terça-feira, 21 de abril de 2009

SEXUALIDADE



SEXUALIDADE



A distinção do que é normal ou não é uma questão muito delicada. Nesse sentido, a psiquiatria está muito envolvida, não para definir a normalidade, mas para estar em contato com as pessoas que não se consideram assim e sofrem por isso.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem três tipos de transtornos da sexualidade. Os relacionados à personalidade (transexuais, por exemplo), os de preferência (como pedofilia, exibicionismo, voyeurismo, fetichismo, necrofilia e sadomasoquismo) e as disfunções sexuais (disfunção erétil, ejaculação precoce, falta de desejo e dificuldade para o orgasmo, entre outros). A psiquiatria trata das disfunções de causa emocional. O homem ou a mulher podem ter dificuldades na cama por conta de bloqueios emocionais, como depressão ou ansiedade.

Então, quando se tratar? A partir do momento em que o individuo, seu parceiro ou a sociedade sofre com o comportamento.
Freud, há mais de um século, creditou à sexualidade uma importância muito grande no desenvolvimento da personalidade e na forma como ele encarava as relações sociais. Para ele, “a libido estava em todas as atividades humanas e era ela a responsável pelo sucesso ou não de uma pessoa, em vista de que com mais libido o indivíduo se empenharia mais, seria mais competente e interessante, ao passo que pessoas com baixa libido seriam pouco evidentes, empenhadas e não conseguiriam satisfazer suas necessidades”.

Descontrole



Crawling (tradução)
Linkin Park
Composição: Indisponível

Rastejando

Rastejando dentro da minha pele
Estas feridas, eles não curarão
Medo é o que me derruba
Confundindo o que é real

Há algo dentro de mim que me puxa abaixo da superfície
Consumindo, confundindo..
Esta falta de auto-controle eu temo que nunca acabe
Controlando
Parece que não consigo

[Refrão II]
Me achar novamente
Minhas paredes estão se fechando
(Sem um senso de confiança, estou convencido que há
Muita pressão para eu aguentar)
Eu me senti desse jeito antes
Tão inseguro

[Refrão]
Rastejando dentro da minha pele
Estas feridas, eles não curarão
Medo é o que me derruba
Confundindo o que é real

Desconforto eterno se possuiu em mim
Distraindo, reagindo,
Contra minha vontade eu fico do lado da minha própria
Reflexão
Está assombrando
Parece que eu não consigo

[Refrão II]
Me achar novamente
Minhas paredes estão se fechando
(Sem um senso de confiança, estou convencido que há
Muita pressão para eu aguentar)
Eu me senti desse jeito antes
Tão inseguro...

[Refrão]
Rastejando dentro da minha pele
Estas feridas, eles não curarão
Medo é o que me derruba
Confundindo o que é real

Rastejando dentro da minha pele
Estas feridas, eles não curarão
Medo é o que me derruba
Confundindo...
Confundindo o que é real...
Há algo dentro de mim que
Me puxa pra baixo da superfície
Consumindo

Confundindo o que é real...
(Esta falta de auto-controle eu temo que nunca acaba,
Controlando)
Confundindo o que é real...

Caminhe pela vida

“Só é digno da liberdade, como da vida aquele que se empenha em conquistá-la." Goethe

Um pouco de História

A PSIQUIATRIA E SUA HISTÓRIA-"PELO MENOS UMA PARTE"



Antiguidade

Antes da cultura grega, toda a medicina física e psíquica do homem primitivo se apoiava em concepções de natureza mágica e intuitiva, constituindo assim atividade de sacerdotes e feiticeiros. Entretanto, no antigo Egito já existiam médicos cirurgiões que operavam o cérebro e na antiga China, 30 séculos a.C. já existiam alguns conhecimentos de farmacologia e farmacoterapia. Em I Reis da Bíblia, Saul (rei), primeiro rei de Israel, sofria com estados depressivos, que atribuía ao fato de se encontrar possesso de um espírito maligno. Para combater essas crises, Saul pedia a David, seu sucessor, que lhe tocasse a harpa. Hipócrates(460-377 a.C.) considerava a epilepsia (Mal Sagrado) era uma enfermidade natural com origem no cérebro e que a maioria das doenças resultava de transtornos de humores. Um dos seus grandes méritos foi advogar a origem natural de todas as doenças e pôr em causa a concepção sobrenatural das doenças psíquicas. Hipócrates também classificou os tipos constitucionais humanos em quatro grande categorias: sanguíneos, melancólicos, coléricos e fleumáticos. Essa classificação se dava de acordo com o predomínio ou deficiência dos quatro humores existentes no organismo: sangue, linfa, bilis e fleuma. Além disso, Hipócrates também criou aforismos (conceitos clínicos) referentes ao delírio ("o delírio risonho não é tão perigoso quanto o meditabundo") e a três tipos de doenças mentais: a frenite (transtorno mental acompanhado de febre); a Mania (transtorno mental crônico, sem agitação ou febre) e a melancolia (transtorno mental crônico, sem agitação nem febre). A escola hipocrática considerava as doenças como "reações de adaptação" do organismo. Asclepíades também foi um médico grego que se destacou no campo da medicina mental. Viveu no século anterior a Cristo e era adepto do Atomismo (teoria que interpreta os diversos fenômenos psicológicos como combinações de elementos simples ou "átomos"). Asclepíades defendia que a alma não tinha localização (era o resultado da concentração de funções perceptivas) e de que as doeças mentais apareciam como consequencia de alterações das paixões. Galeno, no início da era cristã, defendeu que o sistema nervoso era o centro da sensação, motilidade e funções mentais e que os transtornos psíquicos tinham uma origem cerebral. Galeno foi ainda o primeiro autor a afirmar que a "histeria" não deveria ser considerada uma doença exclusiva da mulher. Erasístrato (355-280 a.C.), designado o pai da fisiologia e seu contemporâneo Herófilo (310-250 a.C.), considerado pai da anatomia dedicaram-se ao estudo dos nervos sensitivos e motores e produziram considerações importantes sobre os ventrículos cerebrais. Aurélio Cornélio Celso (25 a.C - 50 d.C) designou as doenças psíquicas por "insânias".



A difusão do Cristianismo e a Psiquiatria



Conforme o cristianismo difundia-se, paralelamente ampliava-se a superstição de que a doença psíquica representava manifestação da ira divina. Santo Agostinho de Hipona (354-430) dedicou-se a observação dos fenômenos da memória e da consciência. Entretanto, sua religiosidade não permitia que suas observações contrariassem a concepção sobrenatural das doenças psíquicas. Ele acreditava que o homem mantinha, desde o nascimento, uma "inclinação original para o pecado e para a concupiscência por um desejo de posse e de gozo". Esta observação influenciou a psicanálise e a própria fenomenologia. Na idade Média as doenças mentais voltam ao reino do sobrenatural e as terapêuticas consistem novamente em esconjuros, exorcismos para livrar o corpo dos espíritos malignos. O Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas) é um livro escrito por dois dominicanos ( Heinrich Kraemer e James Sprenger em 1484 e é um manual de "pornografia e psicopatologia", em que se descreve a influência do demônio nas feiticeiras (através do desejo carnal), a forma de identificar a feitiçaria e o modo como as feiticeiras devem ser julgadas e punidas. Entretanto, contrariando esta superstição, surge na Europa no fim do primeiro milênio os primeiros "asilos" ou hospitais para doentes mentais. Os primeiros foram a colônia de Geel na Bélgica (850) e o Bethlem Royal Hospital em Londres. Entretanto o conceito degradou-se de forma progressiva e os doentes mentais, os pobres e os abandonados pelas famílias eram recolhidos em Hospícios, instiruições caridosas que eram um misto de casas de assistência e reclusão. Ali viviam também delinquentes e todos eram submetidos às mesmas normas de vigiância e repressão: grilhetas nos pés, açoites, privação alimentar O Renascimento não trouxe benefícios aos doentes psíquicos, mas pelo contrário, exacerbou as práticas de perseguição e desrespeito. Três seculos mais tarde (no Iluminismo) os doentes mentais viviam ainda em condições de promiscuidade, mal alimentados e submetidos a maus tratos. Alguns pensadores porém, trouxeram alguns avanços à psiquiatria durante a idade Média. São Tomás de Aquino, influenciado por Aristóteles, dedicou-se ao estudo da psicologia, e criou o Tomismo, uma espécie de neo-aristoltelismo. Já no período do Renascimento, Paracelso (1493-1541) advogava que a doença mental era uma perturbação da substância interna do corpo, o qual estava intimamente ligado à alma. Deveria-se então reforçar a capacidade do corpo para "curar a si próprio". Assim, Paracelso pode ser considerado como o primeiro psicoterapeuta. Johann Weyer (1515-1588), médico holandês, escreveu De Praestigiis Daemonum et Incantationibus ac Venificiis que postulava que as doenças mentais não eram sobrenaturais e que as feticieras precisavam ser tratadas como doentes psíquicos. Porém, estas foram manifestações racionais isoladas e apenas no final do século XVII notou-se maior interesse pela interpretação científica das "doenças do espírito".


Racionalismo


O século XVII traz o tema da loucura em obras poéticas tais como Hamlet e Rei Lear de William Shakespeare, o Elogio da Loucura de Erasmo e Don Quixote de Cervantes. No mundo científico, Copérnico, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Descartes, Pascal e Isaac Newton revolucionavam as ciências naturais e o pensamento humano. Estas descobertas inluenciaram decisivamente a evolução científico natural da medicina e também na própria psiquiatria. Thomas Sydenham (1624-1689) foi o primeiro autor a descrever os efeitos dos opiáceos e realizou descrições sobre a coreia aguda, sobre a mania e a histeria. Thomas Willis (1621-1675) era um anatomista e neurologista e descreveu o Polígono de Willis, a paralisia geral (Sífilis) e a miastenia. Descreveu ainda alguns casos de jovens que na puberdade entravam em "estupidez", estado clínico que correspondia ou que veio ser designado por esquizofrenia. Do ponto de vista assistencial, entretanto, os doentes continuavam marginalizados. Na França, estavam nos dois hospitais gerais existentes: Salpetrière e Bicêtre, criados por Luís XIV em 1656.

