Museu Arqueológico Nacional.
Nápoles.
O imaginário masculino e feminino é repleto de conceitos e definições acerca do que é "certo ou errado", "normal ou anormal", "moral ou imoral", "aceitável ou condenável" quando o assunto é sexo. Fatores culturais, religiosos e familiares influenciam o modo como determinada sociedade e seus integrantes entendem e praticam sua sexualidade. Quanto mais rígida uma sociedade em relação ao sexo, menor oportunidade há para se discutir de forma mais espontânea este assunto e maior o número de indivíduos com dúvidas e preconceitos que atrapalham, de forma direta, uma prática sexual satisfatória. Abaixo, encontramos alguns "mitos" que ainda são muito comuns em nossa sociedade: "O homem está sempre querendo e pronto para o sexo" "O sexo deve ocorrer apenas (ou principalmente) por iniciativa do homem" "Mulher que toma iniciativa sexual é imoral" "Sexo é sinônimo de penetração do pênis na vagina" "Quando o homem tem ereção é ruim para ele ter (não ter) orgasmo rápido" "Sexo deve ser sempre natural e espontâneo; falar sobre sexo é prejudicial" "Todo contato físico íntimo precisa terminar com penetração do pênis na vagina" "O homem não deve expressar seus sentimentos" "Todo homem tem o dever de proporcionar prazer a qualquer parceira sexual" "Sexo é bom apenas se há orgasmo simultâneo" "Parceiros em um relacionamento sexual instintivamente sabem o que pensam e/ou querem" "Masturbação é suja e prejudicial" "Masturbação com relacionamento sexual é errado" "Se um homem perde a ereção é porque ele não considera a parceira atraente" "É errado ter fantasias durante a relação sexual" "Um homem não pode dizer não para o sexo" "Há regras, universais e absolutas, sobre o que é normal em sexo" A troca destes mitos por mais conversas entre os parceiros, por mais intimidade, mais esclarecimentos de dúvidas e por mais liberdade em pedir ao(a) parceiro(a) a satisfação de seus desejos, traz maior confiança sobre o próprio desempenho sexual e mais satisfação para a vida sexual.
Fonte(s): • Hawton K. Sex therapy: a pratical guide. 5ª ed. New York: Oxford University Press; 1990.