quarta-feira, 22 de julho de 2009

SOLTE A PANELA

Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina...Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais apanela encostava.O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.
Solte a panela!


domingo, 12 de julho de 2009

Em busca da essência

Compreender a Alma humana é das coisas mais difícieis que se pode tentar. Mas é maravilhoso aventurar-se nestes caminhos.
Quando falamos em Alma devemos pensar automaticamente em Sentimentos. Não há como desatrelar as duas coisas. É o que está em nossa essência.
Sendo os sentimentos uma manifestação subjetiva surge aí a dificuldade de compreensão dos fatos. Então, naturalmente, surgem auto-questionamentos, dúvidas e dificuldades de aceitação.
Todos adoecemos, ou estamos sujeitos. Não somos máquinas infalíveis.
Podemos sofrer de micoses, artroses, artrites, gastrites. Quem sabe problemas no fígado, pâncreas e rins. Ou ainda, bronquite, hipertensão arterial, diabetes, enfim, do corpo, males em geral.Então, porque seria justamente o nosso cérebro um órgão privilegiado?? Antes fosse, assim não existiria um Mal de Parkinson, Alzheimer ou tantos outros quadros que tornam o indivíduo demenciado. Epilepsias, AVCs, Coréias e outras doenças neurológicas, enfim, acometem o indivíduo, causando sofrimento e sem possibilidades de se questionar tratamento.
Enfim, surge o lado cruel. Adoece-se na alma. Os sentimentos tornam-se confusos. Surgem emoções que nos aprisionam.
Sofremos?? Sem dúvida!! Talvez, ou, com certeza, na mente adoecer, não traz paralelos de sofrimento.
Mas, então, reflitamos como devemos cuidar de nosso corpo e mente.

Não tenha medos ou receios. Procure esclarecer o que se passa. Se não hover empatia pelo primeiro profissional, o que é normal, ouça a opinião de outro.
Mais importante do que rotulações é o tratamento, medicamentoso e/ou psicoterápico, não tenha dúvidas desse seguimento.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

SENTIMENTOS ESTAGNADOS

Um grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.
-- Você pode acompanhar-me, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar, explicou. Quer ter a bondade de vir falar com ela?

Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.

-- Nestes últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana.

-- Para as flores, lembrou o vigia.

-- Justamente. Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.

-- Vim aqui hoje, disse um tanto consternada, porque os médicos me avisaramque tenho pouco tempo de vida. Então quis vir até aqui para uma última visita e para lhe agradecer.

O funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com delicadeza:

-- Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores.

-- Como assim? Perguntou a senhora.

-- É que... A senhora sabe... As flores duram tão pouco tempo, e afinal, aqui, ninguém as vê...

-- O senhor sabe o que está dizendo? Retrucou a senhora.

-- Sei, sim minha senhora. Pertenço a uma associação de serviço social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos. Lá, sim, é que as flores fazem muita falta. Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.

A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos. Depois, sem dizer uma palavra, fez um sinal ao chofer para que partissem.

Apenas alguns meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita. Duplamente surpreendido porque, desta vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.

-- Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável. O senhor tem razão. Os enfermos ficam radiantes e faz com que eu me sinta feliz. Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei: é que eu reencontrei motivos para viver. Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.

Esta senhora descobrira o que quase todos não ignoramos, mas muitas vezes esquecemos. Auxiliando os outros, conseguirá auxiliar-se a si próprio.
Sentimentos estagnados, nunca expressados ou mal resolvidos, ficam guardados, somatizando em nosso corpo a angústia, tristeza, dores, raiva, hostilidade, amargura, isolamento, resignação e, muitas vezes, a pior de todas as emoções perniciosas: autocomiseração. Esses sentimentos nos tornarão pessimistas, sem energia, roubando nossos sonhos, nossa sensibilidade.
Ficamos indisponíveis para a vida.
Passa-se a viver cada minuto desdenhado, amargo, imerso nas vicissitudes.
A vida é aprendizado, evolução, dinâmica irrefreável e é inaceitável mergulhar na pequenez autocomplacente. Quando estancamos nossos pensamentos e sentimentos em um episódio ou determinadas circunstâncias passadas, aprisionamos nossa alma.
Rompa a inércia, e sinta novamente a vibração da vida, de forma mais madura, mais consciente. Rasgue o véu que te sufoca e encare suas frustrações.

Infine,
Respirare la vita di più, hanno più piacere, i sentimenti vivi, alimenti la tua anima.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

PODER PESSOAL

Temerosos de que os homens se igualassem aos próprios habitantes do Olimpo, os deuses da Grécia antiga realizaram uma longa reunião para decidir a maneira mais adequada de manter os humanos sem a consciência de seu próprio potencial.
Várias foram as propostas. Houve quem pensou em esconder o potencial humano nos indevassáveis abismos dos oceanos, mas este foi lembrado que, no futuro, o homem penetraria o mais profundo dos mares.
Outro propôs ocultar este potencial nas mais altas montanhas da Terra, mas tal proposta não foi aceita, porque o homem, em um dia não muito distante, alcançaria os mais elevados picos.
Outro sugeriu esconder tal riqueza humana na Lua, mas logo todos se deram conta de que o homem iria habitá-la no futuro.
Por fim, todos aceitaram uma estranha proposta: o potencial humano deveria ser escondido dentro do próprio homem.
De acordo com tal resolução, Zeus, dono da palavra final, disse:
- O homem é tão distraído e tão voltado para fora de si que nunca pensará em encontrar seu potencial máximo dentro do seu próprio ser.
E assim o ser humano age, de forma geral, sem encontrar o potencial dentro de si. Perde-se em inseguranças, medos, sentindo-se fracassado e incapaz de vencer os obstáculos que surgem.



Aprenda de uma forma eficaz a ultrapassar cada desafio que a vida lhe oferece.
Risque o vocábulo "talvez" de sua vida. Pensamentos positivos podem não resolver tudo, mas são aliados poderosos nas circunstâncias cotidianas.
Tenha mais emoção em sua vida. Correr riscos em pequenas doses dá maior prazer à vida. Cada vez que estes riscos são ultrapassados a sensação é de uma nova vitória.
Jamais tente ser o que esperam que seja. Cada pessoa é diferente da outra, tem as suas próprias características, vontades e dificuldades. Não se compare a ninguém, nem imite modelos. Seja você, o tempo inteiro.
Valorize o que pensa. Reforce a confiança naquilo que acredita e nas suas decisões.

Comece agora mesmo, procure dentro de si o que há de melhor e coloque para fora.


terça-feira, 7 de julho de 2009

Persévérance

Baseado e adaptado do livro de James Fenimore Cooper o filme “O Último dos Moicanos” é uma obra que retrata batalhas durante a guerra dos sete anos entre ingleses e franceses.

Mais do que isso, é uma bela obra, que desperta Sentimentos. Trata da solidariedade e perseverança vivida por um grupo de pessoas de origens bastante diferentes durante o processo de formação dos Estados Unidos da América no século XVIII. Duas jovens precisam atravessar o território americano dominado pelos franceses, durante a Guerra dos Sete Anos. Para tanto, contam com a companhia de um oficial inglês, dois índios ( pai e filho ) e um homem “branco” criado por essa tribo. Esses dois índios moicanos são os últimos representantes de valorosa tribo e sua dignidade irá influenciar os rumos da trama. Caminhando por paisagens inóspitas, eles vão descobrir o que há de mais selvagem e mais civilizado nas próprias relações humanas.







Desde a concepção e crescimento no útero materno, a vida trava batalhas e desafios. Tornar-se um ser, crescer e sobreviver, até mesmo ao nascimento, é o nosso primeiro desafio de persistência.
Engatinhar exige esforço, vontade, querer ir a algum lugar.
Caminhar exige equilíbrio, duramente conseguido para dar o primeiro passo, onde a coragem para encarar esse desafio é preponderante.
Correr, andar de bicicleta ou patins são apenas alguns exemplos de aprendizagens em nossa vida. No início não sabemos como fazer, mas a perseverança e vontade de aprender nos levam ao caminho desejado.
Há que se considerar que o principal fator para transformações, perseverança, coragem ou qualquer tipo de sentimento está no próprio indivíduo. Sua capacidade única de enxergar cada situação e agir positivamente sobre ela. Viktor Frankl ( psiquiatra judeu ) que foi preso pelos nazistas na segunda guerra mundial e sobreviveu ao holocausto, afirma: “a vida, potencialmente, tem um sentido em quaisquer circunstâncias, mesmo nas mais miseráveis. E isso, por sua vez, pressupõe a capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo positivo ou construtivo”.
Há pessoas que reclamam do mundo por acreditar que são vítimas dos acontecimentos. Há outros que transformam os obstáculos em estímulos para se tornarem melhores. O que diferencia os bem sucedidos dos medíocres é, em grande parte, a capacidade de olhar criticamente o mundo que o cerca, tomar decisões sabendo dos possíveis riscos e agir com perseverança e coragem para mudar o rumo quando necessário.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

NÃO - pequena palavra com grande poder



Você costuma dizer "não" aos seus filhos?



Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura? Não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los. Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem? Por que não satisfazê-los? Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas? Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, por que fazê-lo pensar nos outros? E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos "bonzinhos"... O problema é que ser pais é muito mais que apenas ser "bonzinho" com os filhos. Ser pais é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos. Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer "não", porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter. Estamos, indiretamente, valorizando o ser.
Mas quando atendemos a todos os pedidos, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo. Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita "flexibilidade" ética, para não dizer desonesto. Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer "não" se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?
Não se defende a idéia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista. De forma alguma. É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde. Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de "mão beijada". Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso. Estabelecer limites para os filhos, é necessário e saudável. Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer. Mas já se teve notícias de pequenos delinqüentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa. Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não. Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem.
O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.
Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais.

sábado, 13 de junho de 2009

Voe...alcance o sol....


Um homem encontrou um ovo de águia e o colocou debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal. Entre a ninhada de pintos nasceu uma aguiazinha que, entre as outras aves, suas "irmãs", cresceu normalmente. Durante todo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles. Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos. Como eles, também batia as asas, conseguindo voar um metro ou dois, porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar.
Passam anos e a águia ficou velha... Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada docemente pelo vento sem sequer bater as asas douradas. A águia do chão olhou-a com respeito e logo perguntou ao seu amigo:
- Que tipo de ave é aquela que lá vai?
- É uma águia! É rainha - diz-lhe o amigo - mas é bom não olhar muito para ela, pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.
Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de ser uma galinha comum.
Como falou Santo Agostinho:
"Tenha asas fortes e capazes de elevá-lo......
Existem asas de águias que procuram e encontram alturas heróicas, onde o ar toca o sol.
Existem, ao contrário, galináceos, cujo vôo é rasante, batendo contra outros galináceos, patos, pavões, gansos…
São incapazes de ultrapassar sua própria estatura, isso não por humildade, mas sim por radical incapacidade.
Seu horizonte é próximo e estreito…
sol está muito longe deles e jamais experimentaram a vertigem das grandes montanhas…"

terça-feira, 9 de junho de 2009

Luz na escuridão

Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai.Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou abater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo. Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego. Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro. Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas. Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais. Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traço sem relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz. Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folhade papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno. Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo. Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos. O método Braille estava pronto. O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer,no leito do hospital, Louis disse a um amigo: "Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou." Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes à sua morte, o método seespalhou por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam. Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.

domingo, 10 de maio de 2009

Para sempre


"Por que Deus permite que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba,
veludo escondido na pele enrugada,
água pura, ar puro,puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,é eternidade.
Por que Deus se lembra- mistério profundo -de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino feito grão de milho"

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Persista


Cada passo dado na batalha traz você à vida. Nunca pare. Os fardos que você carrega todo dia constroem em você a força e o caráter, e contra eles nada pode prevalecer.
Mantenha-se firme. Encare cada desafio com a energia e o entusiasmo de uma alma grata pela experiência de estar viva. Sinta o vento soprar no seu rosto. Torne sua essa força. Curve-se em direção ao vento e deixe que ele seja seu apoio, mesmo que você ande contra ele.
Deixe que os problemas da vida lhe entretenham e ensinem em vez de detê-lo. Você é mais forte que qualquer desafio, e sua força aumenta com cada um deles.
Você não é a causa de seus problemas. Você é aquela pessoa especial que pode transformar esses problemas em grandes conquistas. Persista. Quanto mais difícil for a escalada, mais alto você estará chegando.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Trocando idéias


Há um ditado chinês que diz: Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um carregando um pão, e, ao se encontrarem, eles trocam os pães, cada homem vai embora com um...Porém, se dois homens vêm andando por uma estrada cada um carregando uma idéia, e, ao se encontrarem, eles trocam as idéias, cada homem vai embora com duas...Sempre que possível, troquem idéias...elas esclarecem, acrescentam,ajudam, evoluem...ainda que você não precise, servirão para o outro.

Vida dinâmica

É preciso a certeza de que tudo vai mudar.
É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós: onde os sentimentos não precisam de motivos, nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver.....
....se não houve frutos, valeu a beleza das flores .....
.....se não houve flores, valeu a sombra das folhas....
.... se não houve folhas, valeu a intenção das sementes...