Um pouco sobre Dom Quixote


MIGUEL DE CERVANTES

O Retrato é do espanhol Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616), autor de Dom Quixote de La Mancha, livro que marca o início do romance moderno e é um dos mais sólidos pilares da literatura universal. Pois bem, a exceção para Cervantes vem exatamente a propósito disso: O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha completou em 2005 quatro séculos de sua primeira publicação.Cervantes — assim como Camões e Shakespeare, seus contemporâneos — é um desses raríssimos e prodigiosos artistas que conseguem sobrepujar o tempo e o espaço. Conforme uma pesquisa da Unesco realizada em 2002, o QUIXOTE é o segundo livro mais lido da história da humanidade, atrás apenas da Bíblia. É também um dos mais traduzidos. "Num lugar de La Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo, dos de lança em cabido, adarga antiga, rocim fraco, e galgo corredor." Assim começa o livro. Conta a história de um fidalgo decadente, Alonso Quijano. De tanto ler novelas de cavalaria, Quijano perde o juízo e transforma-se em Dom Quixote, um cavaleiro andante. Seu cavalo, um pangaré fracote, é rebatizado com o nome de Rocinante, por ele considerado um fogoso corcel. Como legítimo herói de cavalaria, Quixote dispõe-se a percorrer o mundo e lutar contra a injustiça, corrigir malfeitos, salvar donzelas em perigo. Sua esperança é conquistar reconhecimento moral por seus elevados esforços e também honrar o nome de sua amada, Dulcinéia del Toboso. A musa inspiradora do fidalgo não passa de uma rude camponesa, mas, em sua loucura, ele a vê como formosa donzela. Aliás — terrível Cervantes! —, o verdadeiro nome dela é Aldonça Lourenço.Para também participar de suas heróicas empreitadas, o cavaleiro consegue convencer seu vizinho Sancho Pança. É verdade que os objetivos de Sancho não são nada românticos. Ele aceita a proposta porque o Quixote lhe acena com a possibilidade de conquistar benefícios materiais e ser dono de sua própria terra. Forma-se assim uma das mais consagradas parcerias da literatura. Diferentes em tudo: Quixote, o magro, viciado na leitura de novelas e sonhador alucinado; e Sancho, o escudeiro gordo, que nunca leu nada, sempre colado à realidade. Apesar disso, são amigos para o que der e vier. Talvez se possa dizer que um dos ingredientes que mantêm de pé o romance de Cervantes seja a ironia — um recurso tipicamente moderno. As aventuras do Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura, são na verdade uma paródia das novelas medievais.
Mas o que de fato sustenta essa história é a perenidade dos grandes valores humanos: o desejo de justiça, o amor, a amizade e o eterno debate sobre loucura e razão.
Ao longo destes 400 anos, o Quixote inspirou, no mundo inteiro, todo tipo de manifestação artística. Aqui estão, como representantes das artes visuais, o espanhol Pablo Picasso e o brasileiro Candido Portinari, dois grandes pintores do século XX. Como este é um boletim de poesia, também comparecem poetas — exatamente dois dos mais destacados do século passado: Carlos Drummond de Andrade e o argentino Jorge Luis Borges (1899-1986). Os textos de Drummond vêm de "Quixote e Sancho, de Portinari", uma série de 21 poemas escritos com base em igual número de desenhos do pintor, criados em 1956. Os poemas apareceram no livro de Drummond Impurezas do Branco, de 1973, mas haviam saído antes numa edição fora de comércio, junto com trechos de Cervantes e os desenhos de Portinari.Ao lado, estão transcritos quatro dos 21 textos drummondianos. No primeiro, "Soneto da Loucura", discute-se sobre a perda da razão de Alonso Quijano. Nos blocos IV e XI o que vem à tona são as diferentes visões de mundo do Quixote e de Sancho Pança. No poema XXI, o último da suíte, Drummond trata da morte de Alonso Quejana. O boletim se fecha com um soneto de Jorge Luis Borges, "Sueña Alonso Quijano", que tem, mais ou menos, o mesmo assunto do poema XXI, de Drummond. O mestre argentino, como sempre, apresenta um achado brilhante: "Foi o fidalgo um sonho de Cervantes / E Dom Quixote um sonho do fidalgo."Não se impressionem com a variação do sobrenome: Quejana, Quijano. O bom-humor de Cervantes era mesmo poderoso. Na primeira página do livro, ele avisa: "Querem dizer que tinha o sobrenome de Quijada ou Quesada, que nisto discrepam algum tanto os autores que tratam na matéria; ainda que por conjeturas verossímeis se deixa entender que se chamava Quijana. Isto, porém pouco faz para a nossa história."Portanto, como escreve Drummond no poema "V / Um em Quatro" (não transcrito aqui), lá se vão, pelos séculos afora, "um cavaleiro um cavalo um jumento um escudeiro". Viva Cervantes. Viva o engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha.

Drummond e Portinari


"A minha casa pobre é rica de quimera / e se vou sem destino a trovejar espantos, / meu nome há-de romper as mais nevoentas eras, / tal qual Pentapolim, o rei dos Garamantas."
Assim começa o primeiro dos 21 poemas de Carlos Drummond de Andrade glosando os 21 desenhos de Cândido Portinari que celebram o Quixote, de Cervantes. O álbum, editado muito apropriadamente pela Dom Quixote, é um belo objecto que apela ao prazer dos sentidos. Na introdução, são explicadas as circunstâncias da sua produção. Em 1956, Portinari foi aconselhado pelo médico a abandonar o uso das tintas, cuja intoxicação lhe poderia ser fatal. O pintor passou a usar os lápis de cor, material usado na série de 21 desenhos aqui reproduzidos. Só após a morte, o filho, João Cândido, vendeu a série D. Quixote. Os textos de Cervantes que inspiraram, em concreto, estes desenhos, são aqui publicados seguindo a tradução de Miguel Serras Pereira para a nova versão com que a editora portuguesa celebrou o quarto centenário da primeira impressão do livro de Cervantes. Ficam, além dos desenhos de Portinari, os versos de Drummond.



