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sábado, 23 de julho de 2016

Gaste bem o seu saldo bancário


O amanhã ainda é um mistério
Imagine que você tem uma conta corrente e a cada manhã você acorda com um saldo de R$ 86.400,00. 

Só que não é permitido transferir o saldo do dia para o dia seguinte. Todas as noites, seu saldo é zerado, mesmo que você não tenha conseguido gastá-lo durante o dia. O que você faz? Você irá gastar cada centavo, é claro!

Todos nós somos clientes desse banco de que estamos falando. Chama-se TEMPO. 

Todas as manhãs, são creditados, para cada um, 86.400 segundos. 
Todas as noites, o saldo é debitado como perda. 
Não é permitido acumular esse saldo para o dia seguinte. 

Todas as manhãs, sua conta é inicializada e, todas as noites, as sobras do dia evaporam-se. 
Não há volta. Você precisa gastar, vivendo no presente o seu depósito diário. 
Invista, então, no que for melhor: na saúde, na felicidade e no sucesso! O relógio está correndo. 

Faça o melhor para o seu dia-a-dia. 
Para você perceber o valor de UM ANO, pergunte a um estudante que repetiu de ano. 
Para você perceber o valor de UM MÊS, pergunte para uma mãe que teve o seu bebê prematuramente. 
Para você perceber o valor de UMA SEMANA, pergunte a um editor de um jornal semanal. 
Para você perceber o valor de UMA HORA, pergunte aos enamorados que estão esperando para se encontrar. 
Para você perceber o valor de UM MINUTO, pergunte a uma pessoa que perdeu um avião.
Para você perceber o valor de UM SEGUNDO, pergunte a uma pessoa que conseguiu evitar um acidente. 
Para você perceber o valor de UM MILISEGUNDO, pergunte a alguém que venceu a medalha de prata em uma Olimpíada. 

Valorize cada momento que você tem! E valorize mais, porque você deve dividir com alguém especial, especial suficiente para gastar o seu tempo junto com você. 

Lembre-se de que o tempo não espera por ninguém. 

Ontem é história.
O amanhã é um mistério. 
O hoje é uma dádiva; por isso, é chamado de PRESENTE ! 

 Psiquismo Desmistificado

domingo, 29 de dezembro de 2013

O tempo e a vida


365...
chegando na reta final. 

Mais um ano que passou tão rápido. Engraçado como a sensação é coletiva.
Outro dia falávamos sobre o assunto e como vivemos um tempo diferente.
Sim, "tempos diferentes", não somente quanto aos hábitos do ser humano e às novas tecnologias e evoluções existentes, mas também no sentido mais estrito da palavra.
O mundo evolui, embora o ser humano não consiga acompanhar em sua evolução pessoal, aprendendo amar, respeitar e seguir os melhores caminhos.
Corremos de um lado ao outro. O dia que começou há poucas horas parece chegar ao fim, mal tendo iniciado.
E nos momentos em que nos permitimos parar alguns segundos ou minutos no decorrer do dia, pensamos: o que faço com meu tempo? qual é o meu tempo?
Você sabe em que tempo vive?
Encaixa-se totalmente nas vivências destes tempos?
Final de ano sempre foi tempo de fazer planos e tentar estabelecer metas.
....vou fazer isso ou aquilo...
Mais 365 dias...
Talvez e, muito provavelmente, possamos ver o calendário apenas como um marcador de nossos dias e vidas, afinal é assim que nos organizamos e vivemos na sociedade.
Mas também é um limitador de nosso tempo.
O que muda realmente entre 31 de dezembro e 01 de janeiro? 
Ahhhh...começa um Novo Ano!!!
Sim, exatamente!!...assim como convencionado em nossa contagem através dos calendários.
Mas de fato, o que muda para você quando entra um Novo Ano??
Pense a respeito.
Pense em que você pode ser diferente ou fazer de outra forma. Pense naquilo que você pode melhorar ou evoluir.
Refaça seu tempo!!
Não reclame ou se queixe do que foi o ano que esta acabando. Afinal pode ter sido mais ou menos agradável. Mas isso faz parte de nossas vidas e aprendizagens. Faz parte de nossa habilidade em lidar com as circunstâncias vivenciadas. Faz parte de nossas fragilidades.
Apenas agradeça a oportunidade de estar aqui, agora, nesse tempo....
No próximo ano, pense que você tem 31.536.000 momentos para aproveitar o tempo.
O seu tempo..



