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terça-feira, 21 de abril de 2009

ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é uma doença mental grave, que se caracteriza por desordem profunda nos processos psíquicos, resultando em desfecho desfavorável. A doença geralmente evolui por surtos, isto é, existem períodos de exacerbação dos sintomas mórbidos e existem períodos de acalmia. Porém, mesmo remitido o surto agudo, no período intervalar o paciente continua apresentando desordens mentais, que se chamam defeito esquizofrênico, caracterizado por embotamento afetivo, ensimesmamento, falta de auto e de heterocritica, distúrbios de pensamento, que podem manifestar-se isoladamente ou em conjunto. Os surtos não têm freqüência constante. Podem ocorrer várias vezes ao ano ou uma só vez na vida (muito raro), mas se eles são irregulares quanto à freqüência, não o são quanto ao arranjo psicopatológico que engendram na mente do sofredor. São sempre graves, muitas vezes de difícil abordagem terapêutica, e quanto mais amiúde ocorrem, mais rapidamente levam o paciente ao comprometimento total das esferas psíquicas, à demência propriamente dita.
A esquizofrenia subdivide-se em formas clínicas. As clássicas são catatônica, paranóide, hebefrênica, simples e residual. A etiologia é múltipla, havendo fatores sócio-culturais, capazes de acelerar o aparecimento do mal, mas somente se o individuo for predisposto a tal, sendo essa predisposição genética, biológica.
Sendo assim, a respeito do examinando, com antecedentes pessoais e familiares psicóticos, apresenta ao exame embotamento da afetividade e do humor, endurecimento de raciocínio, desatenção, apatia, desinteresse por tudo, discurso pobre, abulia, episódios de ALIENAÇÃO MENTAL manifestos por delírios e alucinações. O quadro instalou-se ao longo dos anos, a partir da doença de base, ESQUIZOFRENIA, que nunca foi tratada com sucesso, haja vista as dificuldades e limites que a própria doença impõe.
Entenda-se que, hoje, com os avanços da medicina, a esquizofrenia tem tratamentos bastante satisfatórios, mas não cura. O paciente continua tendo um cérebro esquizofrênico, mesmo após remissão dos sintomas agudos psicóticos e embora possa haver a dita “cura social”, ou seja, a reintegração sócio-familiar”, não quer dizer, absolutamente, a restituição integral da capacidade mental. Importante ressaltar no caso do examinando, os momentos de Alienação mental, em que fica agressivo e exaltado, além dos anos que se passaram sem tratamento eficaz, resultando em um embotamento afetivo e um enfraquecimento psíquico, característica da esquizofrenia.
Portanto, a perícia conclui que o examinando não tem condições psíquicas para auto gerir-se, nem tampouco exercer qualquer tipo de atividade laborativa devido ao comprometimento residual da doença, em que pese o denominado “defeito esquizofrênico”, além dos riscos de um surto agudo psicótico em ambiente de trabalho. Deve, porém, fazer um tratamento psiquiátrico por toda a vida para evitar os sintomas psicóticos e atenuar os sintomas de empobrecimento cerebral.