quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Fazer diferente.......


 O Nariz


Era um dentista, respeitadíssimo. Com seus quarenta e poucos anos, uma filha quase na faculdade. Um homem sério, sóbrio, sem opiniões surpreendentes mas uma sólida reputação como profissional e cidadão. Um dia, apareceu em casa com um nariz postiço. Passado o susto, a mulher e a filha sorriram com fingida tolerância. Era um daqueles narizes de borracha com óculos de aros pretos, sombrancelhas e bigodes que fazem a pessoa ficar parecida com o Groucho Marx. Mas o nosso dentista não estava imitando o Groucho Marx. Sentou-se à mesa do almoço – sempre almoçava em casa – com a retidão costumeira, quieto e algo distraído. Mas com um nariz postiço.
- O que é isso? – perguntou a mulher depois da salada, sorrindo menos.
- Isso o quê?
- Esse nariz.
- Ah. Vi numa vitrina, entrei e comprei.
- Logo você, papai...
Depois do almoço, ele foi recostar-se no sofá da sala, como fazia todos os dias. A mulher impacientou-se.
- Tire esse negócio.
- Por quê?
- Brincadeira tem hora.
- Mas isto não é brincadeira.
Sesteou com o nariz de borracha para o alto. Depois de meia hora, levantou-se e dirigiu-se para a porta. A mulher o interpelou.
- Aonde é que você vai?
- Como, aonde é que eu vou? Vou voltar para o consultório.
- Mas com esse nariz?
- Eu não compreendo você – disse ele, olhando-a com censura através dos aros sem lentes. – Se fosse uma gravata nova você não diria nada. Só porque é um nariz...
- Pense nos vizinhos. Pense nos cliente.
Os clientes, realmente, não compreenderam o nariz de borracha. Deram risadas (“Logo o senhor, doutor...”) fizeram perguntas, mas terminaram a consulta intrigados e saíram do consultório com dúvidas.
- Ele enlouqueceu?
- Não sei – respondia a recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos. – Nunca vi ele assim. Naquela noite ele tomou seu chuveiro, como fazia sempre antes de dormir. Depois vestiu o pijama e o nariz postiço e foi se deitar.
- Você vai usar esse nariz na cama? – perguntou a mulher.
- Vou. Aliás, não vou mais tirar esse nariz.
- Mas, por quê?
- Por quê não?
Dormiu logo. A mulher passou metade da noite olhando para o nariz de borracha. De madrugada começou a chorar baixinho. Ele enlouquecera. Era isto. Tudo estava acabado. Uma carreira brilhante, uma reputação, um nome, uma família perfeita, tudo trocado por um nariz postiço.

- Papai...
- Sim, minha filha.
- Podemos conversar?
- Claro que podemos.
- É sobre esse nariz...
- O meu nariz outra vez? Mas vocês só pensam nisso?
- Papai, como é que nós não vamos pensar? De uma hora para outra um homem como você resolve andar de nariz postiço e não quer que ninguém note?
- O nariz é meu e vou continuar a usar.
- Mas, por que, papai? Você não se dá conta de que se transformou no palhaço do prédio? Eu não posso mais encarar os vizinhos, de vergonha. A mamãe não tem mais vida social.
- Não tem porque não quer...
- Como é que ela vai sair na rua com um homem de nariz postiço?
- Mas não sou “um homem”. Sou eu. O marido dela. O seu pai. Continuo o mesmo homem. Um nariz de borracha não faz nenhuma diferença.
- Se não faz nenhuma diferença, então por que usar?
- Se não faz diferença, porque não usar?
- Mas, mas...
- Minha filha...
- Chega! Não quero mais conversar. Você não é mais meu pai!

A mulher e a filha saíram de casa. Ele perdeu todos os clientes. A recepcionista, que trabalhava com ele há 15 anos, pediu demissão. Não sabia o que esperar de um homem que usava nariz postiço. Evitava aproximar-se dele. Mandou o pedido de demissão pelo correio. Os amigos mais chegados, numa última tentativa de salvar sua reputação, o convenceram a consultar um psiquiatra.
- Você vai concordar – disse o psiquiatra, depois de concluir que não havia nada de errado com ele – que seu comportamento é um pouco estranho...
- Estranho é o comportamento dos outros! – disse ele. – Eu continuo o mesmo. Noventa e dois por cento de meu corpo continua o que era antes. Não mudei a maneira de vestir, nem de pensar, nem de me comportar, Continuo sendo um ótimo dentista, um bom marido, bom pai, contribuinte, sócio do Fluminense, tudo como era antes.
- Mas as pessoas repudiam todo o resto por causa deste nariz. Um simples nariz de borracha. Quer dizer que eu não sou eu, eu sou o meu nariz?
- É... – disse o psiquiatra. – Talvez você tenha razão... 