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Tornou-se utópico


Ontem recebi um telefonema. Era um amigo.
Não era simplesmente um amigo. Era um amigo de minha infância....muito tempo.
Estudamos juntos lá na época do "primário", hoje denominado ensino fundamental.
Foi magnífico relembrar as peripécias de nossa infância e os amigos da época.
E fulano onde está? você sabe de sicrano? e beltrano, o que anda fazendo?

Como o tempo passa!!!

Interessante as perspectivas que se tem da vida, de acordo com a idade que temos.
Naquela época, quando tínhamos 7 ou 8 anos de idade, não havia qualquer tipo de preocupação, a não ser ir à escola e, nos momentos livres, brincar.

Como é bom ser criança e brincar!!

Depois você cresce e vai para a faculdade. Outras preocupações, outra fase.
Como vai ser depois que me formar, onde vou trabalhar? Vou ser um bom profissional?
O tempo passa!!
Anos passam...e a rotina diária nem sempre te permite parar para refletir.
O que você fez no último anos? - perguntei ao amigo de infância.
-Trabalhei....trabalhei....trabalhei

Com o tempo se esquece como é bom brincar!!

Culpa de quem? Provavelmente de ninguém! Apenas fruto da sociedade em que se vive, afinal sem dinheiro não se faz nada.
E você ficou rico? Está "bem" de vida?-perguntei ao amigo
-Olha, posso dizer que não estou rico, embora tenha algumas reservinhas. Mas decidi uma coisa. Aproveitei que estamos começando mais um ano e quero recomeçar minha minha vida.

Faço um recomeço de minha vida. Quero vivê-la mais intensamente. Sentir mais a emoções....permitir-me mais erros. Não quero ser um robô programado. Minha mente não é um chip....sou sonhos, desejos...sentimentos.
Preciso estar perto dos meus, amar e ser amado.
A vida passa muito rápido!!

Ahhh..sim, passa muito rápido meu amigo!! A vida é uma breve transição. Uma fase de aprendizagem e experiências. 
Observe o que dizem as pessoas que padecem de doença grave e sobrevivem: " eu não imaginava que precisava passar por esse aprendizado para dar mais valor à vida, às pequenas coisas do dia-a-dia!"; "eu não sabia da importância da vida"; "eu não sabia como é bom viver cada segundo"
Pois é meu amigo! É a rotina robotizante que vai matando a criança.
É a preocupação excessiva com o "status", com o poder, com o "ter" que vai, cada vez mais, conduzindo os caminhos do ser humano.

E o que se esqueceu??

A palavra de ordem é "produzir". Seja na indústria, no comércio, ou até mesmo na área da saúde. O ser humano tornou-se um robô na linha de produção, com a função básica de produzir.

Não somos máquinas!!!

O questionamento a fazer e o pensamento para refletir:

Tornou-se utópico falar em amor e viver a plenitude dos sentimentos e emoções ?

domingo, 29 de janeiro de 2012

Que sentimento é esse?


Que sentimento é esse?
Tão paradoxal em si mesmo.
Na mistura de sabores,
Entre o doce e o amargo.

Que sentimento é esse?
Tão somatizante,
misturando dores,
Entre corpo e alma

Ahh sentimento!!
Que provoca emoções
Que se chocam
Entre o sorrir e chorar.

Que sentimento é esse?
Tão confuso na certeza
De que incomoda senti-lo
Porque dói mesmo sem querer.

Sentimento ....
Que não se traduz,
Nem se define.
 Tão intenso em adjetivos.

Que sentimento é esse?
Que esvazia seu peito
Tão cheio....
.....de sentimentos?

Sentimento forte,
Que carrega o Amor em seus braços
Enquanto luta contra seu algoz,
A distância.

Sentimento
Que se apoia
Nos calcanhares da lembrança
E nos braços da memória.

Saudade!





Como disse Mário Quintana, “O tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo.”

Muito bom saber que o tempo passa tão rápido, enquanto as lembranças não se esquecem.






domingo, 26 de setembro de 2010

Velhos Tempos

Tudo muda....

Houve um tempo em que se pedia “a benção” aos pais quando se acordava pela manhã ou se deitava para dormir, assim como antes de sair de casa.

Hoje os filhos nem sabem o que significa pedir “a benção”,

Afinal mal falam bom dia ou boa noite. E para sair de casa nem precisam falar aonde vão.

Um filho, nesse tempo, referia-se aos pais ou pessoas mais velhas como “Sr” e “Sra”.

Hoje os filhos se referem aos pais ou pessoas mais velhas como “Você”,

Afinal nem sabem o significado de um pronome de tratamento respeitoso.

Houve um tempo que não se falava enquanto adultos estivessem falando.

Hoje os filhos falam enquanto os pais se obrigam a ficar quietos,

Afinal nem sabem o que é ouvir.

Os filhos, certamente, compreendiam o olhar recriminador de seus pais.

Hoje se um pai lança um olhar recriminador ao filho,

Passará despercebido ou ouvirá: “que cara feia é essa, velho?”

Houve um tempo em que um filho pedia, por favor, ou “eu posso?”

Hoje um filho não pede, por favor, e nem se utiliza da gentileza,

Afinal ele acha que tudo pode.

Houve tempo em que os filhos sabiam ouvir o “Não”.

Hoje uma criança não pode ouvir a palavra “Não”,

Afinal contraria todos os seus desejos imediatistas.

E nesse tempo uma criança que ia à escola respeitava o professor.

Hoje os professores têm medo dos alunos,

Afinal podem ser agredidos física ou verbalmente.

Era mesmo um tempo em que as crianças respeitavam pessoas mais velhas.

Os pais educavam os filhos teimosos também “dando umas palmadas”, quando fosse necessário.

Hoje os pais não conseguem educar os filhos,

Afinal se houver a necessidade de “dar umas palmadas” podem ser denunciados por agressão pelo próprio filho. E o Estado nesse momento lhe dá todo apoio ( ao filho obviamente ).

Era tempo de músicas que falavam de amor e romantismo.

Hoje as músicas falam de sexo e drogas,

Afinal é o que as crianças precisam aprender.

Houve aquele tempo em que se aprendia o que era correto ou moral.

Hoje uma criança tem grande dificuldade em distinguir o correto do contrário,

Afinal vive em um tempo amoral.

Uma criança atrevida, indisciplinada era criticada e mal vista por todos. Era uma criança chamada malcriada.

Hoje a criança não é malcriada. Ela está “passando por alguma dificuldade emocional”.

Naquele tempo as crianças sofriam punições por sua desobediência.

Hoje a criança “desobediente” tem mãos acariciando sua cabeça. Pode até estuprar ou matar, mas a lei o protege.


Tudo mudou...



Então, o que mudou?

O que podemos esperar dessas crianças que um dia terão filhos?

Não sabem mais o valor das coisas. Nem se importam.

Não acham que o mundo deva ter regras morais. Agem com seus impulsos.

Tudo muda...para pior ou melhor, mas muda.


E você, o que deseja para seus filhos?




domingo, 12 de setembro de 2010

Vivemos esperando

Novamente estamos nos aproximando de mais um final de ano. É impressionante como o tempo está passando rápido. Diria mesmo que está "voando".
Essa constatação nos faz refletir sobre aquele velho dito popular: "Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje".
Seja feliz, não espere que amanhã seja melhor.
Torne hoje seu dia o melhor.
Não perca tempo com situações estressantes.
Não dê atenção àquilo que bloqueia sua felicidade.
Não crie dificuldades para sua felicidade. Ser feliz é muito fácil, mais fácil ainda é impedir que aconteça.
O tempo passa e você vai viver esperando o que?

