sábado, 30 de outubro de 2010

Entra para o interior

Certa vez um lenhador recebeu um sábio em sua humilde casa.
Este lhe diz:
-"lenhador, entra para o interior"
O homem simples, olhando a mata próxima de sua casa, resolve penetrá-la. Descobre, então, uma floresta. Aproveita a madeira e fica rico.Tinha o que queria, mas não era feliz. Lembra-se, novamente, de seu amigo sábio e resolve aprofundar-me mais ainda na floresta. Descobre rochas de grande valor. Começa a trabalhar com a pedra e fica mais rico ainda. Sentado à beira da porta de sua casa, ele se sentia triste e infeliz. Era rico financeiramente e pobre de felicidade. Os pensamentos, voltam, então, ao seu amigo sábio, recorda a sua recomendação:
-"lenhador, entra para o interior"
Uma luz acende-se em sua alma e ele, enfim, entende a mensagem deixada pelo seu amigo sábio. Era preciso voltar-se para dentro de si mesmo no processo de meditação e introspecção, analisar as suas ações e reconquistar seu verdadeiro caminho.
"Justo é que se gastem alguns minutos para se conquistar uma felicidade eterna"

Santo Agostinho

E você? Já achou seu caminho? Permite-se a introspecção? Permite-se o auto-conhecimento?
Consegue sobreviver às mesquinharias do cotidiano?
Alce vôo para dentro de si próprio e deixe a serenidade de sua mente guiar-te aos seus caminhos.

domingo, 26 de setembro de 2010

Velhos Tempos

Tudo muda....

Houve um tempo em que se pedia “a benção” aos pais quando se acordava pela manhã ou se deitava para dormir, assim como antes de sair de casa.

Hoje os filhos nem sabem o que significa pedir “a benção”,

Afinal mal falam bom dia ou boa noite. E para sair de casa nem precisam falar aonde vão.

Um filho, nesse tempo, referia-se aos pais ou pessoas mais velhas como “Sr” e “Sra”.

Hoje os filhos se referem aos pais ou pessoas mais velhas como “Você”,

Afinal nem sabem o significado de um pronome de tratamento respeitoso.

Houve um tempo que não se falava enquanto adultos estivessem falando.

Hoje os filhos falam enquanto os pais se obrigam a ficar quietos,

Afinal nem sabem o que é ouvir.

Os filhos, certamente, compreendiam o olhar recriminador de seus pais.

Hoje se um pai lança um olhar recriminador ao filho,

Passará despercebido ou ouvirá: “que cara feia é essa, velho?”

Houve um tempo em que um filho pedia, por favor, ou “eu posso?”

Hoje um filho não pede, por favor, e nem se utiliza da gentileza,

Afinal ele acha que tudo pode.

Houve tempo em que os filhos sabiam ouvir o “Não”.

Hoje uma criança não pode ouvir a palavra “Não”,

Afinal contraria todos os seus desejos imediatistas.

E nesse tempo uma criança que ia à escola respeitava o professor.

Hoje os professores têm medo dos alunos,

Afinal podem ser agredidos física ou verbalmente.

Era mesmo um tempo em que as crianças respeitavam pessoas mais velhas.

Os pais educavam os filhos teimosos também “dando umas palmadas”, quando fosse necessário.

Hoje os pais não conseguem educar os filhos,

Afinal se houver a necessidade de “dar umas palmadas” podem ser denunciados por agressão pelo próprio filho. E o Estado nesse momento lhe dá todo apoio ( ao filho obviamente ).

Era tempo de músicas que falavam de amor e romantismo.

Hoje as músicas falam de sexo e drogas,

Afinal é o que as crianças precisam aprender.

Houve aquele tempo em que se aprendia o que era correto ou moral.

Hoje uma criança tem grande dificuldade em distinguir o correto do contrário,

Afinal vive em um tempo amoral.

Uma criança atrevida, indisciplinada era criticada e mal vista por todos. Era uma criança chamada malcriada.

Hoje a criança não é malcriada. Ela está “passando por alguma dificuldade emocional”.

Naquele tempo as crianças sofriam punições por sua desobediência.

Hoje a criança “desobediente” tem mãos acariciando sua cabeça. Pode até estuprar ou matar, mas a lei o protege.


Tudo mudou...



Então, o que mudou?

O que podemos esperar dessas crianças que um dia terão filhos?

Não sabem mais o valor das coisas. Nem se importam.

Não acham que o mundo deva ter regras morais. Agem com seus impulsos.

Tudo muda...para pior ou melhor, mas muda.


