segunda-feira, 4 de maio de 2009

Padrões pré-estabelecidos

Desde muito cedo a maioria de nós é ensinado a seguir um "bom padrão" de comportamento humano.
Muitas vezes, o modelo padrão escolhido é o de nossos pais, avós, alguém de sucesso financeiro ou intelectual, ou, ainda, um ícone religioso como Cristo, Buda ou Gandhi.
Acredito que isso também ocorreu com você não é mesmo?
Se por um lado, há o nosso desejo mais secreto de corresponder às expectativas alheias, principalmente àquelas de quem amamos, precisando nos sentir aceitos em nosso meio, há um fator de desequilíbrio nessa balança: o que você quer para você mesmo?
Perseguir um modelo padrão pode ser uma idéia atrativa. Uma vez que deu certo com ele dará com você. Pensamento simplista para uma questão complexa. Sua vida não é a vida de mais ninguém. Sua história é escrita por você a partir de suas próprias experiências, de suas atitudes e omissões.
Com um bom modelo teremos sempre o que aprender. Atitudes também podem ser aprendidas. Certo? Mas, atender expectativas definitivamente não é uma boa idéia, a menos que sejam as suas próprias, pois haverá a grande possibilidade de você tornar-se um indivíduo frustrado e infeliz.
Já parou para pensar no que você gosta, e no que gostaria de fazer a maior parte do seu tempo de vida?
Será que você, com suas vocações naturais, se adaptaria a uma vida celibatária e vegetariana como a que viveu Gandhi?
E que tal a vida insône de Henri Ford?
Alguns, mesmo com modelos prontos da "vida perfeita", preferiram arriscar-se por novos caminhos e conseguiram criar um novo modelo, saindo da "mesmice".
Será que você se dispõe a isso: a viver sua própria vida?
Ou vai escolher brigar com sua própria natureza, seus desejos e anseios, buscando seguir um padrão para o qual não foi talhado?
Que tal parar para um bate-papo com os seus botões?
Meu avô dizia que o nosso melhor conselheiro é o travesseiro e nossos melhores ouvintes os botões. Pare e escute de você mesmo o que acha de sua vida, e o que gostaria de fazer dela. Que experiências você quer ter enquanto viver. Pergunte, mas dê um tempo para que você, internamente, pense sobre suas questões de importância vital, e possa descobrir respostas para elas. Não vai ficar no seu pé dia e noite em busca de uma solução, porque auto-cobrança é um veneno para a quietude da alma. Pergunta e descansa. Esvazie sua mente. Não se preocupe, por um tempo, nem com o que já passou e muito menos com o que nem ocorreu ainda. Deixe tudo quieto, por um tempo apenas. Aprende a disciplinar sua mente enquanto espera a resposta.
A resposta virá. E você só a ouvirá se sua mente estiver calma, sem constantes diálogos internos e vãs filosofias. E nesse momento você saberá o que fazer em sua vida e como fazer.
Quando isso ocorrer, você não terá apenas ouvido a si próprio, mas terá realizado o seu primeiro milagre.

Tudo acontece, o tempo todo. Faça as coisas acontecerem para você também. Gire a roda do destino a seu favor.
Você consegue.

Um comentário:

monidibb disse...

Olá, colega

Não nos conhecemos a fundo.Tememos ir além de nossa imagem socialmente construída.Por isso, tantas dores da alma que muitos de nossos colegas médicos insistem em anestesiar.

Abs!