sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cultura musical - Arte completa



ÓPERA
Gênero musical que se originou na Itália, no início do século XVII. Em latim e italiano a palavra ópera significa “obras”. Surgiu da necessidade de unir a arte de representar com a beleza da música. Possui uma história com começo, meio e fim, e é cantada e acompanhada por uma orquestra. É uma das expressões mais completas da arte, pois reúne o canto, teatro, dança, iluminação, orquestra sinfônica, cenários e adereços, entre outros elementos. Durante séculos, a ópera contribuiu para o aprimoramento da voz humana em função de sua beleza. O cantor de ópera necessita, no mínimo, de oito anos de estudo para o domínio vocal, além de ter boa dicção, "ouvido musical" e interpretação teatral. Podemos destacar alguns dos grandes cantores líricos: Maria Callas, Beniamino Gigli, Pavarotti e Monserat Caballet. Os autores de maior destaque são: Verdi, Rossini, Mozart, Wagner, Puccini, Donizetti, Bellini e Bizet. Não podemos deixar de citar nosso grande compositor Carlos Gomes, cujas óperas, dentre elas "O Guarani", são encenadas mundialmente.
As primeiras óperas foram compostas em Florença, na Itália por volta de 1590. Um grupo de nobres, músicos e poetas, demonstrou interesse em conhecer melhor a cultura da Grécia antiga, principalmente a tragédia grega. Formou-se então, um grupo denominado Camerata. Eles achavam que os gregos cantavam, em vez de recitar suas tragédias. Utilizaram temas extraídos da história e mitologia dos gregos e romanos, para recriar assim, composições musicais. A Camerata chamava estas composições de drama para música (dramma per musica) ou obra teatral (opera in musica), vindo deste último o termo ópera, como hoje é conhecido. A primeira ópera foi Dafne, composta em 1597 por Jacopo Peri, membro da Camerata.



Óperas mais famosas de todos os tempos:



· Carmen, de Bizet· Aída, de Verdi· Guilherme Tell, de Rossini· Flauta Mágica, de Mozart· La Gioconda, de Amilcare Ponchielli · O Barbeiro de Sevilha, de Gioacchino Rossini · Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni

Libreto

Para melhor apreciação e compreensão de uma ópera, é necessário que se leia o libreto ou resumo da peça que vai ser encenada. Alguns libretos são considerados medíocres, no entanto alguns são verdadeiras obras primas da literatura.
Recitativos e árias: algumas óperas contêm recitativos, que são cantos declamados e que se caracterizam pela liberdade rítmica e melódica. Os recitativos servem geralmente para transmitir ao público uma informação ou esclarecimento sobre a narrativa e são escritos em prosa.
As partes mais emocionantes do libreto são os solos, chamados árias. A maioria delas é escrita em verso, com rima e ritmo; quase sempre sua música é a mais bela e dramática de uma ópera. As árias devem exprimir os sentimentos e o estado de espírito do personagem que as interpreta.



Conjuntos: em muitas óperas, o libreto exige que dois ou mais cantores se empenhem em um diálogo musical chamado conjunto. Os conjuntos mais comuns são duetos, trios, quartetos e quintetos. Os conjuntos podem cantar as mesmas palavras, demonstrando concordância, ou podem interpretar palavras e melodias diferentes, querendo expressar pensamentos e idéias conflitantes.



A música

Os cantores numa ópera são classificados de acordo com a altura de sua voz.
Os coros: grande número das óperas inclui, além de recitativos, árias e conjuntos, música para coro. O coro pode aparecer em cena para compor um quadro, entrar apenas para fazer um exclamação, mas pode também desempenhar um papel importante no enredo e cantar passagens bastante difíceis.
A interpretação dramática de uma ópera é quase sempre mais difícil do que de uma peça teatral, pois o cantor deve interpretar convincentemente o seu personagem e ao mesmo tempo, cantar.
O regente ou maestro desempenha um papel de maior importância nas encenações de uma ópera. Durante toda a apresentação tem que manter a harmonia entre a orquestra e os cantores.



Orquestra: o número, os tipos de instrumentos e a função da orquestra variam muito da ópera que será encenada. Na maioria das vezes, sua função básica é de acompanhar os cantores. Entretanto, às vezes a orquestra desempenha papéis mais importantes, fazendo a introdução de uma ária, descrevendo seu caráter emocional, ou acentuando algumas passagens do texto.
Em algumas cenas, um ou vários personagens permanecem por longo tempo em silêncio e seus sentimentos são expressos por música orquestral.
Peças de música orquestral, chamadas interlúdios, servem para fazer a ligação entre cenas e podem também indicar a mudança da atmosfera emocional da ópera.
Grande número de óperas começa com uma abertura orquestral, cuja importância é variada. Algumas podem apenas indicar que o espetáculo vai começar; outras, porém, fazem a introdução dos temas mais destacados da peça e outras descrevem o clima emocional da cena de abertura ou até de toda a ópera.

Vozes Femininas


- Soprano: Voz mais aguda. Muitas óperas têm o nome da própria soprano como título. (Ex.: Madame Butterfly)- Mezzo-Soprano: É como uma soprano, mas possui um tom de voz levemente mais grave do que a soprano. Geralmente ocupa papéis secundários, como irmã, amiga, ou às vezes até inimiga ou rival da soprano.- Contralto: Voz feminina mais grave da ópera. Geralmente ocupam papéis de mulheres mais velhas, porque exigem maior imponência.


Vozes Masculinas
- Tenor: É a voz mais aguda. Os papéis de maior importância são sempre destinados a eles, que em conjunto com as sopranos, formam os protagonistas da história.- Barítono: Voz intermediária entre o tenor e o baixo. Os barítonos são, na maioria das vezes, os vilões da história e sempre disputam a amada com o Tenor.- Baixo: Voz mais grave da ópera. Os papéis que geralmente os são dados são os de pai, nobre e general, pois transmitem muito peso.

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