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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Almas que choram

Você acredita que está imune?
Já sangrou em sua alma?
Se já passou por um sofrimento emocional bem sabe a dor.
Se nunca passou, lembre-se:
JAMAIS JULGUE!!



Pensamentos diários,
semblantes interrogativos.
Diálogos perdidos,
monólogos da alma.

Medos, aflições,
Dúvidas, angústias,
Dores no peito, solidões.
Almas que choram.

Buscam soluções
flagelos do ser.
Humanos no caos
de um labirinto interior.

Medo da loucura,
da perda da razão.
Anseios frustrados
diante de um "não"

Ahhh!! humanos
Tantos pensamentos,
tantos sentimentos...
Quanta busca!!

E na procura de algo
incerto, sem bem saber
o que buscar ou querer
sofrem humanos.

Imerso em devaneios,
nos monólogos da alma,
vive, o ser, a penúria
emocional.



 














sábado, 26 de novembro de 2011

O medo das diferenças

“... Lekh me entregava um pássaro pintado, mandando que eu o apertasse de leve nas mãos. Cedo seus gritos atraíam companheiros da mesma espécie, que se punham a revoar sobre nossas cabeças. Vendo-os, o prisioneiro debatia-se gritando ainda mais; e o coração trancado no peito recém pintado batia violentamente. Quando o número de pássaros era suficiente, Lekh fazia-me sinal para soltar o prisioneiro. Livre e feliz, lançava-se para o alto, contra o céu cinzento, mergulhando na revoada escura de seus irmãos.
Por um instante, a surpresa tolhia os pássaros. A mancha colorida voava em meio ao bando, tentando convencê-los de que lhe pertencia. Mas, confundidos pela plumagem brilhante, os outros o rodeavam incrédulos e quanto mais o pássaro pintado tentasse incorporar-se ao bando, mais o rejeitavam. Logo, um depois o outro, começavam a atacá-lo arrancando-lhe as penas multicores, até fazer-lhe perder as forças precipitando-o ao chão.
Esses incidentes aconteciam com freqüência, e, geralmente, quando eles recolhiam o pássaro pintado, já estava morto.”

trecho do livro "O Pássaro Pintado", de Jerzy Kosisnki.

O que é diferente causa mais.......
........ medo ou repulsa?

Esse fragmento de texto do livro de Kosinski é bastante representativo.
Agora vejamos esse pequenino cartum:
O TEXTO ACIMA E ESSE CARTUM FORAM AQUI COLOCADOS APENAS PARA LEVANTAR QUESTIONAMENTOS.

PORQUE IMAGINAR QUE ALGUÉM QUE SOFRE DE TRANSTORNOS MENTAIS É BURRO???

PORQUE IMAGINAR QUE ESSAS PESSOAS SÃO FRACAS, COVARDES OU SEM CARÁTER??

O ser humano pode adoecer fisicamente. Mas também mentalmente !! E ninguém está imune.

VAMOS COMEÇAR A ROMPER ESSA BARREIRA PRECONCEITUOSA, DISCRIMINADORA E ESTIGMATIZANTE

O que você pode fazer?
1. Cuidado com as palavras que você usa: "Louco", "maluco", "psicopata", são palavras que ferem. Pense muito antes de dar adjetivos.
2. Ajudem a conscientizar os outros de como nossas palavras e atitudes machucam. Não ria de piadas cruéis. Faça com que os outros saibam que a ignorância dói.
3. Ajudem pessoas que possam estar sofrendo dos sintomas iniciais de uma doença mental.
4. Tente compreender e conhecer a respeito destas doenças.

Somente quem experimentou um adoecimento mental é capaz de saber a dor que se sente

E para finalizar, se você gosta de música, vale a pena ver o vídeo.