Dias melhores

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Vida de tartaruga

Uma família de tartarugas decidiu sair para um piquenique. As tartarugas, sendo naturalmente lentas, levaram sete anos para prepararem-se para seu passeio. Finalmente a família de tartarugas saiu de casa para procurar um lugar apropriado. Durante o segundo ano da viagem encontraram um lugar ideal!
Por aproximadamente seis meses limparam a área, desembalaram a cesta de piquenique e terminaram os arranjos. Então descobriram que tinham esquecido o sal. Um piquenique sem sal seria um desastre, todas concordaram. Após uma longa discussão, a tartaruga mais nova foi escolhida para voltar em casa e pegar o sal, pois era a mais rápida das tartarugas. A pequena tartaruga laamentou, chorou, e esperneou.
Concordou em ir mas com uma condição: que ninguém comeria até que ela retornasse. A família consentiu e a pequena tartaruga saiu.
Três anos se passaram e a pequena tartaruga não tinha retornado. Cinco anos... Seis anos... Então, no sétimo ano de sua ausência, a tartaruga mais velha não agüentava mais conter sua fome. Anunciou que ia comer e começou a desembalar um sanduíche.
Nesta hora, a pequena tartaruga saiu de trás de uma árvore e gritou:
Ahhãããããã! Eu sabia que vocês não iam me esperar. Agora que eu não vou mesmo buscar o sal.
Descontando os exageros da estória, na nossa vida as coisas acontecem mais ou menos da mesma forma. Nós desperdiçamos nosso tempo esperando que as pessoas vivam à altura de nossas expectativas. Ficamos tão preocupados com o que os outros estão fazendo, que deixamos de fazer nossas próprias coisas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Saber desfrutar a vida



"Nós mostramo-nos ingratos em relação ao que nos foi dado por esperarmos sempre no futuro, como se o futuro (na hipótese de lá chegarmos) não se transformasse rapidamente em passado. Quem goza apenas do presente não sabe dar o correto valor aos benefícios da existência; quer o futuro quer o passado nos podem proporcionar satisfação, o primeiro pela expectativa, o segundo pela recordação; só que enquanto um é incerto e pode não se realizar, o outro nunca pode deixar de ter acontecido. Que loucura é esta que nos faz não dar importância ao que temos de mais certo? Mostremo-nos satisfeitos por tudo o que nos foi dado gozar, a não ser que o nosso espírito seja um cesto roto onde o que entra por um lado vai logo sair pelo outro!"

Séneca - Cartas a Lucílio

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tempo


"Sempre que pensamos em mudar queremos tudo o mais rápido possível. Não tenha pressa pois as pequenas mudanças são as que mais importam. Por isso, não tenha medo de mudar lentamente, tenha medo de ficar parado."  

Povérbio Chinês




segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quanto tempo....

O tempo é um fluir constante. Uma sucessão ininterrupta, na qual todas as coisas que a experiência nos mostra nascem, existem e morrem. É fatalmente irreversível: nenhum esforço humano o pode deter, retardar ou acelerar. Tudo, com movimento perpétuo e revolução perene, passa e vai passando.
Onde estamos? - Para onde vamos? - Que podemos saber? - Que devemos fazer? - Que nos é lícito esperar? Eis problemas fundamentais intimamente relacionados com o tempo.