O que é que você acha, leitor? Ele tem razão? Seja como for, não se entregou. Continua a usar nariz postiço. 

Porque agora não é mais uma questão de nariz. Agora é uma questão de princípios.


Luís Fernando Veríssimo

Selo de Natal


Este é um Meme de Natal, onde o Papai Noel pergunta o que você deseja neste Natal.

É simples é só seguir as regras:

1- Postar o Selo.
2- Dizer quem te enviou.
3- Os seus 3 desejos de Natal.
4- Indicar 12 blogs que você goste muito.

O Selo já está postado.
Recebi do amigo Jorge do blog:  http://nectantaurus.blogspot.com

Meus 3 desejos são:

1- Que as pessoas não esqueçam o espírito de natal
2- Que o ser humano ame
3- .Paz no mundo
Os 12 blogs indicados:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um grande abraço a todos

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mente livre



Faça de sua mente um reino, não uma jaula!
Deixe que os seus pensamentos sejam livres como os pássaros voando, não os censure,
nem se maldiga se eles não afinarem com a opinião da maioria.

Se você se escraviza à opinião dos outros, inibindo seus pensamentos e ações,
é porque não tem consideração consigo mesmo.


Quanto maior for a crença em seus objetivos, mais depressa você os conquistará.



MaxWell Maltz

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Despeje a água para poder bebê-la



Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.
Eis que ele chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto. Andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma velha bomba de água, bem enferrujada. Ele se arrastou até a bomba, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar.
Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado, para trás. Notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:
"Meu Amigo, você precisa primeiro preparar a bomba derramando sobre ela toda água desta garrafa. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir, para o próximo viajante."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água!
De repente, ele se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, e ela não funcionasse morreria de sede.
Que fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar vir água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear e a bomba pôs-se a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então, surgiu um fiozinho de água, depois, um pequeno fluxo e finalmente, a água jorrou com abundância! Para alívio do homem a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante.
Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:

"Creia-me, funciona. 
Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta."

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O boi de cada um



Conta uma história da tradição budista que, um monge entrou em um vilarejo montado em um boi, e os habitantes da vila lhe perguntaram onde estava indo.
Ele então respondeu que estava em busca de um boi.
As pessoas se entreolharam, intrigadas, e então começaram a rir. O monge se foi. No dia seguinte, de novo montando um boi, o monge voltou ao vilarejo. E de novo as pessoas lhe perguntaram o que buscava.
"Procuro um boi", foi novamente a resposta. Outra vez o monge se foi, em meio ao riso de todos.
No terceiro dia o fato se repetiu: "o que busca?" e o monge, montado no boi, disse ser um boi o que buscava. Só que a piada já perdera a sua graça e as pessoas protestaram, dizendo: "olhe aqui, você é um monge, supostamente uma pessoa santa, sábia, e mesmo assim você vem aqui à procura de um boi quando, o tempo todo, é sobre um boi que você esta sentado." ao que replicou o monge: "também assim é a sua procura de Deus." e assim é conosco.

Tantas e tantas vezes saímos em busca de algo que estava conosco o tempo todo, sem que nos déssemos conta. 

Achamos que a nossa realização está em outro trabalho, outra profissão, outra família, outros amigos. E chegamos por vezes a partir em uma busca inútil quando, se olhássemos com um pouco mais de atenção - talvez com um pouco mais de boa vontade - para aquilo que já temos, descobriríamos que o " boi" que tanto procurávamos estava nos carregando todo o tempo.

É preciso olhar para frente, traçar metas, segui-las. Mas sem perder a noção do potencial de realização e felicidade que esta bem aqui, na nossa realidade presente. 

Se você aprender a olhar para sua própria vida, pode descobrir que sua esposa, ou seu marido, ainda conserva muito daquilo que fez você se apaixonar há 10, 20, 50 anos.
Que sua profissão continua tendo muito em comum com suas idéias de vida - apesar de seu desgaste, de seu cansaço.
Que seu trabalho ainda guarda chances e as perspectivas que tanto prometiam. Estão apenas um tanto encobertas pela poeira do tempo que passou, enquanto você esteve ocupado demais para aproveitá-las.