I / Soneto da loucura

A minha casa pobre é rica de quimerae se vou sem destino a trovejar espantos,meu nome há de romper as mais nevoentas erastal qual Pentapolim, o rei dos Garamantas.
Rola em minha cabeça o tropel de batalhasjamais vistas no chão ou no mar ou no inferno.Se da escura cozinha escapa o cheiro de alho,o que nele recolho é o olor da glória eterna.
Donzelas a salvar, há milhares na Terrae eu parto e meu rocim, corisco, espada, grito,torto endireitando, herói de seda e ferro,
E não durmo, abrasado, e janto apenas nuvens,na férvida obsessão de que enfim a benditaIdade de Ouro e Sol baixe lá nas alturas.

II/ Sagração

Rocinantepasta a erva do sossego.A Mancha inteira é calma.A chama oculta ardenesta fremente Espanha interior.
De geolhos e olhos visionáriosme sagro cavaleiroandante, amantede amor cortês e minha dama,cristal de perfeição entre perfeitas.
Daqui por dianteé girar, girovagar, a combatero erro, o falso, o mal de mil semblantese recolher no peito em sanguea palma esquiva e raraque há de cingir-me a frontepor mão de Amor-amante.
A fama, no capimque Rocinante pasta,se guarda para mim, em tudo a sinto,
sede que bebo,vento que me arrasta.



III / O esguio propósito

Caniço de pescafisgando o ar,gafanhoto montadoem corcel magriz,espectro de grilocingindo loriga,fio de linhaà brisa torcido, relâmpago ingênuo furorde solitárias horas indormidasquando o projeto a noite obscura.
Esporeiao cavalo,esporeiao sem-fim.

O desafio do estigma



















Um dos principais obstáculos para o sucesso do tratamento e controle das doenças mentais é o estigma associado às mesmas. Esse estigma leva a uma grande discriminação que exacerba desnecessariamente os problemas destas pessoas. Tal discriminação limita a quantidade de recursos para o tratamento, a disponibilidade de abrigo, as oportunidades de trabalho, e a interação social, problemas que refletem em um estigma ainda maior associado às doenças. O estigma leva a equívocos freqüentes na mídia, que ajudam a perpetuar estereótipos negativos. O estigma não afeta apenas as pessoas com a doença, mas também seus familiares, tutores e profissionais de saúde. Conforme um levantamento feito nos Estados Unidos, mesmo após cinco anos de vida normal e trabalho duro, um ex-doente mental foi menos aceito pela sociedade do que um ex-criminoso. As atitudes populares ao redor da doença mental estão muito arraigadas e se refletem na linguagem estigmatizante que geralmente é usada para descrever pessoas mentalmente doentes —"louco" e "psicopata”, por exemplo. Algumas pessoas ainda se referem aos hospitais psiquiátricos como "hospícios" ou "casa de loucos". Você pode imaginar alguém se referindo a uma instituição para tratamento de câncer de forma tão insensível? Palavras como essas ferem, e reforçam o estigma que já existe em torno das pessoas mentalmente doentes. A verdade é que, essas são pessoas convivendo com doenças que podem ser extremamente dolorosas.

Sem preconceitos

VIDEO SOBRE PRECONCEITO

http://www.metasocial.org.br/ms_video_carlinhos.shtml

Ser preconceituoso é uma atitude de fracassado, pois a pessoa, em vez de olhar para sua meta, procura formas de diminuir os outros. Para piorar as coisas, a pessoa que tem preconceitos contra os outros acaba criando preconceitos contra si própria.

NOS PALCOS DA NATUREZA ROLAM INFINITOS ESPETÁCULOS


Quantas vezes por dia, semana, mês ou ano você pára para observar a natureza. E quando digo natureza é absolutamente tudo mesmo. Pode ser até mesmo aquela planta que tem na sua casa ( ou não tem ??), pode ser aquela árvore de seu quintal ou calçada.

Pode ser aquele pássaro que você vê voando no céu, ou, quem sabe, sentado no muro. Pode ser as nuvens passando, a chuva caindo ou o sol brilhando. Ahhh se fosse a paisagem dessa foto então....Quem sabe.....

Mas não perca esses momentos em sua vida!!!!!

Relaxe

SENTE, RELAXE, ACENDA UM INCENSO(SE TIVER), RESPIRE E TENHA 10 MINUTOS DE PAZ E TRANQUILIDADE!!!



Surrealismo


O Sol


IMPORTÂNCIA DO SOL EM NOSSAS VIDAS É MUITO MAIOR DO QUE POSSAMOS IMAGINAR. ELE É A ENERGIA QUE NOS FAZ SOBREVIVER. VÁRIOS POETAS ADORAM ESCREVER SOBRE O SOL, TANTO QUANTO MUITOS ESCREVEM SOBRE A LUA.

PÔR DO SOL

O sol morre aos poucosSeu sangue no céuTão rubro e etéreoFlutua e escorre
Estrelas, vampirosDa luz tenra e puraConsomem, solenes,Todo o firmamento…
Só resta um resquícioDa luz que recua;Pois na rocha nua
Ela ainda brilhaA alma do diaBrilhando na lua.

Fernando Pessoa

O sol queima o que toca.
O verde à luz desenverdece.
Seca-me a sensação da boca.
Nas minhas papilas esquece.

Silêncio do porão



Homem escarra misérias: expõe seu porão. Massa cefálica unta, inerente, fecunda:-.....loucura
habitado verme desonja parasitas dentro do pensamento. Grito castra teu fôlego...Temores ardem feridas...misérias de viver prostram sub existem goles de silêncio.
( E. B. JOINVILLE-SC)

Viva a vida


VIVA A VIDA


....O MAIS QUE PUDERES!!!!!

SEM MEDO DE SENTIR A LIBERDADE ROÇANDO SEU CORPO...

Joan Miró



Joan Miró1893-1983.

Contemporâneo do fauvismo e do cubismo, Miró criou sua própria linguagem artística e procurou retratar a natureza como o faria o homem primitivo ou uma criança, que tivesse, no entanto, a inteligência de um homem maduro do Século 20.
Joan Miró nasceu em Barcelona, na Espanha, em 20 de abril de 1893. Apesar da insistência do pai em vê-lo graduado, não completou os estudos. Freqüentou uma escola comercial e trabalhou num escritório por dois anos até sofrer um esgotamento nervoso. Em 1912, seus pais finalmente consentiram que ingressasse numa escola de arte em Barcelona. Estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí.
Miró trazia intuitivamente a visão despojada de preconceitos que os artistas das escolas fauvista e cubista buscavam, mediante a destruição dos valores tradicionais. Em sua pintura e desenhos, tentou criar meios de expressão metafórica, ou seja, descobrir signos que representassem conceitos da natureza num sentido poético e transcendental. Nesse aspecto, tinha muito em comum com dadaístas e surrealistas.
De 1915 a 1919, Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou paisagens, retratos e nus. Depois, viveu em Montroig e Paris alternadamente. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os elementos figurativos ressurgiram em suas obras.
Na década de 1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Fez cenários para balés, e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística desse período.
No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebre "Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra.
A partir de 1948, Miró mais uma vez dividiu seu tempo entre a Espanha e Paris. Nesse ano iniciou uma série de trabalhos de intenso conteúdo poético, cujos temas são variações sobre a mulher, o pássaro e a estrela. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica altamente elaborada, e esse contraste também aparece em suas esculturas. Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.
Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.


©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda..

Insanidade

HISTÓRIA ANTIGA E INSANIDADE


Nero

Nero: um dos imperadores mais polêmicos do Império Romano

Nero foi um imperador romano do ano de 54 a 68 da era cristã. Até hoje é uma das figuras históricas mais polêmicas de todos os tempos. Seu nome completo era Nero Cláudio Augusto Germânico. Nasceu na cidade de Anzio (na atual Itália) no dia 15 de dezembro de 37.

Nero tornou-se imperador romano em 13 de outubro de 54, numa época de grande esplendor do Império Romano. Nos cinco primeiros anos de seu governo, Nero mostrou-se um bom administrador. Na política, usou a violência e as armas para combater e eliminar as revoltas que aconteciam em algumas províncias do império.

No tocante às guerras de expansão, Nero demonstrou pouco interesse. De acordo com os historiadores da antiguidade, empreendeu apenas algumas incursões militares na região da atual Armênia.

Suas decisões políticas, militares e econômicas eram fortemente influenciadas por algumas figuras próximas. Entre elas, podemos citar sua mãe, Agripina, e seu tutor, Lucio Sêneca.

O que mais marcou a história de Nero foi o caso do incêndio que destruiu parte da cidade de Roma, no ano de 64. Porém, de acordo com alguns historiadores, não é certa a responsabilidade de Nero pelo incidente. O imperador estava em Anzio no momento do incidente e retornou à Roma ao saber do incêndio. Os que apontam Nero como culpado baseiam-se nos relatos de Tácito. Este afirma que havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava.

O fato é que Nero culpou e ordenou perseguição aos cristãos, acusados por ele de serem os responsáveis pelo incêndio. Muitos foram capturados e jogados no Coliseu para serem devorados pelas feras.

Além deste episódio, outros colaboraram para a fama de imperador violento e desequilibrado. No ano de 55, Nero matou o filho do ex-imperador Cláudio. Em 59, ordenou o assassinato de sua mãe Agripina.

Nero se suicidou em Roma, no dia 6 de junho de 68, colocando fim a dinastia Julio-Claudiana.

Sem preconceitos

http://www.abpbrasil.org.br/comunidade/projeto/arquivos2008/200801_eu_tenho.html



CAMPANHA DE DESESTIGMATIZAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS E QUEM PRECISA DE AJUDA

Aceita-me...


Autor: Roberto S.W.

EXORTAÇÃO de UM EXCEPCIONAL Aceita-me! como sou, por questão de justiça e não por piedade. Torna-me! um ser útil, porque de esmolas não quero viver... Livra-me! da ignorância e da dependência, pelo seu dever de cidadão. Põe! em meus lábios a luz de um sorriso e não a sombra tristonha do medo... Ajuda-me! a não ser tão pesado a meus queridos pais, fazendo minha reintegração na sociedade. Reflete! que meu início foi igual ao seu início. Saiba! que as ilusões que cercaram o meu nascer foram as mesmas que seus pais sonharam. Desperta! com seu afeto, a minha mansidão, contra a agressividade que avassala. Olha-me! SOU HUMANO COMO VOCÊ

Você tem.....?