Goethe disse: "Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira".

sábado, 2 de maio de 2009

Sr Tempo


A Linha Mágica

"Era uma vez uma viúva que tinha um filho chamado Pedro. O menino era forte e são, mas não gostava de ir à escola e passava o tempo todo sonhando acordado.
- Pedro, com o que você está sonhando a uma hora destas? - perguntava-lhe a professora.
- Estava pensando no que serei quando crescer - respondia ele.
- Seja paciente. Há muito tempo para pensar nisso. Depois de crescido, nem tudo é divertimento, sabe? - dizia ela.
Mas Pedro tinha dificuldades para apreciar qualquer coisa que estivesse fazendo no momento, e ansiava sempre pela próxima. No inverno, ansiava pelo retorno do verão; e no verão, sonhava com passeios de esqui e trenó, e com as fogueiras acesas durante o inverno. Na escola, ansiava pelo fim do dia, quando poderia voltar para casa; e nas noites de domingo, suspirava dizendo: "Se as férias chegassem logo!" O que mais o entretinha era brincar com a amiga Lise. Era companheira tão boa quanto qualquer menino, e a ansiedade de Pedro não a afetava, ela não se ofendia. "Quando crescer, vou casar-me com ela", dizia Pedro consigo mesmo.
Costumava perder-se em caminhadas pela floresta, sonhando com o futuro. Ás vezes, deitava-se ao sol sobre o chão macio, com as mãos postas sob a cabeça, e ficava olhando o céu através das copas altas das árvores. Uma tarde quente, quando estava quase caindo no sono, ouviu alguém chamando por ele. Abriu os olhos e sentou-se. Viu uma mulher idosa em pé à sua frente. Ela trazia na mão uma bola prateada, da qual pendia uma linha de seda dourada.
- Olhe o que tenho aqui, Pedro - disse ela, oferecendo-lhe o objeto.
- O que é isso? - perguntou, curioso, tocando a fina linha dourada.
- É a linha da sua vida - retrucou a mulher. - Não toque nela e o tempo passará normalmente. Mas se desejar que o tempo ande mais rápido, basta dar um leve puxão na linha e uma hora passará como se fosse um segundo. Mas devo avisá-lo: uma vez que a linha tenha sido puxada, não poderá ser colocada de volta dentro da bola. Ela desaparecerá como uma nuvem de fumaça. A bola é sua. Mas se aceitar meu presente, não conte para ninguém; senão, morrerá no mesmo dia. Agora diga, quer ficar com ela?
Pedro tomou-lhe das mãos o presente, satisfeito. Era exatamente o que queria. Examinou-a. Era leve e sólida, feita de uma peça só. Havia apenas um furo de onde saía a linha brilhante. O menino colocou-a no bolso e foi correndo para casa. Lá chegando, depois de certificar-se da ausência da mãe, examinou-a outra vez. A linha parecia sair lentamente de dentro da bola, tão devagar que era difícil perceber o movimento a olho nu. Sentiu vontade de dar-lhe um rápido puxão, mas não teve coragem. Ainda não.
No dia seguinte na escola, Pedro imaginava o que fazer com sua linha mágica. A professora o repreendeu por não se concentrar nos deveres. "Se ao menos", pensou ele, "fosse a hora de ir para casa!" Tateou a bola prateada no bolso. Se desse apenas um pequeno puxão, logo o dia chegaria ao fim. Cuidadosamente, pegou a linha e puxou. De repente, a professora mandou que todos arrumassem suas coisas e fossem embora, organizadamente. Pedro ficou maravilhado. Correu sem parar até chegar em casa. Como a vida seria fácil agora! Todos seus problemas haviam terminado. Dali em diante, passou a puxar a linha, só um pouco, todos os dias.
Entretanto, logo apercebeu-se que era tolice puxar a linha apenas um pouco todos os dias. Se desse um puxão mais forte, o período escolar estaria concluído de uma vez. Ora, poderia aprender uma profissão e casar-se com Lise. Naquela noite, então, deu um forte puxão na linha, e acordou na manhã seguinte como aprendiz de um carpinteiro da cidade. Pedro adorou sua nova vida, subindo em telhados e andaimes, erguendo e colocando a marteladas enormes vigas que ainda exalavam o perfume da floresta. Mas às vezes, quando o dia do pagamento demorava a chegar, dava um pequeno puxão na linha e logo a semana terminava, já era a noite de sexta-feira e ele tinha dinheiro no bolso.
Lise também mudara-se para a cidade e morava com a tia, que lhe ensinava os afazeres do lar. Pedro começou a ficar impaciente acerca do dia em que se casariam. Era difícil viver tão perto e tão longe dela, ao mesmo tempo. Perguntou-lhe, então, quando poderiam se casar.
- No próximo ano - disse ela. - Eu já terei aprendido a ser uma boa esposa.
Pedro tocou com os dedos a bola prateada no bolso.
- Ora, o tempo vai passar bem rápido - disse, com muita certeza.