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ouço Vozes


"Ouço vozes

Que gritam

E xingam

Vozes horríveis

 

Ouço vozes

Que riem

E cantam

Vozes suaves

 

Ouço vozes

Dos pássaros

Que voam

Libertos

 

Ouço vozes

Da chuva

Que lava

O semblante assustado

 

Ouço vozes

Que mandam

E desmandam

Impiedosas

 

Ouço vozes

Quem nem sei bem

De onde vêm

Ou de quem

 

Ouço vozes indutivas

Intuitivas, permissivas

Comandantes vorazes

Amedrontadoras

 

Ouço essas vozes

Como um rádio

Em curto-circuito

A chiar no meu ouvido

 

Já ouço, mais um dia

Tantas vozes

Que me dizem

E desdizem

 

E entre tantas vozes

Só não ouço a minha"

terça-feira, 5 de maio de 2009

Insanidade

"Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio." ( Raul Seixas )

sábado, 2 de maio de 2009

O Cisne Negro

Cárcere das almas

"Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,soluçando nas trevas, entre as grades do calabouço olhando imensidades,Mares, estrelas, tardes, natureza. Tudo se veste de uma igual grandeza quando a alma entre grilhões as liberdades sonha e sonhando, as imortalidades rasga no etéreo espaço da Pureza. Ó almas presas, mudas e fechadas nas prisões colossais e abandonadas, da dor no calabouço atroz, funéreo!Nesses silêncios solitários, graves, que chaveiro do Céu possui as chaves para abrir-vos as portas do Mistério?!"


Cruz e Souza

João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis. Filho de escravos alforriados pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa, seria acolhido pelo Marechal e sua esposa como o filho que não tinham. Foi educado na melhor escola secundária da região, mas com a morte dos protetores foi obrigado a largar os estudos e trabalhar.
Sofreu uma série de perseguições raciais, culminando com a proibição de assumir o cargo de promotor público em Laguna, por ser negro. Em 1890 vai para o Rio de Janeiro, onde entra em contato com a poesia simbolista francesa e seus admiradores cariocas. Colabora em alguns jornais e, mesmo já bastante conhecido, após a publicação de Missal e Broquéis (1893), só consegue arrumar um emprego miserável na Estrada de Ferro Central.
Casa-se com Gavita, também negra, com quem tem quatro filhos, dois dos quais vêm a falecer. Sua mulher enlouquece e passa vários períodos em hospitais psiquiátricos. O poeta contrai tuberculose e vai para a cidade mineira de Sítio se tratar.
Morre aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão.


Van Gogh ( Café Noturno na Place Lamartine, em Harles )
....em que ele descreve sua pintura da seguinte forma: "Tratei de expressar com o vermelho e o verde as terríveis paixões humanas(...) o café é um lugar onde as pessoas podem se arruinar, enlouquecer, ou cometer um crime".


"Há loucuras que, como as noites polares, se transformam em verdadeiras auroras boreais reveladoras da mais perfeita lucidez e são a ponte mágica de cristal e azul sobre a qual emigramos do gólfão infernal da Terra para as alvoradas de ouro de um ideal."

Cruz e Souza

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Manifestação artística


O Grito - Edvard Munch

Há na história da arte inúmeros registros de artistas que foram afetados pela loucura. Insanos também foram retratados por alguns pintores. A perturbação mental influenciou sobremaneira a vida de Edvard Munch.Em 1890, Munch esteve internado durante dois meses em Le Havre, França, para "tratamento nervoso". Tratou-se também na Suíça, em 1900, e em Bad Elgersburg, Turíngia, cinco anos depois, onde foi diagnosticado como portador de grave neurastenia. Ao pintar pela primeira vez O Grito (1893), ele expressou (expressionismo) o seu cotidiano inferno interior e o mal-estar que a loucura lhe causava.

Manifestação artística



( O Louco - Pablo Picasso )


Pablo Picasso (1881-1973) também retratou um alienado. A aquarela sobre cartolina, pintada durante a denominada "fase azul" do artista, chama-se O Louco (1904). Trata-se de um doente mental que perambulava pelas ruas de Barcelona. (Aquele insano, com membros superiores e inferiores chamativamente longos, esqueléticos e deformados, lembra uma pintura do astigmático El Greco (1541-1614). 0 Louco encontra-se no acervo do Museu Picasso, em Barcelona

ESQUIZOFRENIA

“Mudos atalhos afora, na soturnidade de alta noite, eu e ela caminhávamos. Eu, no calabouço sinistro de uma dor absurda, como feras devorando entranhas, sentindo uma sensibilidade atroz morder-me, dilacerar-me. Ela, transfigurada por uma tremenda alienação, louca, rezando e soluçando baixinho rezas bárbaras. Eu e ela, ela e eu!- ambos alucinados, loucos, na sensação inédita de uma dor jamais experimentada.” (Cruz e Souza- Balada de Loucos*)
Quero falar um pouco sobre a Esquizofrenia, que é um distúrbio mental que acomete ao redor de 1% da população mundial, comprometendo a capacidade do indivíduo de se relacionar e produzir, tornando-o, muitas vezes, dependente de terceiros. Atinge em igual proporção homens e mulheres, manifestando-se, em geral, na adolescência ou início da idade adulta. O indivíduo pode viver em um “mundo particular”, fantasioso, sendo comum presença de delírios (crenças irreais não partilhadas por outras pessoas – exemplo: achar que está sendo perseguido, que é responsável pelas guerras do mundo) e alucinações (percepções irreais – ouvir, ver, saborear, cheirar e sentir), além do isolamento social, falta de iniciativa para tudo, apatia, indiferença emocional e, em alguns casos, o pensamento e o discurso desagregados (frases sem sentido). A pessoa pode afastar-se do convívio social por achar que outros querem lhe causar algum tipo de mal, e muitas vezes isso vem acompanhado de alucinações auditivas (vozes) que o difamam e confirmam as “más” intenções alheias. Pode também haver a sensação de que seus pensamentos ou sua vontade estão sendo controlados por uma “força inexplicável”. Muitas vezes, as pessoas que convivem (familiares) tentam, sem sucesso, explicar a esse indivíduo que os fatos não são reais, que fazem parte de sua imaginação, acabando por gerar conflitos e, por vezes, agressões, pois tudo que ele vive e experimenta no seu dia-a-dia é “muito real”.

Não é uma doença transmissível e, embora ainda sejam incertas suas causas, estudos sugerem a combinação de fatores genéticos aliados a fatores ambientais (teoria genética) e pessoais de alterações bioquímicas (teoria neurobiológica) intermediando o aparecimento e expressão da doença. Infelizmente, porém, o desconhecimento da sociedade acerca da doença gera situações embaraçosas e preconceituosas. Não são incomuns piadinhas denegrindo de forma sarcástica pessoas que sofrem desse distúrbio. Atualmente, felizmente, há medicamentos chamados antipsicóticos capazes de controlar ou reduzir os efeitos da doença, podendo o indivíduo ter um bom convívio familiar e social, sem motivos para vergonha, lembrando que essa doença não está associada a menos inteligência (basta cita o caso do matemático americano John Forbes Nash, que recebeu em 1994 o Prêmio Nobel de Economia e em 2001 teve biografia adaptada ao filme: “Uma Mente Brilhante”, que, aliás, vale conferir).



*Refere-se o poeta nesta balada a um episódio real que lhe aconteceu; ao voltar de um passeio com sua esposa, notou que ela subitamente estava enlouquecendo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Silêncio do porão



Homem escarra misérias: expõe seu porão. Massa cefálica unta, inerente, fecunda:-.....loucura
habitado verme desonja parasitas dentro do pensamento. Grito castra teu fôlego...Temores ardem feridas...misérias de viver prostram sub existem goles de silêncio.
( E. B. JOINVILLE-SC)