E você, o que deseja para seus filhos?




segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Legado de miséria

D. Cacilda é uma senhorinha octogenária, muito frágil e humilde, mãe de nove filhos.

Conseguiu, sob todas as dificuldades, torná-los homens e mulheres adultos.

E com sua sabedoria ensinou-lhes as coisas certas da vida e o que é bom ou ruim.

Seus filhos, todos casados, com suas ocupações e trabalhos, vivem correndo.

D. Cacilda tem também muitos netos, talvez mais de 30, dentre os quais muitos já adultos e até casados.

Mas, infelizmente, apesar dessa família tão numerosa de D.Cacilda, não escapa a senhorinha à solidão.

D. Cacilda já se faz viúva há alguns anos e vive solitária em sua casinha, a relembrar de seus longos e passados anos ao lado de seu amado e companheiro marido.

Sua modesta casa sempre foi o lar acolhedor para qualquer pessoa. E nunca houve quem ali não se sentisse confortado.

Mas a vida tem seu ciclo.

D.Cacilda, já tão frágil caiu doente, de cama, totalmente debilitada e dependente. Os anos pesaram em seus ombros já bastante arqueados.

Mas que bom, ela tem tantos filhos e netos que nesse momento não estará sozinha.

Será?

Mas onde estão seus tantos filhos e netos? Onde estavam durante todo esse tempo que não tinham, simplesmente não tinham, tempo para visitá-la?

Sobraram apenas duas filhas, as mais amorosas, e que cuidaram dos últimos dias da mãe, com o zelo que um filho deve aos pais.

D. Cacilda partiu. Deixou sua casinha na ausência de seus hábitos.

Agora, seus tantos filhos e netos, já livres de sua senil presença, disputam vorazmente a única rica lembrança que desejavam da velha, sua modesta casinha.

Dizem que só falta que rolem no chão, aos tapas, para decidir a divisão da modesta casinha.

Assim, D. Cacilda deixou seu legado de miséria.

Eis o ser humano, em sua ambição e individualismo desmedidos.

Em sua busca incessante pelos bens materiais, extrapola os limites do supérfluo, fomenta abismos entre riqueza e pobreza espiritual, passa a tratar outras vidas como qualquer coisa.

Esquece-se daquilo que deve valorizar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Vivemos esperando

Novamente estamos nos aproximando de mais um final de ano. É impressionante como o tempo está passando rápido. Diria mesmo que está "voando".
Essa constatação nos faz refletir sobre aquele velho dito popular: "Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje".
Seja feliz, não espere que amanhã seja melhor.
Torne hoje seu dia o melhor.
Não perca tempo com situações estressantes.
Não dê atenção àquilo que bloqueia sua felicidade.
Não crie dificuldades para sua felicidade. Ser feliz é muito fácil, mais fácil ainda é impedir que aconteça.
O tempo passa e você vai viver esperando o que?

Dias melhores

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Como está sua auto-estima?

                                    " QUANDO me amei de Verdade , compreendi Que em qualquer circunstancia , eu estava sem Certo lugar, Na Hora Certa , no Momento Exato .



E então, pude Relaxar .


Hoje sei Que Nome TEM isso ... Auto-estima ..."
 
Charles Chaplin




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Crepúsculo Mental

E quem ainda pode afirmar que a história familiar não tem influências sociais?

Tudo começa na infância. Tudo, certamente tudo, tem uma grande significação para a criança.

Toda criança, em seu desenvolvimento, tem a mente aberta ao aprendizado. E é nesse ponto que as questões começam pesar. Se essa criança vive em um lar estruturado, ambiente saudável, poderá desenvolver seu maior potencial e tornar-se um adulto íntegro, de bom caráter, seguro, disposto a encarar todas as situações da vida da forma mais tranqüila.
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Lindor nasceu e seu pai morreu, tinha apenas 1 mês de vida.


Sua mãe, uma senhora respeitadíssima, mais puritana impossível.

Entre os 10 a 12 anos de idade Lindor sofreu abusos físicos e sexuais de um menino que era seu vizinho. Acabou se acostumando à situação.

Lindor cresceu e tornou-se um cidadão respeitável. Aparentemente uma pessoa normal.

Ninguém, absolutamente ninguém, sabe o que se passa na mente de Lindor. Seus pensamentos são obsessivos. Os desejos, uma tormenta.

Lindor adora meninos de 10 a 12 anos. Tem uma fixação total por meninos nessa faixa etária.