Autor: ARNALDO JABOR

PACIÊNCIA Arnaldo Jabor Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar... Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado... Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais. Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus. A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta. E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai agüentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui? Respire... Acalme-se... O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência... NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL... SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

Para relaxar

OUSE

"OUSE, NÃO TENHA MEDO!!!!"

Autor: FERNANDO PESSOA


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”

O que você pensa sobre o planeta







Jabuticabas e asas


Há muito tempo atrás... depois do mundo ser criado, houve um dia numa tarde de céu azul e calor ameno um encontro com Deus e seus incontáveis anjos.
Deus estava sentado, calado, sob a sombra de um pé de jabuticaba.
Deus erguia suas mãos então colhia uma ou outra fruta, saboreava sua criação negra e adocicada.
Fechava os olhos e pensava.
Permitia-se um sorriso piedoso.
Mantinha seu olhar complacente.
Foi então que das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção.
Você já ouviu a voz de um anjo?
É como o canto de mil baleias.
É como o sorriso de todas as crianças do mundo.
É como um sussurro da brisa.
Suas asas eram lindas... brancas... imaculadas...
Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:
-Senhor, visitei sua criação como pediu.
Fui a todos os cantos.
Estive no sul e no norte, no leste e no oeste.
Vi e fiz parte de todas as coisas.
Observei cada uma de suas criaturas humanas.
E por ter visto, vim até o Senhor para entender.
Por que cada uma das pessoas desta terra tem apenas uma asa?
Nós anjos temos duas...podemos ir até o amor do Senhor sempre que desejarmos.
Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos.
Mas os humanos com sua única asa não podem voar.
Não podemos voar com apenas uma asa...
Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo:
-Ah, sim...eu sei disso.
Sei que fiz os humanos com uma asa...
- Mas por que Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para voar...para poder ser livre?
Conhecedor que é de todas as respostas, Deus não teve pressa
para falar. Comeu outra jabuticaba, obscura e suave.
Então respondeu:
- Ah, eles podem voar sim meu anjo.
Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor do que vocês meus arcanjos.
Para voar, meu amigo, você precisa de duas asas...embora livre, estará sempre sozinho...
Mas os humanos... os humanos com sua única asa, precisarão sempre dar as mãos para alguém, a fim de terem suas asas...
Uma outra asa no mundo completa o par...
Assim eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar uma única asa de outra pessoa podem estar acabando com suas próprias chances de voar.
Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa... aprenderão que somente permitindo-se amar elas poderão voar...
Tocando a mão de outra pessoa em um abraço correto e afetuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta... e poderão finalmente voar.
Somente através do amor irão chegar até onde estou... assim como você meu anjo.
E eles nunca... nunca estarão sozinhos quando forem voar.
Deus silenciou em seu sorriso.
O anjo compreendeu tudo o que foi dito.

Psiquiatria - Doenças invisíveis e desacreditadas

As definições de saúde e doença variam entre indivíduos, grupos culturais e classes sociais. A saúde significa mais que apenas a ausência de sintomas desagradáveis. A definição mais conhecida é a da Organização Mundial de Saúde: “um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente a mera ausência de doença ou enfermidade.”
O processo de autodefinição como doente é baseado nas percepções de cada um, nas percepções de outrem ou de ambas. A maior parte das pessoas pode experimentar um ou mais sintomas anômalos em algum momento de sua vida diária, geralmente de forma branda, e menos de 20% procuram consulta médica. Geralmente, é fácil classificar alguém como doente quando os sinais e sintomas são claros e objetivos: um braço engessado, uma perna com ferida, um indivíduo vomitando ou sangrando. Contudo, difícil é saber o que se passa na mente de um Ser humano, já que não se pode ler seus pensamentos, ver suas aflições, seus medos, insegurança e insatisfações. Isso é o que torna a psiquiatria uma especialidade médica de doenças invisíveis.
Apenas quem sente a dor de uma DEPRESSÃO, a inquietude de uma ANSIEDADE, os pavores de um SURTO PSICÓTICO, a sensação de morte de uma crise de PÂNICO e tantos outros sintomas de tantas doenças psiquiátricas, sabe o que sente e como é difícil ser acreditado ou valorizado.
Quem gosta de esportes e costuma acompanhar todas as modalidades sobre o assunto conhece a “corrida com obstáculos”, onde o esportista deve correr o mais velozmente possível, saltando sobre cavaletes dispostos ao longo do percurso a fim de alcançar a linha de chegada. Claro que, algumas vezes, o atleta pode acabar esbarrando no obstáculo e cair. Mas o verdadeiro atleta, em que há sempre aquele espírito de vitória, não desiste após um tropeço ou queda. Ele se levanta e continua o percurso, pois quer alcançar a linha de chegada.
A nossa vida é como uma corrida de obstáculos, na qual precisamos diariamente saltar sobre “cavaletes” que se dispõem no nosso caminho. Às vezes deparamo-nos com obstáculos, dificuldades e tropeçamos. Mas como reza o dito popular: “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.
Todos têm dificuldades, de todos os tipos e graus, sejam no trabalho, em casa, com um amigo, com um parente, com o marido ou a esposa, filhos...
Muitas pessoas quando se vêem diante de situações com as quais não conseguem lidar ou resolver, tornam-se angustiadas, tristes, sentindo-se sufocadas e desesperadas. Verdadeiramente sem rumo.
Seria normal, claro, ficar ansioso ou apreensivo diante de uma situação de perigo. Mas quando o que sentimos foge a um grau suportável, e passa a atrapalhar as atividades do cotidiano, seja no ambiente de trabalho, pessoal ou social, torna-se doença, e como tal devendo ser tratada. É o momento de procurar ajuda.
O que precisa haver, definitivamente, é a conscientização de que as doenças mentais são como doenças do coração, pulmões, rins, fígado, estômago ou ainda qualquer outra parte do nosso organismo, já que acometem uma parte de nosso corpo e, sendo assim, merecem a nossa atenção.
É preciso acabar com o estigma das doenças mentais. Que essas pessoas não sejam tratadas como mentirosas, fracas, covardes ou desocupadas. QUE SE ENTENDA QUE TRATAR DA MENTE É TRATAR DO CORPO