A felicidade é tão perseguida. Mas muitas, muitas vezes, sofremos e choramos sentados sobre ela.

domingo, 29 de novembro de 2009

Momentos de palavras dispensadas.



Dois amigos cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta estafante, às vezes inglória, à espera de um resultado compensador.
Passam-se anos de pouco ou nenhum retorno.
Até que um dia, chegou a grande colheita.
Perfeita, abundante, magnífica, satisfazendo os dois agricultores que a repartiram igualmente, eufóricos.
Cada um seguiu o seu rumo. À noite, já no leito, cansado da brava lida daqueles últimos dias, um deles pensou : "Eu sou casado, tenho filhos fortes e bons, uma companheira fiel e cúmplice.
Eles me ajudarão no fim da minha vida.
O meu amigo é sozinho, não se casou, nunca terá um braço forte a apoiá-lo.
Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu".
Levantou-se silencioso para não acordar ninguém, colocou metade dos sacos de trigo recolhidos na carroça e saiu.
Ao mesmo tempo, em sua casa, o outro não conciliava o sono, questionando : "Para que preciso de tanto dinheiro se não tenho ninguém para sustentar, já estou idoso para ter filhos e não penso mais em me casar.
As minhas necessidades são muito menores do que as do meu sócio, com uma família numerosa para manter".
Não teve dúvidas, pulou da cama, encheu a sua carroça com a metade do produto da boa terra e saiu pela madrugada fria, dirigindo-se à casa do outro.
O entusiasmo era tanto que não dava para esperar o amanhecer.
Na estrada escura e nebulosa daquela noite de inverno, os dois amigos encontraram-se frente a frente.
Olharam-se espantados.
Mas não foram necessárias as palavras para que entendessem a mútua intenção.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O oásis da fé



Assim que chegou a Marrakesh, o missionário resolveu que passearia todas as Manhãs pelo deserto que ficava nos limites da cidade. Na sua primeira Caminhada, notou um homem deitado nas areias, com a mão acariciando o solo, E o ouvido colado na terra.

"É um louco", disse para si mesmo.

Mas a cena se repetiu todos os dias e, passado um mês, intrigado por aquele comportamento estranho, ele resolveu dirigir-se ao estranho. Com muita dificuldade, já que ainda não falava árabe fluentemente, ajoelhou-se a o seu lado.

--  O que você está fazendo?

--  Faço companhia ao deserto e o consolo por sua solidão e suas lágrimas.

--  Não sabia que o deserto era capaz de chorar.

--  Ele chora todos os dias, porque tem o sonho de tornar-se útil ao homem e transformar-se num imenso jardim, onde se pudesse cultivar cereal, flores e carneiros.

"Quando olho suas areias, imagino as milhões de pessoas no mundo que foram criadas iguais, embora nem sempre o mundo seja justo com todos. As suas Montanhas me ajudam a meditar. Ao ver o sol nascendo no horizonte, minha alma se enche de alegria e me aproximo do Criador."

O missionário deixou o homem e voltou para os seus afazeres diários. Qual Foi sua surpresa, na manhã seguinte, ao encontrá-lo no mesmo lugar e na mesma posição.

--  Você comentou com o deserto tudo que lhe disse? Perguntou.

O homem acenou afirmativamente com a cabeça.

--  E mesmo assim ele continua chorando?

--  Posso escutar cada um de seus soluços. Agora ele chora porque passou milhares de anos pensando que era completamente inútil e desperdiçou todo este tempo blasfemando contra Deus e seu destino.

--  Pois conte para ele que, apesar do ser humano ter uma vida muito mais curta, também passa muitos de seus dias pensando que é inútil. Raramente descobre a razão do seu destino, acha que Deus foi injusto com ele. Quando chega o momento em que, finalmente, algum acontecimento lhe mostra o por quê de ter nascido, acha que é muito tarde para mudar de vida e continu a sofrendo. E como o deserto, culpa-se pelo tempo que perdeu.

--  Não sei se o deserto ouviu, disse o homem. Ele já está acostumado com a dor e não consegue ver as coisas de outra maneira.