Naquela noite, não conseguiu dormir. Passou o tempo todo agitado, virando de um lado para outro na cama. Tirou a bola mágica que estava debaixo do travesseiro. Hesitou um instante; logo a impaciência o dominou, e ele puxou a linha dourada. Pela manhã, descobriu que o ano já havia passado e que Lise concordara afinal com o casamento. Pedro sentiu-se realmente feliz.
Mas antes que o casamento pudesse realizar-se, recebeu uma carta com aspecto de documento oficial. Abriu-a, trêmulo, e leu a noticia de que deveria apresentar-se ao quartel do exército na semana seguinte para servir por dois anos. Mostrou-a, desesperado, para Lise.
- Ora - disse ela -, não há o que temer, basta-nos esperar. Mas o tempo passará rápido, você vai ver. Há tanto o que preparar para nossa vida a dois!
Pedro sorriu com galhardia, mas sabia que dois anos durariam uma eternidade para passar.
Quando já se acostumara à vida no quartel, entretanto, começou a achar que não era tão ruim assim. Gostava de estar com os outros rapazes, e as tarefas não eram tão árduas a princípio. Lembrou-se da mulher aconselhando-o a usar a linha mágica com sabedoria e evitou usá-la por algum tempo. Mas logo tornou a sentir-se irrequieto. A vida no exército o entediava com tarefas de rotina e rígida disciplina. Começou a puxar a linha para acelerar o andamento da semana a fim de que chegasse logo o domingo, ou o dia da sua folga. E assim se passaram os dois anos, como se fosse um sonho.
Terminado o serviço militar, Pedro decidiu não mais puxar a linha, exceto por uma necessidade absoluta. Afinal, era a melhor época da sua vida, conforme todos lhe diziam. Não queria que acabasse tão rápido assim. Mas ele deu um ou dois pequenos puxões na linha, só para antecipar um pouco o dia do casamento. Tinha muita vontade de contar para Lise seu segredo; mas sabia que se contasse, morreria.
No dia do casamento, todos estavam felizes, inclusive Pedro. Ele mal podia esperar para mostrar-lhe a casa que construíra para ela. Durante a festa, lançou um rápido olhar para a mãe. Percebeu, pela primeira vez, que o cabelo dela estava ficando grisalho. Envelhecera rapidamente. Pedro sentiu uma pontada de culpa por ter puxado a linha com tanta freqüência. Dali em diante, seria muito mais parcimonioso com seu uso, e sé a puxaria se fosse estritamente necessário.
Alguns meses mais tarde, Lise anunciou que estava esperando um filho. Pedro ficou entusiasmadíssimo, e mal podia esperar. Quando o bebê nasceu, ele achou que não iria querer mais nada na vida. Mas sempre que o bebê adoecia ou passava uma noite em claro chorando, ele puxava a linha um pouquinho para que o bebê tornasse a ficar saudável e alegre.
Os tempos andavam difíceis. Os negócios iam mal e chegara ao poder um governo que mantinha o povo sob forte arrocho e pesados impostos, e não tolerava oposição. Quem quer que fosse tido como agitador era preso sem julgamento, e um simples boato bastava para se condenar um homem. Pedro sempre fora conhecido por dizer o que pensava, e logo foi preso e jogado numa cadeia. Por sorte, trazia a bola mágica consigo e deu um forte puxão na linha. As paredes da prisão se dissolveram diante dos seus olhos e os inimigos foram arremessados à distância numa enorme explosão. Era a guerra que se insinuava, mas que logo acabou, como uma tempestade de verão, deixando o rastro de uma paz exaurida. Pedro viu-se de volta ao lar com a família. Mas era agora um homem de meia-idade.
Durante algum tempo, a vida correu sem percalços, e Pedro sentia-se relativamente satisfeito. Um dia, olhou para a bola mágica e surpreendeu-se ao ver que a linha passara da cor dourada para a prateada. Foi olhar-se no espelho. Seu cabelo começava a ficar grisalho e seu rosto apresentava rugas onde nem se podia imaginá-las. Sentiu um medo súbito e decidiu usar a linha com mais cuidado ainda do que antes. Lise dera-lhe outros filhos e ele parecia feliz como chefe da família que crescia. Seu modo imponente de ser fazia as pessoas pensarem que ele era algum tipo de déspota benevolente. Possuía um ar de autoridade como se tivesse nas mãos o destino de todos. Mantinha a bola mágica bem escondida, resguardada dos olhos curiosos dos filhos, sabendo que se alguém a descobrisse, seria fatal.
Cada vez tinha mais filhos, de modo que a casa foi ficando muito cheia de gente. Precisava ampliá-la, mas não contava com o dinheiro necessário para a obra. Tinha outras preocupações, também. A mãe estava ficando idosa e parecia mais cansada com o passar dos dias. Não adiantava puxar a linha da bola mágica, pois isto sé aceleraria a chegada da morte para ela. De repente, ela faleceu, e Pedro, parado diante do túmulo, pensou como a vida passara tão rápido, mesmo sem fazer uso da linha mágica.
