segunda-feira, 4 de maio de 2009

Drogas - retomando o assunto

Acontece assim. Sua filha, menor de idade, lhe diz que vai dormir na casa de uma amiga porque tem que estudar ou então porque vão para o aniversário de outra amiga. Algo assim, bem tranqüilo e dito de forma bem natural pra você não se preocupar. Mas, na verdade, ela vai é para a boate dançar, beber, beijar, ficar, talvez um “sexozinho” rápido... E você sabe que boates são proibidas pra menores. E que não se pode servir-lhes bebida alcoólica. No entanto, é isso que sua filha vai fazer. Por isso precisa mentir. Na maioria das vezes a aventura que começa com a mentirinha termina sem maiores conseqüências. Todas as semanas milhões de adolescentes fazem isso. O problema é que às vezes um dos amigos ou uma das amigas bebeu demais. E ele ou ela é quem dirige o carro. E pronto: no outro dia sua filha entra para as estatísticas das mortes envolvendo álcool e direção. Uma desgraça. Sempre que ocorre um caso mais impactante, ou seja, “depois que Inês é morta”, começam as providências: fiscalizar bares, reprimir ambulantes, blitz na madrugada... De fato, é preciso fiscalizar e punir. Mas bem mais eficaz e barato é educar. Educar certo – porque educação careta nunca vai resolver. Temos que ser francos com nossos filhos e, principalmente, com nós mesmos. Não adianta dizer a ninguém, principalmente ao adolescente, para não usar droga, legal ou ilegal. Adolescente precisa muito da auto-afirmação e é rebelde por natureza, precisa mostrar ao seu “grupinho” que é capaz e faz parte da turma, precisa rebelar-se contra os pais e contra a sociedade e, sendo assim, a droga vai surgir em seu caminho como ferramenta para seus anseios. O problema então não é se seu filho vai usar droga, mas como ele vai conhecê-la. É a relação com a droga, qualquer droga, que determina se há ou não problemas e não exatamente o mero fato de usá-las. É fato que qualquer tipo de proibição aguça ainda mais a curiosidade e traz o excitante sabor do proibido. Só há uma saída: informar honestamente, sem moralismos nem preconceitos. - A gente sabe que a droga existe e sempre vai existir. Se você ou seus amigos usam ou vão usar, então a gente quer que você saiba exatamente o que acontece. Difícil dizer isso a seu filho ou sua filha, não é mesmo? Difícil até imaginar que eles estejam por aí se drogando, legal ou ilegalmente. Mas é exatamente o que muitos pais agora desejariam ter dito para seus filhos e infelizmente não quiseram dizer. Ou não tiveram tempo.




Veja que texto interessante escrito por uma ex-dependente química:

“Droga, substância mal-cheirosa
Que desanima qualquer família criteriosa
Destrói o espírito da pessoa formosa
Corrompe paradigmas de uma forma tortuosa
Tal ponto se mata, se rouba, se destrói
Para o carnal ficar “legal”
Chega de hipocrisia, se é por luta que se passa....
Para que a fantasia?
Achar que o bagulho alivia?
Alerta!!!
Você pode estar achando “mó viagem”
Mas viagem é ser careta e ter liberdade
Chega de comiseração, é necessário ação
Pare e pense no abismo que você pode estar ou chegar
Não seja consumido, mas dê ouvidos a essas palavras que são de uma ex-dependente química
Que está liberta!!!”

“ dinheiro não compra afeto, mas compra bagulho”

Taisa

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