Sem medo de procurar ajuda

No mundo existem 400 milhões de pessoas que sofrem transtornos mentais ou problemas psicossociais como aqueles relacionados com o abuso do álcool e de drogas.
De cada quatro pessoas atendidas nos serviços de saúde, ao menos um é diagnosticado por estes transtornos. Mas existem sérios problemas de falta de diagnóstico e tratamento adequado, sobretudo em relação à depressão.
Ainda que num princípio se poderia entender como saúde mental só aquilo relacionado com transtornos ou problemas psicológicos, a verdade é que a perspectiva é bem mais ampla. De fato, problemas derivados da forma de vida que caracteriza as sociedades atuais são consideradas hoje em dia como uma parte essencial da saúde mental. É o caso, por exemplo, do ESTRESSE. O fato de que transtornos de ansiedade, o estresse e outros mal-estares psicológicas se tenham convertido na primeira causa de baixa trabalhista deixa poucas dúvidas a respeito de sua crescente importância.
As doenças e mal-estares relacionados com a saúde mental são enormemente heterogêneos e afetam a todos os setores sociais e biológicos da sociedade, sendo, assim, desde as doenças próprias da idade infantil, que se manifestam desde temporã idade (dislexia, autismo, síndrome de atendimento, etc) até doenças próprias de idades adultas (demência senil), passando por problemas genéticos ou doenças com um componente psicossocial: alcoolismo, depressão, estresse, ansiedade, etc.
Isto sem esquecer as doenças mais tradicionais neste âmbito, como as DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS ou a DEPRESSÃO, entendida como estado de ânimo caracterizado por uma tristeza profunda e sem motivo que produz uma de cada quatro consultas médicas, e doenças relacionadas com o álcool, que afetam cinco a um dez por cento da população mundial, segundo países. Além disso, é o causador de muitas baixas trabalhistas.

ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é uma doença mental grave, que se caracteriza por desordem profunda nos processos psíquicos, resultando em desfecho desfavorável. A doença geralmente evolui por surtos, isto é, existem períodos de exacerbação dos sintomas mórbidos e existem períodos de acalmia. Porém, mesmo remitido o surto agudo, no período intervalar o paciente continua apresentando desordens mentais, que se chamam defeito esquizofrênico, caracterizado por embotamento afetivo, ensimesmamento, falta de auto e de heterocritica, distúrbios de pensamento, que podem manifestar-se isoladamente ou em conjunto. Os surtos não têm freqüência constante. Podem ocorrer várias vezes ao ano ou uma só vez na vida (muito raro), mas se eles são irregulares quanto à freqüência, não o são quanto ao arranjo psicopatológico que engendram na mente do sofredor. São sempre graves, muitas vezes de difícil abordagem terapêutica, e quanto mais amiúde ocorrem, mais rapidamente levam o paciente ao comprometimento total das esferas psíquicas, à demência propriamente dita.
A esquizofrenia subdivide-se em formas clínicas. As clássicas são catatônica, paranóide, hebefrênica, simples e residual. A etiologia é múltipla, havendo fatores sócio-culturais, capazes de acelerar o aparecimento do mal, mas somente se o individuo for predisposto a tal, sendo essa predisposição genética, biológica.
Sendo assim, a respeito do examinando, com antecedentes pessoais e familiares psicóticos, apresenta ao exame embotamento da afetividade e do humor, endurecimento de raciocínio, desatenção, apatia, desinteresse por tudo, discurso pobre, abulia, episódios de ALIENAÇÃO MENTAL manifestos por delírios e alucinações. O quadro instalou-se ao longo dos anos, a partir da doença de base, ESQUIZOFRENIA, que nunca foi tratada com sucesso, haja vista as dificuldades e limites que a própria doença impõe.
Entenda-se que, hoje, com os avanços da medicina, a esquizofrenia tem tratamentos bastante satisfatórios, mas não cura. O paciente continua tendo um cérebro esquizofrênico, mesmo após remissão dos sintomas agudos psicóticos e embora possa haver a dita “cura social”, ou seja, a reintegração sócio-familiar”, não quer dizer, absolutamente, a restituição integral da capacidade mental. Importante ressaltar no caso do examinando, os momentos de Alienação mental, em que fica agressivo e exaltado, além dos anos que se passaram sem tratamento eficaz, resultando em um embotamento afetivo e um enfraquecimento psíquico, característica da esquizofrenia.
Portanto, a perícia conclui que o examinando não tem condições psíquicas para auto gerir-se, nem tampouco exercer qualquer tipo de atividade laborativa devido ao comprometimento residual da doença, em que pese o denominado “defeito esquizofrênico”, além dos riscos de um surto agudo psicótico em ambiente de trabalho. Deve, porém, fazer um tratamento psiquiátrico por toda a vida para evitar os sintomas psicóticos e atenuar os sintomas de empobrecimento cerebral.