Uma noite, deitado na cama, sem conseguir dormir, pensando nas suas preocupações, achou que a vida seria bem melhor se todos os filhos já estivessem crescidos e com carreiras encaminhadas. Deu um fortíssimo puxão na linha, e acordou no dia seguinte vendo que os filhos já não estavam mais em casa, pois tinham arranjado empregos em diferentes cantos do país, e que ele e a mulher estavam sós. Seu cabelo estava quase todo branco e doíam-lhe as costas e as pernas quando subia uma escada ou os braços quando levantava uma viga mais pesada. Lise também envelhecera, e estava quase sempre doente. Ele não agüentava vê-la sofrer, de tal forma que lançava mão da linha mágica cada vez mais freqüentemente. Mas bastava ser resolvido um problema, e já outro surgia em seu lugar. Pensou que talvez a vida melhorasse se ele se aposentasse. Assim, não teria que continuar subindo nos edifícios em obras, sujeito a lufadas de vento, e poderia cuidar de Lise sempre que ela adoecesse. O problema era a falta de dinheiro suficiente para sobreviver. Pegou a bola mágica, então, e ficou olhando. Para seu espanto viu que a linha não era mais prateada, mas cinza, e perdera o brilho. Decidiu ir para a floresta dar um passeio e pensar melhor em tudo aquilo.
Já fazia muito tempo que não ia àquela parte da floresta. Os pequenos arbustos haviam crescido, transformando-se em árvores frondosas, e foi difícil encontrar o caminho que costumava percorrer. Acabou chegando a um banco no meio de uma clareira. Sentou-se para descansar e caiu em sono leve. Foi despertado por uma voz que chamava-o pelo nome: "Pedro! Pedro!"
Abriu os olhos e viu a mulher que encontrara havia tantos anos e que lhe dera a bola prateada com a linha dourada mágica. Aparentava a mesma idade que tinha no dia em questão, exatamente igual. Ela sorriu para ele.
- E então, Pedro, sua vida foi boa? - perguntou.
- Não estou bem certo - disse ele. - Sua bola mágica é maravilhosa. Jamais tive que suportar qualquer sofrimento ou esperar por qualquer coisa em minha vida. Mas tudo foi tão rápido. Sinto como se não tivesse tido tempo de apreender tudo que se passou comigo; nem as coisas boas, nem as ruins. E agora falta tão pouco tempo! Não ouso mais puxar a linha, pois isto só anteciparia minha morte. Acho que seu presente não me trouxe sorte.
- Mas que falta de gratidão! - disse a mulher. - Como você gostaria que as coisas fossem diferentes?
- Talvez se você tivesse me dado uma outra bola, que eu pudesse puxar a linha para fora e para dentro também. Talvez, então, eu pudesse reviver as coisas ruins.
A mulher riu-se. - Está pedindo muito! Você acha que Deus nos permite viver nossas vidas mais de uma vez? Mas posso conceder-lhe um último desejo, seu tolo exigente.
- Qual? - perguntou ele.
- Escolha - disse ela. Pedro pensou bastante. Depois de um bom tempo, disse: - Eu gostaria de tornar a viver minha vida, como se fosse a primeira vez, mas sem sua bola mágica. Assim poderei experimentar as coisas ruins da mesma forma que as boas sem encurtar sua duração, e pelo menos minha vida não passará tão rápido e não perderá o sentido como um devaneio.
- Assim seja - disse a mulher. - Devolva-me a bola. Ela esticou a mão e Pedro entregou-lhe a bola prateada. Em seguida, ele se recostou e fechou os olhos, exausto.
Quando acordou, estava na cama. Sua jovem mãe se debruçava sobre ele, tentando acordá-lo carinhosamente.
- Acorde, Pedro. Não vá chegar atrasado na escola. Você estava dormindo como uma pedra!
Ele olhou para ela, surpreso e aliviado.
Tive um sonho horrível, mãe. Sonhei que estava velho e doente e que minha vida passara como num piscar de olhos sem que eu sequer tivesse algo para contar. Nem ao menos algumas lembranças.
A mãe riu-se e fez que não com a cabeça.
Isso nunca vai acontecer disse ela. As lembranças são algo que todos temos, mesmo quando velhos. Agora, ande logo, vá se vestir. A Lise está esperando por você, não deixe que se atrase por sua causa.
A caminho da escola em companhia da amiga, ele observou que estavam em pleno verão e que fazia uma linda manhã, uma daquelas em que era ótimo estar vivendo. Em poucos minutos, estariam encontrando os amigos e colegas, e mesmo a perspectiva de enfrentar algumas aulas não parecia tão ruim assim. Na verdade, ele mal podia esperar."