Homens adultos não o atraem. Mulheres? Sente nojo, repulsa. Lembra de sua mãe. Aquela senhora casta, íntegra aos olhos de todos, vivia promiscuamente com todo tipo de homem. E ele, Lindor, assistia aos espetáculos caseiros de orgias. Por muitas vezes acabava sendo espancado a cabo de vassoura pela mãe ou algum destes “cavalheiros” que a pagava por seus serviços.

Assim tinha ele crescido. Essa era a imagem feminina estampada em sua mente.

E Lindor convive com sua obsessão por garotos. Sobrevive de desejos, fantasias e atos.

Não pode ver um garoto dessa idade que já começa transpirar. Sua respiração ofegante, peito apertado, coração disparado. E o desejo o leva à ação. Não resiste. Sente a atração, como um grande imã. E volta aos seus 12 anos.

Sente-se um monstro? Sim. Sabe que seus desejos são inaceitáveis, antes mesmo que a sociedade o condene.

É feliz? Não. Vive sozinho, isolado, retraído. Vive à espreita, à espera, como o caçador na expectativa de abater sua caça.

Sente-se frustrado? Sem dúvida. Seu semblante denota.

Queria morrer? Sim, ele queria morrer. Queria recomeçar. Queria a oportunidade de ter uma família normal em sua infância. Queria poder casar e ter filhos. Queria abraçar e beijar seus filhos, com o verdadeiro afeto, sem o desejo que sente na pele.

Lindor apenas sobrevive. Não sabe o que lhe aguarda.

Os pensamentos confundem desejos e fantasias.

Chora e ri. Nem sabe o que sente.

Diz: “Eu queria apenas não ser quem sou”


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quer ser uma pessoa mais ou menos?

"A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

 TUDO BEM!

 O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...

é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

 Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos."

Chico Xavier

domingo, 22 de agosto de 2010

Parlendas e nossas lembranças

"Hoje é domingo

Pé de cachimbo

Cachimbo é de barro

Bate no jarro

O jarro é de ouro

Bate no touro

O touro é valente

Bate na gente

A gente é fraco

Cai no buraco

O buraco é fundo

Acabou-se o mundo."
 
Nessa data, 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore.
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. “Folk”, em inglês, significa “povo”. E “lore”, conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ”conhecimento popular”. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado “Folk-lore”.
 No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se “folclore”.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.
Dentre tantas manifestações folclóricas e culturais que poderiam se citadas e lembradas, há dois tipos especialmente, utilizadas como manifestação oral e que marcaram nossas infâncias.
A parlenda, também chamada parlanda ou parlenga, tem origem em "parolar", "parlar", que significa falar muito, tagarelar, conversar sem compromisso. É um conjunto de palavras com pouco ou nenhum nexo e importância, de caráter lúdico, muito utilizado em rimas infantis, versos curtos, ritmo fácil, com a função de divertir, ajudar na memorização, compor uma brincadeira. Pode ser destinada à fixação de números, dias da semana, cores, assuntos.



E quem não se lembra dessas?:




"Um, dois, feijão com arroz.


Três, quatro, feijão no prato.

Cinco, seis, bolo inglês.

Sete, oito, comer biscoito.

Nove, dez, comer pastéis" .



"Batatinha quando nasce

se esparrama pelo chão.

Menininha quando dorme

põe a mão no coração".



"O cravo brigou com a rosa

debaixo de uma sacada

O cravo saiu ferido

e a rosa despetalada".



"Chuva e sol,

casamento de espanhol.

Sol e chuva,

casamento de viúva".


Cadê o toicinho daqui?

O gato comeu.

Cadê o gato?

Foi pro mato.

Cadê o mato?

O fogo queimou.

Cadê o fogo?

A água apagou.

Cadê a água?

O boi bebeu.

Cadê o boi?

Foi amassar trigo.

Cadê o trigo?

A galinha espalhou.

Cadê a galinha?

Foi botar ovo.

Cadê o ovo?

O padre bebeu.

Cadê o padre?

Foi rezar a missa.

Cadê a missa?

Já se acabou!

 E para travar a língua um pouquinho:


O rato roeu a roupa do rei de Roma. O rei roxo de raiva rallhou pra rainha remendar.



Quem a paca cara compra, cara a paca pagará.


Debaixo da pia tem um pinto, quando a bica pinga, o pinto pia.


O peito do pé do pai do padre Pedro é preto.


A babá boa bebeu o leite do bebê.



Farofa feita com muita farinha fofa faz uma fofoca feia.


E quem nunca gostou?


 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cuida do Mais Importante

Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante.

Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.

- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir.

Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada a cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.

Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal.

Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.

- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.

- Não me importo - respondeu ele - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!

Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "Cuida do mais importante!"

Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada,onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.

- Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.

O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.

Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:

"Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio e candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".

Essa história fala sobre a grande jornada de todos nós. Quem vive mais preocupado com seu exterior, isto é, com seus bens, que tudo guarda como ouro, esquece de alimentar também sua alma.

Será que já prestou atenção ao que mais importa?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

E porque isso José?

José sempre teve um desejo. Queria ter filhos.

Trabalhava muito e quase não descansava.

Agora José não é mais o mesmo de outrora.

Vive com medos e pensamentos ruins.

A insegurança o maltrata.

Os pensamentos lhe afligem.

Tanto queria carregar um filho nos braços.

E agora José não tem coragem.

Seus pensamentos o condenam.

Tem medo de si.

Culpado! Culpado! Gritam-lhe os pensamentos.

-Mas José, porque tem medo?Porque a culpa?

-Não sei! Acho que posso fazer mal.

-E porque isso José?

-Não sei quem sou, tenho medo de mim.

E agora José terá uma batalha.

Talvez a mais difícil de todas.

José tem que vencer a si próprio.

Superar suas inseguranças e medos.

Vencer seus bloqueios e traumas.

Melhorar sua auto-confiança

E seus pensamentos?

-Ora bolas!! São apenas frutos de sua mente.

domingo, 8 de agosto de 2010

Aos filhos esquecidos

Todos os anos os pais são lembrados no segundo domingo de agosto.


Assim como as mães no segundo domingo do mês de maio.

Toda vez que temos uma data comemorativa referente a pais e mães, faço a mesma pergunta:

-E nos outros 364 dias do ano? Eles não precisam ser lembrados?

Sabemos de pais e mães abandonados em asilos porque os filhos não querem ter o trabalho de cuidar de sua velhice.

Esquecem seus filhos, simplesmente, destes pais que cuidaram de seu crescimento.

Sabemos de pais e mães que são maltratados diariamente, humilhados, destruídos moralmente.

Esquecem seus filhos, simplesmente, das palavras de estímulo e apoio que tiveram na infância e adolescência.

Depois de um tempo os pais são velhos. Simplesmente muito velhos para se tolerar sua presença.

Esquecem seus filhos, simplesmente, que seus velhos pais doaram muitos destes anos de vida às vidas destes esquecidos filhos.

E então é necessário que se crie uma data comemorativa.

Assim, filhos esquecidos podem ser capazes de lembrar-se de seus velhos pais.

Que vergonha!

E as lojas não conseguem vender aos esquecidos filhos o presente mais precioso para os velhos pais e mães.

Nas lojas não se vende amor, carinho, e, muito menos, a capacidade de dizer:

Obrigado por tudo que sempre fizestes por mim!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Passagens mitológicas

A mitologia grega é fascinante. E uma das divindades mais ecléticas foi Apolo.
Filho de Zeus, era considerado a divindade mais importante e imponente, depois de seu pai.
Dentre tantas narrativas e passagens relacionadas a esse deus de Luz, encontramos amores e desamores. E há uma bela história, que se segue: 


The death of Hyacinthos - Jean Broc


"Na mitologia grega, Jacinto era um jovem mortal muito amado pelas divindades, principalmente por Apolo que o seguia aonde quer que ele fosse. Certa vez em que ambos se divertiam com um jogo, Apolo lançou o disco com tal habilidade para o céu que Jacinto, olhando admirado, correu para o apanhar, ansioso por fazer a sua jogada. Zéfiro (o vento oeste) também amava o jovem e, enciumado pela preferência por Apolo, mudou a direção do disco para que este o atingisse. Ao bater na testa de Jacinto, o disco fez com o jovem caísse morto naquele instante. Apolo correu em desespero até ele e com toda sua habilidade médica tentou reavivar o corpo de Jacinto, mas a sua cura estava além de qualquer habilidade.

Apolo se sentiu tão culpado por sua morte que promete que Jacinto viveria para sempre com ele na memória do seu canto. Sua lira celebraria-o, seu canto entoaria a canção de seu destino e ele se transformaria numa flor. Assim, o sangue de Jacinto que manchara a erva, se transforma numa flor de um colorido mais belo que a púrpura tíria. Uma flor muito semelhante ao lírio, porém, roxa. Nela foi gravada a saudade e o pesar de Apolo com o lamento "Ai! Ai!" que ele escreveu na flor, como até hoje se vê. A flor carrega seu nome e renasce todas as Primaveras relembrando o seu destino."