Assim é a vida

Um garoto nasceu com uma doença que não tinha cura. Tinha 17 anos e podia morrer a qualquer momento. Sempre viveu na casa de seus pais, sob o cuidadoconstante de sua mãe. Um dia decidiu sair sozinho e, com a permissão da mãe, caminhou pela sua quadra, olhando as vitrines e as pessoasque passavam. Ao passar por uma loja de discosnotou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Foi amor à primeira vista. Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada que não a sua amada. Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava. Quando o viu, ela deu-lhe um sorriso e perguntou se podia ajudá-loem alguma coisa. Era o sorriso mais lindo que ele já havia visto, e a emoção foi tão forte que ele malconseguiu dizer que queria comprar um CD. Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era, e disse: - "Esse aqui". - "Quer que embrulhe para presente" perguntou a garota sorrindo ainda mais. Ele só mexeu com a cabeça para dizer “sim”.Ela saiu do balcão e voltou, pouco depois, com o CD muito bem embalado. Ele pegou o pacote e saiu, louco de vontade de ficar por ali,admirando aquela figura divina.Daquele dia em diante, todos as tardes voltava a loja de discose comprava um CD qualquer. Todas as vezes a garota deixava o balcão e voltavacom um embrulho cada vez maisbem feito, que ele guardava no closet, sem nem abrir. Ele estava apaixonado, mas tinha medo da reação dela, e assim, por mais que elasempre o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la parasair e conversar. Comentou sobre isso com sua mãe e ela o incentivou,muito, a chamá-la para sair. Um dia, ele se encheu de coragem e foi para a loja. Como todos os dias comprououtro CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo. Quando ela não estava vendo,escondeu um papel com seu nome e telefone nobalcão e saiu da loja correndo. No dia seguinte o telefone tocou e a mãe do jovem atendeu.Era a garota perguntando por ele. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar e disse: - "Então, você não sabe? Faleceu essa manhã". Mais tarde, a mãe entrou no quarto do filhopara olhar suas roupas e ficou muitosurpresa com a quantidade de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito: "Você e muito simpático, não quer me convidar para sair?Eu adoraria". Emocionada, a mãe abriu outro CD edele também caiu um papel que dizia o mesmoe assim todos quantos ela abriu traziam umamensagem de carinho e a esperança deconhecer aquele rapaz.
Assim é a vida: não espere demais para dizera alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde. Aproveita e fala, escreve, telefona ediz o que ainda não foi dito. Não deixe para amanhã. Quem sabe não dá mais tempo.

Haja o que houver, eu estarei sempre com você


Na Romênia, um homem dizia sempre a seu filho: - Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado.Houve, nesta época, um terremoto de intensidade muito grande, que quase arrasou as construções lá existentes.Estava, nesta hora, este homem em uma estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola. Foi imediatamente para lá.E a encontrou totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé.......Tomado de uma enorme tristeza, ficou ali ouvindo a voz feliz de seu filho e sua promessa (não cumprida).Haja o que houver: eu estarei sempre a seu lado.Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição.A voz de seu filho e sua promessa não cumprida o dilaceravam.Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando sua mãozinha.O portão (que não mais existia); corredor....... Olhava as paredes, aquele rostinho confiante...Passava pela sala do 3º ano, virava o corredor e o olhava ao entrar.Até que resolveu fazer em cima dos escombros, o mesmo trajeto. Portão...corredor...Virou à direita e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe. Olhava tudo desolado e continuava a ouvir sua promessa: Haja o que houver, eu sempre estarei com você. E ele não estava...Começou a cavar com as mãos.Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo: - Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.Ao que ele retrucava: Você vai me ajudar?Mas ninguém o ajudava, e pouco a pouco, todos se afastavam.Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida.Haviam outros locais com mais esperança.Mas este homem não esquecia sua promessa ao filho e a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era: - Você vai me ajudar?Mas eles também o abandonavam.Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...Saia daí, não está vendo que não pode ter sobrado ninguém vivo?Você ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram te ajudar, pois continua havendo explosões e incêndios.Ele retrucava: - Você vai me ajudar?- Você esta cego pela dor não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça.- Você vai me ajudar?Um a um todos se afastavam.Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali.5 hs / 10 hs / 12 hs/ 22 hs / 24 hs /30 hs.Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto.Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:- Pai ...estou aqui!Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou: - Você esta bem?Estou. Mas com sede, fome e muito medo.- Tem mais alguém com você?Sim, dos 36 da classe 14 estão comigo, estamos presos em um vão entre dois pilares.Estamos todos bem.Apenas conseguia se ouvir seus gritos de alegria.- Pai, eu falei a eles: Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar.Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado.- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.Não! Deixe-os saírem primeiro...Eu sei; que haja o que houver...Você estará me esperando!
Texto: Autor Desconhecido