--  Então vamos fazer aquilo que eu sempre faço quando sinto que as pessoas perderam a esperança. Vamos rezar. Os dois ajoelharam-se e rezaram um virou-se em direção a Meca porque era muçulmano, o outro colocou as mãos juntas em prece, porque era cristão. Rezaram cada um para o seu Deus, que sempre foi o mesmo Deus, embora as pessoas insistissem em chamá-lo por nomes diferentes.

No dia seguinte, quando o missionário retomou a sua caminhada matinal, o homem não estava mais lá. No lugar onde costumava abraçar a areia, o solo parecia molhado, já que uma pequena fonte tinha nascido. Nos meses que se seguiram, esta fonte cresceu e os habitantes da cidade construíram um poço em torno dela.

Os beduínos chamam o lugar de "poço das lágrimas do deserto" . Dizem que todo aquele que beber de sua água irá transformar o motivo do seu sofrimento na razão da sua alegria e terminará encontrando seu verdadeiro destino.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Enraiza-te e floresce



Na primavera, uma jovem senhora semeou o seu jardim.
Duas sementes acabaram sendo enterradas uma ao lado da outra.
A primeira semente disse para segunda :
-- Pensa como será divertido, vamos crescer nossas raízes fundo no solo e quando elas estiverem fortes, nós vamos brotar da terra e nos tornar lindas flores para todo mundo ver e admirar !
A segunda semente ouviu mas estava preocupada.
-- Isso parece legal, ela disse, mas a terra não está muito fria? Eu estou com medo de estender minhas raízes nela. E se alguma coisa der errado e eu não me tornar muito bonita ? Então a senhora pode não gostar de mim, eu estou com medo.
A primeira semente, no entanto, não estava intimidada.
Ela empurrou suas raízes para baixo na terra e começou a crescer.
Quando suas raízes estavam fortes o suficiente, ela emergiu do solo como uma linda flor.
A senhora inclinou-se cuidadosamente para ela e orgulhosamente mostrou a flor perfumada para todos os seus amigos.
Mas enquanto isso a outra semente permanecia dormente.
-- "Vamos lá", a flor dizia todo o dia para a sua amiga, está quente e maravilhoso aqui em cima, no sol!
A segunda semente estava muito impressionada, mas permanecia amedrontada e com insegurança empurrou uma raiz no solo.
-- "Ai", ela disse. Essa terra ainda está ainda muito fria e dura pra mim. Eu não gosto dela. Eu prefiro ficar aqui na minha própria concha onde estou segura e confortável. Há muito tempo par se tornar uma flor.
Nada que a primeira semente dissesse mudava a mente da segunda.
Então, um dia quando a senhora estava fora um pássaro faminto voou no jardim, ele ciscava o solo procurando algo para comer.
A segunda semente que estava logo abaixo da superfície estava com muito medo de ser comida.
Mas aquele era seu dia de sorte.
Um gato pulou do peitoril da janela e espantou o pássaro.
A semente suspirou de alívio !
E neste momento tomou uma importante decisão :
-- É uma tolice desperdiçar meu curto tempo aqui na terra, ela disse. Eu vou seguir as minhas esperanças e sonhos de mudança em vez de meus medos. Então, sem outro pensamento, a segunda semente começou a espalhar as suas raízes e também cresceu e se tornou uma linda flor.

domingo, 22 de novembro de 2009

A deusa e o mar



Conta uma lenda que em uma ilha longínqua vivia uma solitária deusa de sal. Ela era apaixonada pelo mar.
Passava dias, noites, horas na praia observando o balanço de suas ondas, sua beleza, seu mistério, sua magnitude. Um desejo enorme começou a apossar-se do seu coração: experimentar toda aquela beleza.
Esse desejo foi aumentando até que um dia a deusa resolveu entrar no mar. Logo que ela colocou os pés no mar, eles sumiram, derreteram-se. Encantada com ele, ela seguiu em frente e suas pernas e coxas desapareceram.
A deusa, entretanto, seguiu adiante, sentindo partes do seu corpo derretendo-se, até ficar apenas com o rosto do lado de fora.
Uma estrela que observava tudo falou:
-- Linda deusa, você vai desaparecer por completo. Daqui a pouco você não mais Existirá.
A água do mar desfazia o rosto da deusa, mas ela respondeu fazendo um esforço:
-- Continuarei existindo, porque agora eu sou o mar também.
Para conhecer e experimentar é preciso permitir-se, ir em frente.
Quando isto acontece, a mudança se dá, mudamos.
A deusa mudou transformando-se em mar, fazendo parte dele, passou a ser o mar que ela tanto admirava da praia.
O mar por sua vez, também se transformou, porque foi salgado pela deusa. Ambos experimentaram a mudança: a deusa e o mar.

