quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Bicho Homem

Você conhece a Ilha das Flores?
Se ainda não teve o prazer, assista a esse vídeo curtinho. São apenas 12 minutinhos de sua saudável vida. Tenha paciência e assista até o fim. Vale a pena refletir a respeito, mesmo que seja chocante e possa expôr nossa pequenez.

Ilha das Flores é um filme de curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre.

O filme inicia situando o expectador, para que não haja dúvida da veracidade do que virá a seguir. Utilizando se de termos científicos, a realidade vai sendo desnudada. Através de uma narrativa que segue uma cadência e vai demonstrando a angústia descritiva dos fatos, podemos chegar ao momento crucial e agonizante.



Prêmios do documentário:

Melhor filme de curta-metragem (e mais 8 prêmios) no 17° Festival de Gramado, 1989.

Urso de Prata para curta-metragem no 40° Festival de Berlim, 1990.

Prêmio Air France como melhor curta brasileiro do ano, 1990.

Prêmio Margarida de Prata (CNBB), como melhor curta brasileiro do ano, 1990.

Prêmio Especial do Júri e Melhor Filme do Júri Popular no 3° Festival de Clermont-Ferrand, França, 1991.

"Blue Ribbon Award" no American Film and Video Festival, New York, 1991.

Melhor Filme no 7º No-Budget Kurzfilmfestival, Hamburgo, Alemanha, 1991



Em nossa sociedade, quem são os porcos, quem anda comendo os restos?



Quem são os excluídos?

Você é capaz de enxergá-los?

 
"Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato.
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem".
Manoel Bandeira



.......até quando? Responde?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Depende de sua janela !


Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.
Na primeira manhã dentro de sua nova casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou atráves da janela, uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher, dona de si, comentou com o marido:
Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Que porca, não sabe cuidar de suas coisas. Acho que terei que ensiná-la a lavar as roupas!
E assim, todo dia, infalivelmente, a mulher repetia seu discurso praguejante, gabando-se como a dona da verdade, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
Veja, ela aprendeu a lavar as roupas. Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada, só fiquei aqui olhando e maldizendo sua incapacidade.
O marido calmamente respondeu:
Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é.

Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos.