quinta-feira, 6 de maio de 2010

Ouço Vozes


"Ouço vozes

Que gritam

E xingam

Vozes horríveis

 

Ouço vozes

Que riem

E cantam

Vozes suaves

 

Ouço vozes

Dos pássaros

Que voam

Libertos

 

Ouço vozes

Da chuva

Que lava

O semblante assustado

 

Ouço vozes

Que mandam

E desmandam

Impiedosas

 

Ouço vozes

Quem nem sei bem

De onde vêm

Ou de quem

 

Ouço vozes indutivas

Intuitivas, permissivas

Comandantes vorazes

Amedrontadoras

 

Ouço essas vozes

Como um rádio

Em curto-circuito

A chiar no meu ouvido

 

Já ouço, mais um dia

Tantas vozes

Que me dizem

E desdizem

 

E entre tantas vozes

Só não ouço a minha"

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Reforme atitudes

 
"Desculpe!
Não é esse o meu ofício. 
Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. 
Gostaria de ajudar - se possível - 
judeus, o gentio ... negros ... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. 
Os seres humanos são assim. 
Desejamos viver para a felicidade do próximo - 
não para o seu infortúnio. 
Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? 
Neste mundo há espaço para todos. 
A terra, que é boa e rica, 
pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. 
A cobiça envenenou a alma do homem ...
 levantou no mundo as muralhas do ódio ... 
e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. 
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. 
A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. 
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. 
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. 
Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura.
 Sem essas duas virtudes, 
a vida será de violência e tudo será perdido."
 

Charles Chaplin - O último discurso 
( O Grande Ditador ) 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ilusão de ótica


"O ser humano vivencia a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior."

Albert Einstein