Selo - Seu blog me faz viajar


 Obrigado pelo carinho de sempre meu amigo Jorge

Recebi este selo do amigo Jorge - Blog http://nectantaurus.blogspot.com/
Este selo tem como tarefa, relacionar 03 livros que te marcaram, e indicar 05 amigos para que seja repassado com carinho.
Como é sempre difícil nomear livros, dentre tantos lidos e relidos, o que vem à mente nesse momento:.
  1. Médico de Homens e de Almas - Taylor caldwell
  2. Nas Fronteiras da Loucura - Divaldo Franco
  3. Psiquiatria em face da reencarnação - Dr Inácio Ferreira

Minhas indicações são para os seguintes amigos:

1- Norma Villares - Blog "Ecos da Alma"
2- Julimar Murat - Blog "Por uma Vida Melhor "
3- Leonor - Blog "Experimental"
4- Jeanne - Blog "Crescer dá Trabalho"
5- Jacke- Blog "Atitudes Positivas"

Um grande abraço a todos!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Horizonte comodista



João trabalhava em uma empresa há muitos anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com seus 20 anos de casa.
Um belo dia, ele procura o dono da empresa para fazer uma reclamação:
-- Patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado.
O Juca,que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu.
O patrão escutou atentamente e disse:
-- João, foi muito bom você vir aqui.
Antes de tocarmos nesse assunto, tenho um problema para resolver e gostaria da sua ajuda.
Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço.
Aqui na esquina tem uma quitanda. Por favor, vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.
João, meio sem jeito, saiu da sala e foi cumprir a missão.
Em cinco minutos estava de volta.
-- E aí, João?
-- Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi.
-- E quanto custa?
-- Isso eu não perguntei, não.
-- Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários?
-- Também não perguntei isso, não.
-- Há alguma outra fruta que possa substituir o abacaxi?
-- Não sei, não...
-- Muito bem, João. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera a João:
-- Juca, estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço. Aqui na esquina tem uma quitanda.
Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi, por favor.
Em oito minutos o Juca voltou.
-- E então? - indagou o patrão.
-- Eles têm abacaxi, sim, e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal; e se o senhor preferir, tem também laranja, banana e mamão. O abacaxi é vendido a R$1,50 cada; a banana e o mamão a R$1,00 o quilo; o melão R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascado. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles darão um desconto de 15%. Aí aproveitei e já deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo - explicou Juca.
Agradecendo as informações,o patrão dispensou-o.
Voltou-se para o João, que permanecia sentado ao lado, e perguntou-lhe:
-- João, o que foi mesmo que você estava me dizendo?
-- Nada sério, não, patrão. Esqueça. Com licença.
E o João deixou a sala...

Tem muita gente assim -- Acomodada, que não faz absolutamente nada além do que foi estritamente pedido ou solicitado. São pessoas que acham "que já fazem demais" e sentem-se os eternos injustiçados.
Não se restrinja, não se limite, amplie seus horizontes. Não viva reclamando. Só assim você vai se destacar e ter sucesso na sua vida profissional e pessoal.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vida que se viva



As emoções canalizadas em relação ao passado ou ao futuro dissipam energia aleatoriamente, impedindo seu livre fluxo no presente.
Antecipar ocorrências representa precipitação de fatos que, talvez, não sucederão, conforme agora tomam curso, gerando ansiedade e angústia.
Viver, apenas, de recordações passadas ou ansiando pelo futuro é perder a contribuição do presente, praticamente nada reservando para hoje.
O momento atual é a vida, que resulta das atividades aprendidas e vivenciadas, tornando possível e elaborando as surpresas do porvir.
Encoraja-te a viver hoje, sentindo cada instante e valorizando-o mediante a consciência das bênçãos que se encontram à tua disposição.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Paisagens representativas


Em todo o momento de atividade mental acontece em nós um duplo fenômeno de percepção: ao mesmo tempo em que temos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão voltados ao exterior, uma paisagem qualquer. Entendendo-se por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção, ou seja, tudo que está fora de si próprio. 
Todo estado de alma é uma passagem.
Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. 
Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita.