Houve um tempo em que se pedia “a benção” aos pais quando se acordava pela manhã ou se deitava para dormir, assim como antes de sair de casa.
Hoje os filhos nem sabem o que significa pedir “a benção”,
Afinal mal falam bom dia ou boa noite. E para sair de casa nem precisam falar aonde vão.
Um filho, nesse tempo, referia-se aos pais ou pessoas mais velhas como “Sr” e “Sra”.
Hoje os filhos se referem aos pais ou pessoas mais velhas como “Você”,
Afinal nem sabem o significado de um pronome de tratamento respeitoso.
Houve um tempo que não se falava enquanto adultos estivessem falando.
Hoje os filhos falam enquanto os pais se obrigam a ficar quietos,
Afinal nem sabem o que é ouvir.
Os filhos, certamente, compreendiam o olhar recriminador de seus pais.
Hoje se um pai lança um olhar recriminador ao filho,
Passará despercebido ou ouvirá: “que cara feia é essa, velho?”
Houve um tempo em que um filho pedia, por favor, ou “eu posso?”
Hoje um filho não pede, por favor, e nem se utiliza da gentileza,
Afinal ele acha que tudo pode.
Houve tempo em que os filhos sabiam ouvir o “Não”.
Hoje uma criança não pode ouvir a palavra “Não”,
Afinal contraria todos os seus desejos imediatistas.
E nesse tempo uma criança que ia à escola respeitava o professor.
Hoje os professores têm medo dos alunos,
Afinal podem ser agredidos física ou verbalmente.
Era mesmo um tempo em que as crianças respeitavam pessoas mais velhas.
Os pais educavam os filhos teimosos também “dando umas palmadas”, quando fosse necessário.
Hoje os pais não conseguem educar os filhos,
Afinal se houver a necessidade de “dar umas palmadas” podem ser denunciados por agressão pelo próprio filho. E o Estado nesse momento lhe dá todo apoio ( ao filho obviamente ).
Era tempo de músicas que falavam de amor e romantismo.
Hoje as músicas falam de sexo e drogas,
Afinal é o que as crianças precisam aprender.
Houve aquele tempo em que se aprendia o que era correto ou moral.
Hoje uma criança tem grande dificuldade em distinguir o correto do contrário,
Afinal vive em um tempo amoral.
Uma criança atrevida, indisciplinada era criticada e mal vista por todos. Era uma criança chamada malcriada.
Hoje a criança não é malcriada. Ela está “passando por alguma dificuldade emocional”.
Naquele tempo as crianças sofriam punições por sua desobediência.
Hoje a criança “desobediente” tem mãos acariciando sua cabeça. Pode até estuprar ou matar, mas a lei o protege.
Então, o que mudou?
O que podemos esperar dessas crianças que um dia terão filhos?
Não sabem mais o valor das coisas. Nem se importam.
Não acham que o mundo deva ter regras morais. Agem com seus impulsos.
Tudo muda...para pior ou melhor, mas muda.