (início do século 18)


O que era: diversas técnicas com o objetivo de machucar o paciente. A mais comum consistia em provocar bolhas no crânio e genitálias, usando soda cáustica


Justificativa: “As dores obrigam a mente do louco a focar-se nessa sensação, deixando de lado pensamentos raivosos”


Indução de vômito (1715)


O que era: Durante vários dias, diferentes tipos de purgantes era ministrados ao paciente


Justificativa: "Enquanto a náusea durar, alucinações constantes serão suspensas e, algumas vezes, removidas. Até o mais furioso vai se tornar tranqüilo e obediente", dizia o médico George Man Burrows


Sangramento (1790)


O que era: Retirada de até quatro quintos do sangue do corpo


Justificativa: “Danos cerebrais, masturbação ou muita imaginação podem levar à circulação irregular nas veias que irrigam o cérebro, que é a causa da loucura. A retirada do sangue poderia normalizar o fluxo”


Afogamento (1828)


O que era: O paciente era colocado dentro de um caixão com furos e imerso na água. Ficava submerso até que "bolhas de ar parassem de subir". Depois era retirado e reavivado.


Justificativa: “O método leva à suspensão das funções vitais e possibilita que o paciente volte à vida com maneiras mais ajustadas de pensar”


Cirurgias ginecológicas (1890)


O que era: Amputação do clitóris e retirada do útero


Justificativa: “A vagina e o clitóris têm grande influência na mente feminina. A loucura pode ser resultado da agitação provocada por esses órgãos”


Hidroterapia (1896)


O que era: O paciente era enrolado em uma rede e mantido dentro de uma banheira encoberta por uma lona (com um buraco para a cabeça) por horas ou até dias. Água gelada e água fervente era usadas alternadamente para encher a banheira.


Justificativa: “O banho prolongado induz à fadiga psicológica e estimula a produção de secreções da pele e dos rins, que podem reestruturar as funções do cérebro”


Terapias endócrinas (1899)


O que era: Injeção de extratos dos ovários, testículos, glândulas pituitárias e tireóides de diversos animais


Justificativa: “Os extratos modificam a nutrição das células do corpo e, portanto, levam à cura permanente”


Esterilização (1913)


O que era: Esterilização forçada nos homens


Justificativa: “A operação viabiliza a conservação do esperma, o elixir da vida, ajudando na melhoria do quadro”


Extração de dentes (1916)


O que era: Remoção de dentes que apresentam problemas. A terapia não era aconselhada para pacientes num estágio avançado da doença


Justificativa: “Bactérias são a causa de várias doenças crônicas e costumam ficar escondidas perto dos dentes. Elas podem seguir até o sistema circulatório e chegar ao cérebro, causando doenças mentais”


Hibernação (1920)


O que era: O paciente permanecia entre "cobertores" congelados por até três dias, para que a temperatura do corpo caísse a 12ºC ou menos.


Justificativa: “O choque térmico pode fazer com que o paciente recobre parte das funções mentais”


Coma induzido (1933)


O que era: O paciente recebia uma dose de insulina suficiente para levá-lo ao estado de coma. Depois de um tempo (de 10 a 120 minutos), era reavivado com uma solução de glicose.


Justificativa: “A hipoglicemia pode matar ou silenciar as células doentes e sem possibilidade de restauração. Os pacientes voltam do coma agindo como bebês de 5 anos o que é, sem dúvida, uma prova de sua recuperação”


Convulsão (1934)


O que era: O paciente recebia uma injeção de metrazol e entrava em forte convulsão, correndo o risco de quebrar ossos e dentes e ter hemorragias.


Justificativa: “A convulsão pode restaurar as funções mentais. Ou isso, ou o temor do paciente diante da terapia causa um choque cerebral tão forte que provoca a cura. De todo modo, a terapia é válida”


Eletrochoque (1937)


O que era: Uso da eletricidade diretamente na cabeça para provocar o ataque de epilepsia.


Justificativa: “A convulsão produz danos cerebrais, eficientes na recuperação do paciente. A perda de memória, outra conseqüência do choque, é benéfica já que torna impossível a lembrança de eventos que lhe causem preocupação ou angústia.”


Lobotomia (1940)


O que era: Aprimorada pelo neurologista português Egas Moniz, a cirurgia, que já vinha sendo realizada de diferentes maneiras desde o século 19, consistia em danificar os lobos frontais do cérebro.


Justificativa: “Distúrbios acontecem porque pensamentos patológicos "fixam-se" nas células cerebrais, especialmente nos lobos frontais. Para curar o paciente, é preciso destruí-las”

Chega de Preconceitos

DOENÇAS MENTAIS

A doença mental é com freqüência relacionada com o mendigo que deambula pelas ruas falando sozinho, com a mulher que aparece na TV dizendo ter 16 personalidades e com o homicida “louco” que aparece nos filmes.Palavras como “maluco”, “esquizofrênico”, “psicopata” e “maníaco”, são vulgarmente utilizadas na linguagem do dia-a-dia. As pessoas olham-se e dizem: “Isto não me vai acontecer de modo nenhum, não sou maluco, venho de uma família sólida”, ou, então, “a doença mental não me afeta, isso é problema dos outros.” O Estigma relacionado com a doença mental provém do medo do desconhecido, dum conjunto de falsas crenças que origina a falta de conhecimento e compreensão, além do PRECONCEITO. Procura-se que haja uma melhoria do conhecimento, desmistificando falsas crenças e estereótipos e fornecendo novos dados acerca das doenças mentais e das pessoas que delas sofrem. Hoje, os tratamentos evoluíram muito e há medicações que podem trazer à normalidade e controle dos sintomas. Contudo, infelizmente a sociedade não acompanhou a evolução dos tratamentos e melhorias ocorridas na Saúde Mental e, ainda presa a uma imagem retrógrada e negativa, discrimina e exclue pessoas que necessitam desse tratamento.
Acordem!!!!
Hoje, com tantos meios de acesso ao conhecimento......
....................................................................................é inaceitável esse preconceito

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não exclua

AS DOENÇAS MENTAIS NÃO ESCOLHEM RAÇA, COR, SEXO OU IDIOMA; NÃO ESCOLHEM POBRES OU RICOS, NEM TAMPOUCO DESCONHECIDOS OU FAMOSOS