Do Livro: O LIVRO DAS VIRTUDESWilliam J. Bennett - Editora Nova Fronteira

terça-feira, 21 de abril de 2009

Assim é a vida

Um garoto nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidadoconstante de sua mãe. Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoasque passavam. Ao passar por uma loja de discosnotou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor à primeira vista. Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada. Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava. Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-loem alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele malconseguiu dizer que queria comprar um CD. Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse: - "Esse aqui". - "Quer que embrulhe para presente" perguntou a garota sorrindo ainda mais. Ele só mexeu com a cabeça para dizer “sim”.Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali,admirando aquela figura divina.Daquele dia em diante, todos as tardes voltava a loja de discose comprava um CD qualquer. Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltavacom um embrulho cada vez maisbem feito, que ele guardava no closet, sem nem abrir. Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que elasempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la parasair e conversar. Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou,muito, a chamá-la para sair. Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias comprououtro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo. Quando ela não estava vendo,escondeu um papel com seu nome e telefone nobalcão e saiu da loja correndo. No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu.Era a garota perguntando por ele. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse: - "Então, você não sabe? Faleceu essa manhã". Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filhopara olhar suas roupas e ficou muitosurpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: "Você e muito simpático, não quer me convidar para sair?Eu adoraria". Emocionada, a mãe abriu outro CD edele também caiu um papel que dizia o mesmoe assim todos quantos ela abriu traziam umamensagem de carinho e a esperança deconhecer aquele rapaz.
Assim é a vida: não espere demais para dizera alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde. Aproveita e fala, escreve, telefona ediz o que ainda não foi dito. Não deixe para amanhã. Quem sabe não dá mais tempo.